«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

A digitalização nos media portugueses

O blogue Indústrias Culturais traz uma interessante análise ao relatório preliminar “A Digitalização no Sector da Comunicação”. Esta investigação envolve vários países europeus e, em Portugal, é coordenada por Fernando Cascais (Cenjor) e José Luiz Fernandes (SJ).
O impacto do digital na rádio já se faz sentir há mais de uma década. Diz o relatório que «A digitalização traria maior poder aos jornalistas, alargando as suas funções. (...)No caso da rádio, os jornalistas passaram a editar sons, através de software instalado». Claro que os jornalistas passaram a editar sons, substituindo os operadores de som, mas a deficiência de formação na área do áudio e da informática trouxe outros problemas, como sons mal cortados ou lentidão na edição, por desconhecimento de funcionalidades de software, entre outras coisas.
A digitalização era um caminho que os media teriam de percorrer mais cedo ou mais tarde. A parte mais positiva da digitalização da rádio foi a redução de custos com equipamento técnico: o material áudio tornou-se mais barato, ao mesmo tempo que era mais fiável, além da qualidade sonora ter melhorado significativamente. O negativo foi a já referida redução de pessoal. Por exemplo, na RTP (televisão) «a digitalização terá sido responsável pela redução de quadros, de 2800 para 2000». Houve emissoras que pura e simplesmente reduziram o pessoal operacional a zero - o computador faz toda a emissão sem custos.
O digital trouxe novos desafios e novas oportunidades, é um facto. Mas, para aproveitar todas as suas potencialidades, há que investir na formação profissional contínua dos activos, conforme refere o relatório. Infelizmente são poucas (se calhar até nenhuma) as empresas de comunicação social que apostam na formação, mesmo que esta seja financiada pelo IQF.

1 comentário:

Anónimo disse...

75 ANOS RCP... UMA RÁDIO QUE MORREU AOS 44...RENASCEU PRA AI AOS 60 NA RADIO GEST (PELA MÃO DO FILHO DO FUNDADOR) E REENCARNOU AOS 73 NOS EMISSORES DA RÁDIO NOSTALGIA/CORREIO MANHÃ. ENTRETANTO, OS ORIGINAIS EMISSORES DA RCP EMITEM A RÁDIO COMERCIAL. COMO É QUE SE PODE COMEMORAR O ANIVERSARIO DE UMA COISA QUE JÁ MORREU. PARABENS AO MORTO E LONGA VIDA AO INOVADOR RADIO CLUBE COM OU SEM PORTUGUÊS.

ENTRETANTO, FORAM CONTRATADOS VARIOS DESEMPREGADOS DO PUBLICO E TAL E QUAL...E PARECE QUE JOAO ADELINO FARIA E SENA SANTOS PODEM IR PRA SAMPAIO E PINA...

MAS GIRO ..GIRO É ANDAREM A DIZER QUE A NORTE-CENTRO VAO TER 5 HORAS LOCAIS...COMO SE A LEI NAO OBRIGASSE A 8... AINDA FALTA SABER COMO SÃO AUTORIZADAS EMISSOES DE RADIOS GENERALISTAS EM TEMATICAS E VICE-VERSA.
A MCR CONTINUA ACIMA DA LEI, BEM SEI QUE COM A AACS FAZIA O QUE QUERIA, PELOS VISTOS COM A ERC TB TEM CARTA BRANCA. PARABENS. QUE RAIO DE JORNALISTAS QUE NÓS TEMOS, COMEM TUDO O QUE LHE SOPRAM.

ALGUEM ME EXPLICA COMO PODE UMA ENTIDADE COMO A MCR DETER MAIS DE 40 ALVARÁS...SERÁ MILAGRE...VAMOS PERGUNTAR À ERC?