«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

terça-feira, 29 de novembro de 2005

Hoje, em Coimbra, vai-se falar da rádio dos anos 60

Li no jornal "Público" de hoje (não está online): «O papel da rádio no combate politico dos anos 60 é o tema de mais uma sessão da Terça-feira Minerva, a realizar na Livraria Minerva, em Coimbra, às 21h30. está prevista a participação de Isabel Nobre Vargues, Sansão Coelho, Braga da Cruz, Sílvio Santos e António Bondoso».

domingo, 27 de novembro de 2005

Programas de rádio na televisão

O programa “1001 escolhas”, da RDP – Antena 1, passa também, a partir de hoje, a ser transmitido pela RTPN. Este programa, que vai para o ar todos os domingos às 23h, é apresentado por Madalena Balça e pretende desvendar o lado menos conhecido das personalidades da vida nacional.
Ao longo dos tempos a televisão tem vindo buscar à rádio profissionais e programas, mas nem sempre o sucesso é o desejado, porque um programa formatado para rádio terá de ser sofrer alterações e ser adaptadoao formato televisivo, mas isto nem sempre acontece, indo para o ar programas sem nenhuma alteração.

sábado, 26 de novembro de 2005

RTL e Prisa querem o controlo da Media Capital

A Media Capital (MC) está cada vez menos nacional, já que os alemães da RTL aumentaram a sua participação na MC para 32,2%, ao adquirir os 12% da MC detidos pela norte-americana Fidelity Investments. Com esta aquisição a RTL fica apenas com menos 0,8% que a espanhola Prisa. Pais do Amaral actualmente apenas detém 13% da MC.
Perpectivam-se mais desenvolvimentos na "luta" pelo controlo da Media Capital. Falta saber que efeitos isso terá na orientação das emissoras radiofónicas do grupo.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

As movimentações na MCR

A Media Capital Rádios (MCR) tem vindo a alterar o conteúdo das suas estações: o RCP reforçou a informação e o espaço de opinião, a Rádio Comercial também alterou alguns programas (principalmente o da manhã) e agora é a vez da Cidade FM, que passou a ter um director de programas a tempo inteiro. Nuno Gonçalves foi o nome escolhido para dirigir em exclusivo a estação mais jovem do grupo MCR.
A Cidade FM também vai passar a ter uma rubrica chamada "Leilão Reality Show", este dura duas semanas e decorre diariamente no site da Cidade FM. Pedro Marques, que apresenta o programa matinal da Cidade FM juntamente com Joana Azevedo, estará todos os dias, durante uma hora, à disposição dos ouvintes que pagarem mais. O vencedor fica com o animador como "escravo". O lado mais positivo é o facto de os lucros do leilão revertem a favor da Crinabel - uma instituição de solidariedade social, que apoia jovens com dificuldades de desenvolvimento intelectual e necessidades educativas especiais.
Diz Pedro Marques que «Pela causa da Crinabel estou disposto a dar banho a rotweilers». Eu também estava... se eles fossem pequeninos!

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Mundial 2006: 150 mil euros pelos jogos de Portugal

As emissoras que queiram transmitir os relatos dos jogos de Portugal no próximo campeonato do mundo na Alemanha terão de desembolsar € 150 000. As estações portuguesas interessadas (TSF, RR e RDP) esperam que a Infront - a empresa detentora dos direitos - acabe por descer os preços, pois 150 mil euros é um montante elevado, mas principalmente para a TSF e para a RR - que são privadas - e que vivem exclusivamente de publicidade. E, acrescidos aos direitos, há os custos de toda a logística inerente a uma operação como a transmissão de relatos de um mundial de futebol.
A RDP, além dos jogos de Portugal, também quer transmitir os jogos do Brasil e de Angola, pelo que estarão envolvidas a Antena 1 e a RDP África, pelo menos. Ou seja, a despesa aqui é multiplicada por três (ou seis se a Antena 1 e a RDP África tiverem de pagar direitos separados). Vê-se que nesta estação dinheiro não é problema (já está pago por todos nós).
Já agora, pior que as rádios portuguesas estão as espanholas: A Infront quer 600 mil euros de cada canal, mas os espanhóis também são quatro vezes mais (e ganham mais, e têm um nivel de vida melhor, etc., etc., etc.).

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Microcasting*

«O microcasting é uma emissão muito limitada em FM, para um prédio ou um bairro (menos de 100 watts nos EUA, onde esta realidade está presente). A grande vantagem destas "low power FM" é que permitem uma formatação altamente dirigida a um público com um interesse comum(...)».

* Via Segundo Choque

Antena 1 tem nova grelha de programas

A Antena 1 apresentou a sua nova grelha de programas. Com ela retornam às lides radiofónicas vozes que marcaram uma época na rádio portuguesa: Júlio Isidro, Jaime Fernandes e José Ramos. Estes são alguns dos nomes que se juntam a José Nuno Martins e a Luís Filipe Barros, que também voltaram a animar o éter nacional.
Rui Pêgo considera que com a nova grelha, que arranca definitivamente dia 21, os "programas de autor saem reforçados" e que existirá "uma maior interactividade e proximidade com os ouvintes". Eu espero que sim, mas vamos ver (ouvir).

No Blogouve-se

«Se isto é assim, é lamentável!
Nas Cartas ao Director do Público de hoje:"Quando uma das principais estações de rádio passa de forma ostensiva um sonoro e boçal arroto (de Cameron Diaz, apressava-se o locutor a dizer em tom divertido), de que nos vale conversar com os alunos sobre a forma como se devem comportar nas salas de aula (...)?"
PS - será para aumentar as audiências ou é estupidez mesmo?»

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

A Foxx FM

Tenho escutado, esporadicamente, a "Foxx FM - a nova estação da Media Capital - que, no Porto, ocupa a antiga frequência da Cidade FM (107.2 MHz). Nesta sintonia ouve-se uma mistura de músicas dos anos 70/80/90 do século passado - dentro dos géneros Soul, Funk e Hip-Hop - separadas por slogans da estação.
A Paula Cordeiro já se referiu a esta emissora no seu blogue e estou de acordo com ela: «A rádio “foxx fundo musical” é perfeita para ouvir na sala de espera do médico ou do cabeleireiro, por pessoas com mais de quarenta anos(...)» Ou seja, até agora, a Foxx FM não trouxe nada de novo.

No Fórum da Maia

Amanhã, às 10 horas, durante o seminário “Geração W”, Paulo Arbiol - animador da Rádio Nova - falará da rádio que temos e do futuro do meio.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

“Impressões da Rádio” no Centro Cultural da Nazaré

De 19 de Novembro a 8 de Janeiro próximo, o Centro Cultural da Nazaré vai expor artigos que fazem parte da colecção do Museu da Rádio, no âmbito da exposição “Impressões da Rádio”. Fotografias, equipamentos de gravação áudio, microfones, receptores e outros aparelhos que fazem parte da história da nossa rádio, vão fazer parte desta exposição.
Estão de parabéns a Câmara Municipal da Nazaré e o Museu da Rádio por esta iniciativa, que deve ser seguida por outras autarquias.

domingo, 13 de novembro de 2005

Lembram-se da música do Rui Veloso?

Quase vinte anos depois de Rui Veloso ter gravado "Negro do Rádio de Pilhas" (o tal que curte mais em Onda Média"), ainda há certas partes do mundo em que a rádio é a grande companhia. Embora com sacrifício...

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

No DN: Entrevista ao Director de Informação da RDP

O jornal “Diário de Notícias” continua o ciclo de entrevistas com responsáveis de rádios nacionais. Hoje foi a vez de João Barreiros - director de informação da RDP. Esta é uma daquelas entrevistas que merecem ser lidas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

“Pessoal e Transmissível” n.º 500

Alguns programas vão resistindo ao tempo e às alterações das grelhas de programação. O “Pessoal e Transmissível”, da TSF, é um deles, pois chegou hoje à emissão número 500.
Conduzido por Carlos Vaz Marques, o programa é composto por conversas com variadas personalidades, algumas das quais foram passadas a livro.
Online estão os programas emitidos desde 1 de Abril de 2002.
Parabéns ao Carlos Vaz Marques e venham mais 500.

domingo, 6 de novembro de 2005

Novas leis para os Media

Segundo o ministro Augusto Santos Silva, «Nos primeiros meses do próximo ano, a Assembleia da República poderá discutir uma lei que regule a disposição constitucional que estabelece limites à propriedade dos meios de comunicação social».
Não consegui entender se a nova Lei iria limitar ou liberalizar a concentração dos media, mas uma coisa defendo: cada concelho deste país deve de ter, pelo menos, uma rádio local que trabalhe para a população que serve, executando um serviço radiofónico de proximidade,independentemente do número de rádios nacionais que existam.
Há concelhos em que a única frequência destinada a uma rádio local retransmite a emissão de uma estação sediada em Lisboa. Os 105.80 Mhz de Valongo são um exemplo. Nesta sintonia deveria de se escutar a Rádio Continental, mas o que se ouve é a Best Rock. Um concelho vizinho de Valongo - Gondomar - é um caso ainda pior: tem duas frequências e ambas estão a transmitir estações de Lisboa. Mas há mais exemplos por esse país fora.
Sempre defendi que se existem frequências livres elas devem ser entregues a quem as queira explorar, desde que os interesses das populações locais sejam salvaguardados, tendo de co-existir, com as rádios nacionais, estações de radiodifusão que trabalhem para as localidades em que estão inseridos, fazendo, no fundo, o que se poderia chamar de serviço público local de rádio. Afirma-se que o mercado publicitário está curto, mas eu não ouço anúncios do “café da esquina” nas rádios nacionais. Nem tal faria sentido.
Regulamentar é necessário, mas também é preciso uma fiscalização que faça o seu trabalho como deve de ser, pois mesmo com a actual legislação existem muitos atropelos à Lei.

Três anos de “A Minha Rádio”

Há três anos, António Silva criou o sítio “A Minha Rádio”, local onde partilha histórias e recordações de um meio que paixões.
Parabéns António e muito obrigado pelo trabalho realizado.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Rádio Renascença na hora de mudança

A RR mudou a sua grelha de programas numa tentativa de recuperar ouvintes. A principal alteração diz respeitos aos relatos desportivos, pois a estação católica passa a transmitir apenas os relatos do Porto, do Sporting e do Benfica, tal como a TSF começou a fazer há uns anos atrás.
Vale a pena ler o texto de João Paulo Meneses, e os comentários, no Blogouve-se, sobre este assunto.

Rádio Comercial tem novo director

Pedro Ribeiro – até aqui, animador das manhãs da Rádio Clube Português - assume a partir do início da próxima semana o cargo de director de programas da Rádio Comercial. Segundo a "Meios & Publicidade", Pedro Ribeiro assumirá, também, a condução do programa da manhã da Comercial.
Nuno Gonçalves que até acumulava os cargos de director da Rádio Comercial e da Cidade FM, passa a assumir apenas a direcção desta última emissora.

José Fragoso no DN

O “Diário de Notícias” continua com o ciclo de entrevistas aos responsáveis pelas rádios nacionais. Desta vez foi José Fragoso, director da TSF-Rádio Notícias, o entrevistado.
Nestas entrevistas aos responsáveis pelas emissoras portuguesas, há um ponto comum: ninguém se mostrou favorável às quotas de música portuguesa na rádio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Prisma.com: uma nova revista online*

Prisma.com é uma publicação on-line dedicada às ciências da informação e da comunicação. Esta nova revista electrónica é editada pelo Cetac - Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.
Neste primeiro número destaque para o artigo de Xosé Soengas, El discurso radiofónico. Particularidades de la narración sonora.

*Via JornalismoPortoRádio

Revista QSP: 25 anos a “falar” de rádio

A QSP – Revista de Rádio e Comunicações faz, com o número 293 (Novembro de 2005), um quarto de século de publicação ininterrupta.
A QSP é a única revista que, embora mais vocacionada para o radioamadorismo, traz todos os meses artigos sobre a história da rádio.

Livro AS VOZES DA RÁDIO, 1924-1939 é apresentado hoje, em Lisboa, por Adelino Gomes

O livro de Rogério Santos, AS VOZES DA RÁDIO, 1924-1939, é apresentado hoje pelo jornalista Adelino Gomes, na Fnac do Chiado, em Lisboa, às 18.30.
Sobre a obra e o autor o “Diário de Notícias” tem dois artigos: 'Vozes' relembram história da rádio e Das primeiras emissões à Segunda Guerra.

Porque a rádio também une os povos e deve ser solidária

Proximizade

Proximidade e mão amiga. "Proximizade", feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que se sabe e ao que se vê. Aqui, já está a acontecer.





Pessoas que precisam, invisíveis. E pessoas que têm muito para dar, quando não desperdiçam. Tempo, motivação, consciência. E dinheiro, também.

Entre este binómio, uma via de comunicação. A blogosfera, internet no seu melhor quando o que se escreve e o que se lê tendem a conjugar-se no verbo aproximar.

Dois mundos nos antípodas, um vítima dos excessos e outro à míngua das suas migalhas. Gente com fome, crianças, que sobrevivem apenas para ganharem forças para fugir à miséria. Rumo ao lado de cá, que os recusa.

A caridade já não basta e é necessária intervenção. Amizade em estado puro, reunida por gente que bloga em torno de um objectivo comum: fomentar a generosidade como uma urgência e canalizá-la para as melhores mãos (as mais necessitadas).

Proximidade e mão amiga. Proximizade, feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que sabe e ao que se vê. E ao que se deixa por sentir.

Nós sentimos assim. E acreditamos numa sociedade que quer sentir da mesma forma e intervir sem demora.

Aqui, já está a acontecer.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Duas memórias da rádio

O blogue Indústrias Culturais traz dois textos que evocam a memória da rádio portuguesa. Um apresenta uma fotografia de uma reportagem feita em 1935, durante a "6.ª Volta a Portugal em Bicicleta". O outro é sobre o receptor adquirido pelo Jornal "O Século", em 1925, e que servia para «a recepção do serviço de imprensa transmitida pelas principais rádios da Europa e da América».

Muito democrático...

Fiquei curioso quando hoje li no "Diário de Notícias" que «Rui Rio só vai conceder entrevistas por escrito». Esta frase leva qualquer um a pensar que a Rádio – que é som – está excluída das conferências de imprensa do presidente da Câmara Municipal do Porto. Os jornais podem publicar a entrevista, a Televisão pode mostrar o papel onde a entrevista foi escrita (que para ser credível terá de ter a assinatura do Dr. Rui Rio), mas a rádio não pode fazer nada disto. Terá de ser um jornalista a ler as declarações do presidente da C.M. do Porto.
Rui Rio afirmou ontem, em conferência de imprensa nos paços do concelho, que «a democracia só é possível com uma informação livre e independente, não vivemos em democracia se houver censura ou se a informação não respeitar o rigor e a verdade», mas acrescentou que só concede «entrevistas por escrito, mediante critérios de oportunidade, com regras previamente definidas (...)».
Sobre o som retiro um excerto do livro Tudo o que se passa na TSF ..."para um livro de estilo", de João Paulo Meneses (pag. 83): «Um som (apenas) credibiliza quando, mais do que trazer elementos novos para o ouvinte, vai para o ar para que não fique qualquer dúvida sobre se determinada situação aconteceu(...)».
Claro que o principal problema aqui não é o som para a rádio ou a imagem para a televisão, mas sim o que Rui Rio entende por «informação livre e independente». Além do “DN”, os jornais “Público” e “JN” também trazem textos sobre este assunto.

As audiências dos “pequenos”

O “Diário de Notícias” traz um texto sobre as audiências das rádios locais. É bem interessante.

A ler no Blogouve-se

João Paulo Meneses fala, no Blogouve-se, da Antena 3 e do serviço público de rádio: «(...) não faz sentido a RDP ter no seu conjunto de rádios uma estação que é globalmente igual a outras (privadas). O facto de ter um grande desafogo financeiro e não precisar de publicidade acaba por se constituir como concorrência desleal *.Mas já que existe, que seja uma rádio que preserva a música e a cultura portuguesa. A Antena 3 faz isso? A Antena 3 tenta fazer isso, mas fica muito longe».