«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Em Defesa do Serviço Público de Radiodifusão

O serviço público de radiodifusão (rádio e televisão) é uma obrigação do Estado e um direito dos cidadãos. É essencial, porque tem de cobrir áreas que as emissoras privadas não estão interessadas, porque não é rentável. O serviço público de radiodifusão tem de ser (não quer dizer que, em Portugal, o seja) um exemplo de qualidade e excelência. Não tem de lutar por audiências, porque para difundir programas populares, existem todas as outras emissoras.

Ontem, várias personalidades, entre as quais Arons de Carvalho e Inês de Medeiros, lançaram um manifesto que defende o serviço público de rádio e televisão em contestação ao projecto de revisão constitucional apresentado por Pedro Passos Coelho, líder do PSD. Esta proposta de revisão constitucional diminuiria a diversidade da oferta na rádio e na televisão, porque abre portas a uma privatização da RTP.

Mas faz sentido os vários canais radiofónicos da RTP? Sem dúvida. Apesar de a Antena 1, Antena 2, Antena 3, etc.  poderem efectuar um serviço público com mais qualidade do que o que existe, são estas emissoras que assegurarão a oferta rádio nacional e que devem promover a cultura portuguesa.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Em Defesa do Serviço Público de Radiodifusão no Reino Unido

«No Reino Unido, foi criado um grupo de pressão para apoiar o serviço público de televisão e rádio (The Citizens' Coalition for Public Service Broadcasting, CCPSB), com 30 organizações que incluem fundações, sindicatos e grupos de consumidores, e que se opõe ao governo, que pretende reduzir a actividade da BBC (ver notícia do Guardian de anteontem)».

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre a Antena 2

A Antena 2 tem-se afastado gradualmente do seu modelo tradicional e as reclamações não fizeram esperar. Rogério Santos, do blogue “Indústrias Culturais”, acha que «escutar o programa da manhã da Antena 2 com muitas palavras e pouca música não é agradável». Por seu lado, Álvaro José Ferreira, do blogue “A Nossa Rádio”, critica «o desinvestimento em programas de autor e a opção por simples alinhamentos musicais alargados».

A Antena 2 foi durante muitos anos uma rádio diferente. Não é do agrado da esmagadora maioria dos ouvintes radiofónicos portugueses, mas uma emissora de serviço público tem de ser diferente das estações privadas. A Antena 2 privilegiava a musica Antiga, de Câmara, Clássica, Barroca, Sinfónica, e outros géneros instrumentais, tendo, também, espaços de Jazz. Ou seja, géneros musicais que não passam noutras emissoras, porque as audiências não justificam.

Afastar a Antena 2 deste modelo é aproximá-la de modelos já existentes, nomeadamente a Antena 1 - a principal estação do serviço público de radiodifusão sonora. No entanto, parece que tem sido isso que tem vindo a acontecer. Assim sendo, uma das emissoras torna-se desnecessária.

A Antena 2 não é uma rádio de informação, mas deve ter edições curtas, direccionadas para a cultura. A Antena 2 não é uma rádio de palavra, pelo que o comentário politico deve ser remetido para a Antena 1 – esta sim, mais informativa e mais de palavra. No entanto, deve ter programas que expliquem e contextualizem a musica que é escutada, contribuindo, assim, para um maior conhecimento do que é a música.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Os dinheiros da Rádio e Televisão de Portugal

Segundo o “Diário de Notícias”, «cada português pagou, em média, 434 euros por ano para a RTP». A questão é esta: com esta verba não seria de termos um melhor serviço público de radiodifusão? Os ordenados da RTP e RDP são bem superiores aos de qualquer emissora privada e os equipamentos técnicos também, mas nem sempre o serviço prestado é superior ao das estações privadas.
Num país onde muitos portugueses auferem o ordenado mínimo (pouco mais de 400 euros), onde o governo propaga que é necessário diminuir a dívida pública, etc., paga-se verbas absurdas para um serviço que muitas vezes é prestado por estações privadas.
Corr. 12/09 - O “Diário de Notícias” corrigiu a notícia. Afinal são 43 euros por ano, que cada português paga, em média, para o serviço público de radiodifusão.

sábado, 16 de junho de 2007

Uma questão de um leitor

Está nos comentários do texto anterior: «porque é que a Antena 2 tem programas de análise de política, como um com o Vicente Jorge Silva, a Inês Pedrosa, entre outros. Esse serviço não existe já na Antena1?Já agora, petição para a Antena 3 também ter um».
Dado o cariz temático da Antena 2, e sendo a Antena 1 uma estação vocacionada para a informação ( e pertenças do mesmo grupo), a pergunta é pertinente.