A Antena 2 tem-se afastado gradualmente do seu modelo tradicional e as reclamações não fizeram esperar. Rogério Santos, do blogue “Indústrias Culturais”, acha que «escutar o programa da manhã da Antena 2 com muitas palavras e pouca música não é agradável». Por seu lado, Álvaro José Ferreira, do blogue “A Nossa Rádio”, critica «o desinvestimento em programas de autor e a opção por simples alinhamentos musicais alargados».
A Antena 2 foi durante muitos anos uma rádio diferente. Não é do agrado da esmagadora maioria dos ouvintes radiofónicos portugueses, mas uma emissora de serviço público tem de ser diferente das estações privadas. A Antena 2 privilegiava a musica Antiga, de Câmara, Clássica, Barroca, Sinfónica, e outros géneros instrumentais, tendo, também, espaços de Jazz. Ou seja, géneros musicais que não passam noutras emissoras, porque as audiências não justificam.
Afastar a Antena 2 deste modelo é aproximá-la de modelos já existentes, nomeadamente a Antena 1 - a principal estação do serviço público de radiodifusão sonora. No entanto, parece que tem sido isso que tem vindo a acontecer. Assim sendo, uma das emissoras torna-se desnecessária.
A Antena 2 não é uma rádio de informação, mas deve ter edições curtas, direccionadas para a cultura. A Antena 2 não é uma rádio de palavra, pelo que o comentário politico deve ser remetido para a Antena 1 – esta sim, mais informativa e mais de palavra. No entanto, deve ter programas que expliquem e contextualizem a musica que é escutada, contribuindo, assim, para um maior conhecimento do que é a música.