«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre a Antena 2

A Antena 2 tem-se afastado gradualmente do seu modelo tradicional e as reclamações não fizeram esperar. Rogério Santos, do blogue “Indústrias Culturais”, acha que «escutar o programa da manhã da Antena 2 com muitas palavras e pouca música não é agradável». Por seu lado, Álvaro José Ferreira, do blogue “A Nossa Rádio”, critica «o desinvestimento em programas de autor e a opção por simples alinhamentos musicais alargados».

A Antena 2 foi durante muitos anos uma rádio diferente. Não é do agrado da esmagadora maioria dos ouvintes radiofónicos portugueses, mas uma emissora de serviço público tem de ser diferente das estações privadas. A Antena 2 privilegiava a musica Antiga, de Câmara, Clássica, Barroca, Sinfónica, e outros géneros instrumentais, tendo, também, espaços de Jazz. Ou seja, géneros musicais que não passam noutras emissoras, porque as audiências não justificam.

Afastar a Antena 2 deste modelo é aproximá-la de modelos já existentes, nomeadamente a Antena 1 - a principal estação do serviço público de radiodifusão sonora. No entanto, parece que tem sido isso que tem vindo a acontecer. Assim sendo, uma das emissoras torna-se desnecessária.

A Antena 2 não é uma rádio de informação, mas deve ter edições curtas, direccionadas para a cultura. A Antena 2 não é uma rádio de palavra, pelo que o comentário politico deve ser remetido para a Antena 1 – esta sim, mais informativa e mais de palavra. No entanto, deve ter programas que expliquem e contextualizem a musica que é escutada, contribuindo, assim, para um maior conhecimento do que é a música.

91 comentários:

Hugo Cunha disse...

Eu já escrevi ao provedor sobre o porue do prgrama de debate na Antena 2 com Vicente Jorge Silva estre outros

Hugo Cunha disse...

*porque

Fernando Ribeiro disse...

Desde há muitos anos que não dedico tão pouco tempo a ouvir a Antena 2 como agora. Cada vez a escuto menos e subscrevo quase todas as reclamações que actualmente se fazem a seu respeito.

Cheguei a um ponto tal que ouço muito mais o canal cultural da rádio pública austríaca (Österreich 1), em ondas curtas ou online, do que a Antena 2!

Embora abuse da palavra mais do que o que eu gostaria, o canal austríaco é um bom exemplo do que a Antena 2 deveria ser: um canal cultural no verdadeiro sentido da palavra, que aborda assuntos tão diversos como as artes plásticas, a investigação científica, a literatura, a sociologia, a ecologia, a política, etc. etc. E também a música, como não podia deixar de ser. Isto mesmo pode ser verificado na página do canal: http://oe1.orf.at/.

Não é por falta de bons exemplos que a Antena 2 não é melhor do que é. O que acontece é que ela é o "patinho feio" da RTP, que a encara como um peso morto a que ela gostaria de pôr fim, porque só interessa a uma ínfima minoria de maluquinhos pela música dita "clássica". Cada vez estou mais convencido de que é precisamente esta a estratégia que está a ser seguida: acabar com a Antena 2 de uma vez por todas e vender ou alugar a sua rede de emissores a quem der mais.

Anónimo disse...

Não posso discordar mais das opiniões manifestadas. Ao manter o estereótipo de rádio clássica, a Ant2 torna-se guetizada e de facto uma rádio de minorias. Uma minoria única a bem dizer. Afinal a Ant2 é paga pelo meu dinheiro (e de todos os que tem um contracto com a EDP).

A mudança gradual da Ant2 acentua um interesse em expandir a divulgação por outras artes. Note-se o trabalho desenvolvido (pouco em horas de emissão, mas significativo olhando ao panorama nacional) em retransmissão ou emissão de teatro radiofónico, a aposta em formas diferentes de fazer rádio como sejam as Madrugadas da equipa 2 ao Quadrado e o aparecimento de programas de música do mundo e música clássica avant-garde. Acho também errado apontar uma tendencia a mais palavra e menos música como errónea, como se só as rádios ditas de comentário fossem autorizadas a faze-lo.

E uma definição de "rádio de palavra" enquanto chavão de marketing nesse sentido, aquele do comentário político/social como nalguns locais se tem tentado fazer esquece que a divulgação de eventos também necessita do comentário crítico, de entrevista e de discussão.

Os comentários negativos sobre a mudança da Ant2 cada vez mais me parecem os de pessoas inconformadas, incapazes de aceitar o alargamento, que há cultura para além da "música clássica" e dos 100g de Mozart, 2 kg de Bach e uma arroba de Beethoven.

Aproximação à Ant1? À Ant3? Onde? Como? Expliquem-se!

Anónimo disse...

JOS� EDUARDO SIM�ES foi hoje ao Di�rio de Coimbra FM 101.7 anunciar que se recandidata a presidente da ACAD�MICA. Jogou ao ataque. Deu forte nos caloteiros das quotas. Rematou com um novo director geral. Mandou recados ao empres�rio de Dame. Enviou indirectas a Santos. Quer continuar a ter Paci�ncia. Diz que � o bom da fita. Prometeu que tem uma cereja para dar aos s�cios� e a Charlotte j� a descobriu. Quer provar?

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José Ignacio disse...

Cada vez gosto mais da Antena 2 RDP e cada vez ouço menos Radio 2 Clásica RNE. É um facto, a Antena 2 está muito mais interessante do que há uns anos e a música clássica continua em grande e incontestável destaque.
Mas o programa Um Outro Olhar, com Vicente Jorge Silva, Inês Pedrosa, Maria José Seixas... e Quinta Essencia, de Luís Caetano, são também do meu agrado. Sobretudo Quinta Essencia, um programa magistral pela forma como as entrevistas são apresentadas e dirigidas.

Evidentemente, também aprecio a BBC Radio 3 e outras estações europeias do género, nomeadamente as alemãs, mas não considero que Antena 2 esteja muito aquém delas.

Para acabr, uma sugestão. Um programa infanto-juvenil na Antena 2 aos sábados de manhã de maneira a introduzir a miudagem na cultura da rádio e na música dita clássica.

Saudações espanholas

Anónimo disse...

Que bem que este simpático ouvinte espanhol, José Ignacio, domina a língua de Camões! Mas será que ele tem a verdadeira noção em como deveria ser orientada a ÚNICA rádio clássica que Portugal possui? É que os países citados têm várias e ele parece ter-se esquecido disso! Neste âmbito e para tentar cativar, é impossível as concessões às audiências darem bom resultado e (pseudo e inenarráveis) programas como "CORETO", "VIAS DE FACTO", "ARGONAUTA" e "FUGA DA ARTE", este com um "spot" que apenas tem como função torturar os ouvidos de quem tenta, mas dificilmente consegue, escutar algo de interessane, não podem, nem devem ter ali cabimento. Apenas têm como função afastar quem genuinamente gosta da música dita séria e mediocrizaram uma estação que já foi das melhores de toda a Europa. E nem valerá a pena falar e comentar uma verdadeira aberração que ocorre aos dias de semana entre as 7h00 e as 10h00! Será que alguém ainda consegue suportar aquela mixórdia? Mas, se, no fundo, a intenção é acabar com a Antena 2, então sim, retiro o que disse, vão no caminho certo!

Anónimo disse...

Caríssimos inter-radio-nautas, uma humilde amante de rádio vos saúda!

Perdoem-me, no entanto, as seguintes prosaicas e elementares questões: mas afinal porque continuaremos nós a dar ouvidos à dita "mixórdia"? Será que secretamente nela nos revemos? Porque teimosamente dependemos de uma estação defeituosa que apenas o "non-sense" individualiza?

E ainda: O que será que verdadeiramente nos impede de pura e simplesmente optarmos por outras frequências ou escolher a excelência singular da nossa própria "onda"?

Presumindo que esta última não será de todo inexistente, e que a pessoalíssima seca apenas se reserva ao desastre ecológico da biosfera ou ao auditório existencialista excluso - porque não rodamos o botão da nossa insatisfação até ao limiar do apaziguamento?...

Estas minhas linhas não visam o remendo, mas sim o pano agora manchado de um omnipresente arquétipo. Aceitam-se, portanto, outros contributos de reflexão sobre um tema que nos (des)une e incendeia a alma ibérica ...

Anónimo disse...

Como ouvinte assíduo, há muitos anos, única e exclusivamente da Antena 2, a única estação que disponibiliza a música de que gosto, tenho de esclarecer que, apenas a determinadas (poucas) horas do dia, tem os programas que me satisfazem. Ainda por cima, agora, desde o ínício do mês, oferecem-nos três pacotes de "música a metro", tipo rádios generalistas, onde o nexo, a lógica da continuidade e, sobretudo, a cultura do saber, foram, pura e simplesmente, atirados para as urtigas. Que saudades da Judite de Lima, do Jorge Rodrigues, da Gabriela Canavilhas, verdadeiros e genuinos radialistas que não eram meros "robots" e que sabiam da sua arte. Agora? Tentar ouvir algo de interessante, com conteúdo e exigência, independentemente dos gostos pessoais de cada um, é impossível. Ouçam, experimemtem, tentem e digam-me, por favor, onde tal é possível. Rodar o botão até ao limiar do apaziguamento, como diz a ouvinte, não acho ser a melhor solução. Pôr um CD? Será esse o verdadeiro remédio para os insatisfeitos? Porque razão me impedem há anos de preparar o meu dia profissional de forma tranquila, calma e com paz de espírito, com alguém que não sabe, não aprendeu, não foi ensinado ou desconhece o prazer do silêncio (4'33 do John Cage)? Mas, se residisse apenas ali o problema....

Anónimo disse...

é a voz da reacção...

em Portugal só há três (excluo a RDP Africa e RDP Internacional) canais pagos pelos contribuintes. As Ant1,2 e 3. Porque diabo há-de ser a Ant2 paga pelos contribuintes destinada apenas aos ouvidos dos "iluminados"? Iluminados que, diga-se de passagem, se entricheiram nos seus getos de gostos definidos e querem usurpar o completo usufruto do dinheiro de todos nós. Morte aos aristocratas que nos negam o pão da cultura! Guilhotinem-se-lhes os ouvidos, esses satisfeitos da cultura monoteísta dos acordes concordantes.

Acha mixórdia o que passa, raramente, duas vezes por mês que seja, num horário de insomaniacos e desesperados que é da 1 às 7 da manhã? Pois eu gosto. E gosto muito. Gosto que me mostrem coisas que eu posso não apreciar porque é desconhecido. Gosto do risco. Gosto que haja uma rádio que cobre o país e tenta ser de Cultura e mostrar o que está nas frinjas, por pouco que seja. Porque, senhores, é pouco ou quase nada o que mostra, relativamente ao todo que continua guardado para agrado dos senhores aristocratas da alta cultura e da música erudita.

Afinal, a Ant2 deve agradar a que ouvidos? E deve agradar durante quanto tempo? 100%? 75%? 50%? E os outros, não desembolsam? Eu desembolso sem argumentar sempre que me aparece a factura da EDP em casa. Não tenho direito a ouvir algo que me agrade na rádio que pago?! Estão muito mal habituados senhores, é o que lhes digo. A rádio que querem ouvir é a playlist que deixaram em casa, essa é que é a verdade! Que tristeza...

Anónimo disse...

Caro amigo(se assim mo permite):

Vejo que as minhas palavras semearam alguma perplexidade no seu espírito! Creio não ser caso para tal, já que todos nós somos amantes e profundos conhecedores - mais até do que os profissionais da própria Antena 2, e porque não da sua homónima de Osterreich -, do que em termos de "rádio clássica" se vai fazendo pelo mundo.

O escândalo é total: querem impôr-nos uma ligação a este mundo através de um programa matinal com informação e música. E nós que apenas almejávamos à interiorização (que não ensimesmamento, note-se). Mas quem lhes disse a eles que queremos acordar para a vida? Serão as estupendas sondagens da Osterreich que provam a importância de tal arrojo para a emergência de um novo paradigma? Então, sugiro à Direcção da estação que decrete o austríaco como língua oficial da Antena 2. Só assim com ela nos reconciliaremos, quais verdadeiros amantes do éter.

Insistem, na pecaminosa estação, em fritar-nos os miolos com madrugadas ao quadrado e música do mundo. A mensagem é clara: "don't be square!" - que é como quem diz "´vá para fora cá dentro!". O As vacas estão magras, é certo; mas isto não se admite. Foi para isto que trabalharam os grandes ideólogos, os grandes compositores? Não o creio.

Amigo, estou desolada. Porque, tal como tantos outros que visitam este blogue assiduamente, apenas queria que o mundo permanecesse exactamente igual. Não quero ser contemporânea e ponto, quero lá saber da alteridade para o despertar dos meus sentidos ...

Desprezo, portanto, as diárias tentativas de sedução que desde Portugal ou Áustria me possam endereçar para os encantos de uma nova realidade. A palavra é hoje excessiva em rádio e em todo o lado. E o pior é que a internet e os novos media só nos vieram complicar a vida. Somos todos diferentes e todos iguais ... já nem a Antena 2 é o que era.
Resta-me apenas colocar no CD em modo de repetição um qualquer salmo (dos autênticos), missa ou oratória e interiorizar.
"Pai porque me abandonaste"? Porque me fazes amar os defeitos da Antena 2, escrever sobre eles ... e teimar em não desligar o botão?... Será que amanhã ainda serei "mixórdio-dependente"?

Sugiro-lhe que fundemos o MPSSR: "Movimento Para a Sobrevivência do Silêncio em Rádio", sugerindo à Antena 2 a retransmissão etérica do silêncio.

Votos de melhores audições em Paz Profunda,

Anónimo disse...

Boa, boa!!! Parabéns à blogueira anónima cujo sentido de humor é irresistível e que kyriu parece não ter ainda entendido! Subscrevo inteiramente ... Estamos os três de acordo: quem não gosta que se remeta à "paz profunda" do antigamente e rode o botão.

Anónimo disse...

mas eu não respondi à anónima, respondi ao anónimo. não a si, anónimo, mas ao outro anónimo. o que faz disto uma grande complicação. acho que o problema não está na Ant2, o problema está nas outras 300 rádio deste país que só oferecem uma cópia umas das outras. mas isso vai mudar. ai vai, vai. porque há quem trabalhe para isso. escreva o que lhe digo.

simpatias a anónima e ao anónimo (e ao outro também, já agora)

Anónimo disse...

Bem, eu sou a mesma Anónima que aquele Anónimo elogiou e que agora vai mesmo é viajar pelos blogues do Kyriu que me parecem ser bem humorados!

Saudações a Kyriu e aos demais amantes da cultura como eterna descoberta da vida. Mas - porque "somos apenas contemporâneos", o sol brilha e recordo Ruy Belo ... -

Não resisto à insistência: Porque será que alguns insatisfeitos (prováveis discípulos do velho senhor do Restelo, que não consta que ouvisse rádio ou navegasse neste oceano virtual) teimam em sintonizar regular e pecaminosamente essa nova onda de "mix-tura"... Sim, a tão terrível Antena 2?

Anónimo disse...

Talvez porque, como disse Keats, "no mesmo templo onde ainda existe algum deleite, a velada melancolia tem o seu santuário!"

Perante tanto "ruído" e "lixo" matinal, entrevistas inócuas em que o entrevistador também faz de entrevistado, "quatro estações de Vivaldi" e similares ao quilo, em doses industriais, quer de manhã, quer de tarde, onde a sabedoria é inexistente e para nada serve, argonautas cósmicos, coretos vazios, vias fátuas, fugas (no seu verdadeiro sentido) da (pseudo) arte, "quartas" essências, ainda consegue ser possível encontrar alguns (poucos) verdadeiros oásis que não envergonhariam nenhuma BBC, ORF, ou de qualquer outro país dito civilizado! Mas por quanto tempo? Quando soará também a sua hora, prontos a serem "engolidos" pelo "papaguear" de um qualquer outro Alves Guerra? Música na net? Em colunas de computador? Será esse o verdadeiro conceito de audição do genuíno amante das ondas hertzianas? Também não me parece que o simples rodar do botão seja a melhor solução? Mas, se tal tiver de acontecer, para onde?

Esperando resposta às questões colocadas, lanço aqui o repto aos intervenientes: porque não criar um espaço próprio para debater a Antena 2, a fim de tentar ainda evitar uma morte (mais do que) anunciada?

Anónimo disse...

Por mim aprovo inconcicionalmente essa excelente ideia, mas será que alguém irá dar o passo? Realmente o excesso de palavreado matinal já se tornou insuportável. Tem de ser feita qualquer coisa.

Anónimo disse...

meta o CD, homem!, meta o CD!

Anónimo disse...

Isso ando eu a fazer há que tempos! Sempre que a sintonizo ou encontro palavreado em excesso e vazio de conteúdo ou aviam-me logo 250 gramas bem pesadinhos de estupadas que até se encontram nas gravações dos atendedores de chamadas telefónicas!

Fernando Ribeiro disse...

O perigo de extinção da Antena 2 é bem real. Morais Sarmento, quando foi ministro responsável pela comunicação social, tentou fazê-lo. Só que naquela altura havia um presidente da República que era culto e melómano (independentemente do juízo que se possa fazer dele como político), chamado Jorge Sampaio. Agora, não me parece que Cavaco Silva iria levantar alguma objecção a uma segunda tentativa.

Não se pense que este perigo de assassinar a divulgação da cultura e da boa música na rádio só existe em Portugal. Em outros países da Europa (isso mesmo, da Europa!) também já houve iguais tentativas de pôr fim a canais idênticos à Antena 2, felizmente sem êxito, também.

Na Suécia, por exemplo, chegou a estar marcado o dia em que seria desligado o canal P2 da rádio pública sueca. Felizmente, o canal foi salvo in extremis e continua em actividade, como se pode verificar aqui:
http://www.sr.se/p2/.

Na Alemanha (isso mesmo, na Alemanha!) também tentaram acabar com o canal Bayern 4 Klassik da rádio do estado da Baviera. Também sem êxito, felizmente, como se pode confirmar aqui:
http://www.br-online.de/bayern4klassik/index.xml.

Como se vê, a Antena 2 está mesmo em perigo. É verdade que interessa pouco aquilo que ela é agora, mas o seu desaparecimento puro e simples interessaria muito menos ainda. É urgente lutar por uma melhor Antena 2.

P.S. - Jorge Rodrigues já não está na Antena 2, é verdade, mas está na Fundação Gulbenkian, onde apresenta um podcast semanal chamado Grande Auditório. O podcast pode ser acedido através da página na Internet do Seviço de Música da Gulbenkian, cujo endereço é este:
http://www.musica.gulbenkian.pt/.

Anónimo disse...

A Antena2 está melhor. Felizmente começa a caminhar e parece abandonar o cinzentismo a que estava votada. Parabéns Rui Pêgo, João Almeida e todos os funcionários que trabalham na antena2.

Anónimo disse...

Com o devido respeito pela opinião do ouvinte anterior, só a deve ter proferido certamente por desconhecimento do que é uma rádio clássica no sentido estrito do termo. Será um ouvinte recente, naturalmente jovem, pouco exigente, que deve ter pautado a sua afirmação através do restante panorama radiofónico luso. Será que a Antena 2 se poderá definir como clássica quando na sua programação existem verdadeiras aberrações que nem uma estação do Burkina Faso teriam cabimento? O programa da manhã tornou-se simplesmente insuportável, ainda hoje foi caso disso, tendo sido objecto de violentíssimas e sistemáticas acusações no programa do provedor não apenas pelos ouvintes mais participativos. Vários especialistas na matéria, entre os quais alguns doutorados em comunicação social, foram unânimes nas suas duríssimas críticas ao modelo proposto. Como se pode comprovar, não mudou nem sequer uma vírgula. Suportar meia hora com aquele apresentador é logo caso para que uma pessoa comece o seu dia cansada, saturada e, infelizmente, impotente. Pois se Sua Ex.a se dignou, certamente com as costas bastante quentes, a nem sequer responder aos ouvintes por intermédio do provedor estará tudo dito. E, mais grave, com a complacência de quem dirige e denota nada perceber ou ter aprendido! A restante programação diária prossegue com três pacotes de outras tantas horas, onde o grau de exigência é mínimo e não existe qualquer nexo sequencial sobre o que é apresentado, pese embora o tremendo esforço dos seus jovens autores. Depois, à hora de almoço, surgem, então, sim, os programas pautados por exigentes critérios de excelência e qualidade com a honrosa excepção da Quinta Essência que ali foi incluído por ser de quem é e após ter empurrado dali para fora quem, por direito próprio, ali deveria estar! Julgará o seu autor que passará a ter mais credibilidade por se ter transferido para aquele horário com um programa de palavra e entrevistando gente pura e simplesmente sem qualquer ponta de interesse? O vazio do fim da tarde após a saída de Jorge Rodrigues, apenas um dos melhores radialistas do país, por razões obscuras e muito pouco esclarecidas, tornou aquele horário numa pobreza confrangedora. Depois, à hora de jantar, é a hora de surgir o "arroto dos americanos", vulgo o jazz, com um indíviduo sério que, contudo, nada veio acrescentar a quem ali já trabalha há anos e faz muitíssimo bem aquilo para que foi contratado. Outra aberração! Segue-se, então, o ponto alto da programação semanal: a noite! O Grande Auditório (uma não produção RDP, note-se) cedido julgo que pela UER, onde se descortina o dedo de quem sabe, e os programas de qualidade com a honrosa excepção da sexta-feira. Os fins de semana oscilam entre o que de melhor e pior a Antena 2 transmite, com a balança infelizmente a pender para o simplesmente (muito) execrável. Será isto a Antena 2 sair do cinzentismo a que estava votada a que anterior plumitivo se queria referir? Por amor de Deus, não me faça rir que isto é um assunto demasiado sério e grave!

Anónimo disse...

Dispenso toda a intelectualidade snob que a velha antena2 corporizava.
Deixo alguns pontos fulcrais que devem pautar as rádios do grupo RTP:

1- Devem ser para a generalidade dos ouvintes, promovendo o melhor que há no mundo, sem o snobismo que deleita os intelectuais que escrevem artigos, copiando-os de autores internacionais. Lamentável e vergonhoso.

2- Evitar dar voz a ouvintes pseudo-reclamantes que se serviram do provedor para passar a mensagem de figuras que fizeram muito mal às rádios do grupo RTP.

3- A antena2 tem que ter audiência, caso contrário não se justifica pagar um produto que não é ouvido.

4- As rádios do grupo RTP devem estar livres de funcionários que fizeram muito mal à instituição. Toda a gente sabe quem são, o que fazem actualmente e o que fizeram entre 1996-2001/2002. Felizmente foram afastadas pela anterior gestão. Parabéns por esta gestão continuar a seguir os tópicos levados a cabo a partir da reestruturação.

5- A antena2 deve continuar a trilhar o seu caminho de modernidade, sem o cinzentismo que a caracterizou. O futuro está aí e será mais risonho que esse tal passado.

A finalizar, parabéns a Nuno Morais Sarmento e à sua equipa de gestão, pela reforma iniciada. Pela continuidade do projecto ambicioso para as rádios do grupo RTP, também Augusto Santos Silva e a equipa escolhida merecem o nosso apoio e total confiança.

Anónimo disse...

Estando eu aqui pacatamente no meu isolamento interior a assistir a estas interessantíssimas trocas de mensagens, achei que chegou a altura de poder também intervir e contribuir com a minha modesta quota-parte para a discussão. No bom sentido, entenda-se! Pois bem, o anterior interveniente, certamente fazendo parte da cúpula directiva da RDP ou da própria Antena 2, parece-me disparar em várias direcções sem contudo conseguir acertar mais além do que... nos próprios pés! Antes de mais, informo pertencer ao grupo dos que acham que, nestes últimos, a Antena 2 anos tem cedido à terrível “chantagem” das audiências imposta por quem manda, curiosamente, ou talvez não, todos aqueles que nada percebem de qual deverá ser a sua verdadeira função nem tão-pouco do fenómeno musical dito “savante”. Custando o que custar e seja a que preço for, persistem teimosamente, através de algumas das verdadeiras “porno-chanchadas” que lá proliferam, em querer angariar ouvintes ocasionais, mesmo se, amanhã, quando a eles for oferecido um qualquer andamento de um concerto de Mozart, fujam a sete pés de tamanha ignomínia. Não, o caminho certo não pode nem deve ser esse! É totalmente errado. Aos políticos citados, a quem jamais se conheceu a escrita de uma única linha sobre a temática causa, adormecer num qualquer concerto a que, por obrigação profissional, sejam obrigados a assistir, não lhes deveria obviamente dar qualquer crédito para decidir. Deveriam sim, rodear-se de pessoas conhecedoras e com provas dadas no meio musical, para então, em conjunto, escolher qual o melhor caminho a seguir para proporcionar aos portugueses uma melhor e mais fácil aproximação a um tão belo universo. Que naturalmente deveria começar pelo ensino escolar, de base, para, a médio prazo, se conseguirem atingir os objectivos a que se querem propor. Mas isso é muitíssimo mais complicado, demora muitíssimo mais tempo, gasta-se muitíssima imaginação e dinheiro e para as eleições, que são já daqui a dois dias, será impossível apresentar resultados que possam garantir votos. Agora, soluções facilitistas, ocas, inócuas, sem qualquer conteúdo de base, acabam por não agradar nem a gregos nem a troianos e têm como função única afastar os tais “cinzentões”, como erroneamente alguém os define e em que eu orgulhosamente me incluo. A continuar assim jamais conseguirão fixar os que, em aplausos acéfalos, apenas conhecem as “Quatro Estações” e a “Marcha fúnebre” que passou há uns anos numa telenovela qualquer. Porque não têm, nunca tiveram, nem nunca virão a ter a tal imprescindível formação de base. Portanto, a pescadinha-de-rabo-na-boca que vai garantindo a alguns uns tachos a que persistem agarrados com unhas e dentes e que teimam em insultar a eito quem lhes ouse indicar que o caminho adequado passa por uma outra visão estratégica será, em princípio, para continuar. Embora duvide, espero bem que este figurino mude. Para mim, que havia criado alguma expectativa com a publicação, na imprensa dita séria, de publicidade a uma mudança na Antena 2, foi uma grande desilusão devido à prossecução da absoluta pobreza conceptual da grelha. De facto, e alheando-me daquela verdadeira e insuportável aberração matinal, ouvir-se, durante 9 (n-o-v-e!!!) horas diárias e em doses industriais, música de todas as épocas mas sem qualquer informação digna desse nome, é uma política completamente errada e cai no mais ingénuo e primário decorativismo. Transmitir a esmo, ao quilo ou ao metro, mesmo que abrangente no que toca a tempos e estilos, é fácil, facilitista e apela ao consumo cómodo de música de fundo, “elevator music” de um novo género, com informações a roçar o básico que eu ensinei aos meus filhos enquanto crianças. Ligar e ouvir na Antena 2, Brel ou Aznavour, praticamente a mesma coisa, é totalmente errado, é dar razão aos Hermans, Simones ou Judites deste país que gostam de se vangloriar da sua incultura musical e lhes dão “prime time” na RTP. Além disso, contribuem para encher o Pavilhão Atlântico precisamente no mesmo dia em que eu me dignei fazer 420 km (nos dois sentidos) para assistir a uma espantosa “La Spinalba” de Francisco António de Almeida totalmente feita por portugueses e que nem sequer conseguiu encher o pequeno auditório do CCB. Sintomático e esclarecedor! É aqui que reside o verdadeiro problema que muitos persistem em pretender ignorar. Mas prosseguindo, seriam “cinzentões” o(a)s Marias Leonores, Helenas de Freitas, Igrejas Caeiros, Freitas Brancos, Barreiros, Paes, Lisboas, Streets, Rodrigues, Limas, etc., alguns deles infelizmente já partidos, capazes de pactuar com este estado de coisas? Pressupondo que não e por exclusão de partes pode inferir-se que os programas paupérrimos já citados por alguém é que contribuem para que a presente Antena 2 seja um verdadeiro arco-íris. Mas, aquele era um tempo em que não se perfilhava, como agora, o individualismo de toda uma nova classe dirigente, essa sim cinzenta e sem nome próprio, que impõe as leis selvagens do facilitismo. Haverá alternativas? Sei que com esta minha opinião nada irei conseguir, não me sobra dinheiro para sistemas de áudio topo de gama, no carro e no emprego, nem para ir a Bayreuth espojar-me com Wagner. Quantas horas diárias somarão os programas de autor? O resto? Tirando o Grande Auditório, algumas curtas rubricas e programas de debates, uma miséria. Uma rádio com quinze/vinte horas semanais de qualidade? Claro, a direcção escolhe, a direcção assassina. Que melhores factos para esta minha dissertação em que para ser possível encontrar algo de qualidade e digno desse nome é preciso ir buscar programas que vêm desde sempre. Defendo uma Antena 2 digna, ao serviço de todos os portugueses e da cultura, mesmo que não a escutem, mas sempre sem concessões a formar e a criar, fortalecendo a cultura musical daqueles que a ouvem e atraindo mais e melhores ouvintes. Além disso, ouso criticar os que consideram a Antena 2 como uma coutada sua e teimam em aparecer, sob vestes impolutas, a assumir o direito de vir aqui tentar estabelecer divisões e patamares de credibilidade e honorabilidade. Termino com uma questão inocente: porque é que, em certos casos, se deve evitar dar voz aos pseudo-reclamentes que se serviram do provedor para fazer passar a sua mensagem, e, para outros, se fez uso dele para empurrar a música contemporânea para horários ainda mais tardios?

Zé dos Anzóis

Anónimo disse...

Caríssimo Zé dos Anzóis, quer uma antena2 digna, mas sem audiências?
Isso é a cobardia total, pois vejo que quer pagar um produto que não é ouvido, provido de um cinzentismo aberrante. O tempo do despesismo absurdo acabou.A Antena2está melhor, comparável em muitos aspectos com a BBC3, a qual, para mim, é a melhor rádio cultural europeia. O resto são frases feitas de janotas snobes que vão vomitando o ódio alcoólico fugaz em blogues talibãs, como o da "A NOSSA RÁDIO". Quem faz parte deste blogue não dá a cara com o seu verdadeiro nome e frequentemente refugia-se em chavões medíocres que apenas patenteiam a sua cultura obscena pejada de pedantismo metafó(o)rico-imagético.
Gente com saudades de um tempo que não voltará felizmente aos corredores das rádios do grupo RTP.

A finalizar, volto a dar os parabéns aos funcionários da antena2, muito especialmente ao Paulo Alves Guerra, João Almeida, Ana Rocha e Ana Daniela Soares, por darem voz à cultura e à boa música. Têm feito um magnífico trabalho, buscando públicos e mantendo aquele que já estava fixado.

Reitero igualmente as felicitações ao Nuno Morais Sarmento e à sua equipa de gestão, por terem evitado a morte da RTP, a qual se encontrava num estado comatoso, devido às "boas gestões" anteriores.

Merece igualmente respeito Augusto Santos Silva e a sua equipa gestora, por manter o caminho iniciado e por evitar que se voltassem a instalar indivíduos que fizeram muito, muito mal às rádios do grupo RTP.

Quem paga quer ouvir. Hoje é um gosto ouvir a antena1, antena2 e antena3, pois estão mais dinâmicas, actuais, livres, mobilizadoras, refrescantes e sabedoras do caminho que devem trilhar.

Parabéns ao Rui Pêgo, Ricardo Soares, Maria do Rosário Lira, Ricardo Alexandre, ao grande João Barreiros( que tornou a antena1 na referência informativa, dando continuidade ao trabalho do ilustre António Luís Marinho), Paulo Sérgio, José Mariño, Jorge Alexandre Lopes, Paulo Alves Guerra, João Almeida, entre outros que estão a acordar as rádios do grupo RTP.

Anónimo disse...

Caríssimo anónimo, não foi isso que acaba de referir que eu depreendi dos vários programas que o provedor dedicou à Antena 2. Com o devido respeito, as restantes estações do grupo RDP não me interessam para nada. Gostaria apenas de lhe colocar uma questão: será capaz de me referir as audiências dos últimos cinco-dez anos, de modo a poder fazer um juízo de valores isento sobre os eventuais ganhos ou percas e a validade do modelo que defende? É que no meu rol de amigos, muitos deles melómanos incondicionais desde sempre, a sua totalidade já praticamente não ouve a Antena 2. Os que ainda a sintonizam, como este seu humilde escriba, mais devido ao total deserto cultural em que me obrigaram a fixar residência, recusam-se, por uma questão de higiene mental, a fazê-lo durante essa tal aberração matinal que dá pelo nome de Império dos Sentidos.
Z. dos A.

Anónimo disse...

A antena2 desde a gestão de Almerindo Marques tem vindo a subir nas audiências, estando entre os 0,5 e 0,8. Ainda não chega, caríssimo Zé. Porém, creio que a tendência é para aumentar, atingindo um número aceitável. O trabalho está a ser feito e atingirá, seguramente, os seus objectivos.

Antes da gestão que fez renascer o grupo RTP, as audiências da antena2 eram manifestamente residuais variavam entre o 0,1 e o 0,3. Manifestamente pouco.

Um conselho oiça durante uns dias a BBC3 e ulteriormente passe pela antena2, vai ver que se aproximam. Não me vai dizer que a BBC3 não prima pela qualidade. A rádio não pode ser um meio estático, está em constante evolução.

Quanto ao trabalho do Provedor, José Nuno Martins, a seu tempo deverá ser feito o balanço, quando deixar as funções, em Abril.

Trabalho muito negativo, mas como disse a seu tempo será confrontado com muita coisa, para a qual deverá ter a arrogante coragem de responder. Não se pode acobardar...não seria agradável para o homem de Fratel, benfiquista, director do Jornal Do Benfica e quiçá futuro director da Benfica TV.

Anónimo disse...

Acreditando na percentagem das audiências que me informa, não queria, contudo, como ouvinte que também participou junto do provedor, onde apontei não só coisas negativas como também positivas, deixar de aqui apresentar alguns pontos de vista. Segundo a minha modesta opinião, julgo que tenderiam a aumentar o nível qualitativo de uma estação que, contrariamente a muitos, jamais deixará de ser minha companhia diária. Se agora intervenho é porque ela não anda a preencher, de forma satisfatória, os meus desígnios mais prementes. Sempre defendi que a programação deveria ser sempre pautada por um valor bem acima da mediania, como julgo agora não acontecer. Será que a programação se deve manter sedutora, aligeirada e pouco preocupada com a exigência, tal como ocorre com a “caixa estupidificante”, de modo a tentar captar o tal público mais vasto que alguns defendem? Não, sinceramente julgo que o caminho certo não deve ser esse. Como alguém já referiu, os tais blocos diários, mesmo com informação limitada ao trivial e não conseguindo fazer esquecer Judite Lima ou Jorge Rodrigues, têm a grande vantagem de passar bastante música sem a palavra oca e vazia de conteúdo. Mas, pelo contrário, as manhãs de semana há muito que se tornaram verdadeiramente massacradoras e, por mais que tente, não consigo suportar “aquilo” mais do que uns breves minutos e apenas muito de tempos a tempos. Verdadeiramente insuportáveis, “obrigaram-me”, a contra-gosto, à alternativa do CD. Que saudades da presença de Gabriela Canavilhas, a melhor apresentadora que a Antena 2 teve nos últimos tempos, que, com os seus conhecimentos musicais, voz fresca, simplicidade e, sobretudo, saber como e quando intervir, tornavam as manhãs num tónico e na melhor forma de começar o dia. As audiências, garanto-lhe, subiriam ainda muito mais com a sua presença. Assim..... Também as noites de fim-de-semana há muito me afastaram da Antena 2, julgando eu que nem sequer servem os interesses dos menos cultos que necessitam também da sua hora. Mas não o nivelamento por baixo como os programas ali inseridos são disso exemplo paradigmático. Por último, referir apenas que, após consultar o blog “A Nossa Rádio”, que desconhecia, não poder estar mais de acordo com a decisão da direcção em ter retirado da grelha aquele programa. Poderá ser verdadeiro e genuíno serviço público, mas nunca para uma estação como a Antena 2.

Z. dos A.

Anónimo disse...

Caro Zé respeito a sua opinião. Mas como vê há muitos interesses pelo meio que tentam lançar a tal pressão. Uns através de blogues, outros utilizando pseudónimos junto do provedor, que não fez um trabalho sério, e apenas lançou mais gasolina em assuntos delicados.
Espero que o novo provedor seja equilibrado nas suas posições e possa fazer ver educadamente aos responsáveis a opinião dos ouvintes, sendo certo que em cada um há um director em potência. Donde será difícil agradar a todos.
Mas siga, se poder, por alguns dias, o meu conselho: oiça a BBC3. Verá que esta antena2 se aproxima mais dela do que da RNE- rádio clássica de Espanha, a qual está muito abaixo, em qualidade, da antena2.

Anónimo disse...

Caro anónimo, aquando das minhas (pouco frequentes) deslocações a Inglaterra e contrariamente ao que jamais sucedeu em Portugal, havia (e suponho que ainda haja) sempre a possibilidade de hesitação entre o programa clássico da BBC (imagino, segundo a sua informação, que seja a 3), fabulosa, cultíssima e elitista, e a Classic FM, clássico-popular e cheia de alguns dos géneros que agora existem na Antena 2. É por isso que defendo a não concessão aos tais facilitismos, de modo a poder elevar um nível qualitativo que a determinadas horas do dia e ao fim-de-semana deixou de ter.

Anónimo disse...

Uma questão muito simples: deve o contribuinte português pagar uma rádio clássica ou uma rádio de cultura? Porque a rádio clássica é só para alguns, uma rádio de cultura é para muitos mais.

E quem faz comentários de "julgando eu que nem sequer servem os interesses dos menos cultos que necessitam também da sua hora." revela bem o pedantismo de que padece... migalhas aos pobres, é esse o caso? Os "pobres" são quem lhe financia a rádio. Acho que raciocínios desses só merecem mesmo o isolamento do leitor de CDs.

Uma coisa concedo. Devia haver uma rádio clássica, a sério em Portugal. Como uma rádio de Jazz. Como uma rádio inclusive de música popular e folklore, porque não? Afinal o espectro é limitado e devia ser de todos mas no país que vivemos todos se acotovelam para dar o mesmo tipo de sopa. Não há uma autoridade da concorrência na rádio? Aí sim, está a resposta à sua questão e a sã convivência entre as suas necessidades (legitimas) de uma rádio clássica "culta" e aquilo que mais agrada aos "pobres de espírito" (ou que tem um espírito mais rico e abrangente, é uma questão de perspectiva). Mas, vivendo onde se vive, acho que precisamos mais de uma rádio de cultura, que seja mais abrangente e educadora, que uma guetizada Antena 2, dita "clássica". Morte à rádio clássica, viva a rádio da cultura (admito, ainda não chegou lá mas faço fé que lá chegue).

Anónimo disse...

Por esta ordem de ideias e a fim de chegar ao tal público mais vasto, também o Museu do Chiado deveria promover exposições de Jeff Koons ou José de Guimarães, a Biblioteca Nacional colóquios sobre a obra de Danielle Steel ou Paulo Coelho e a Cinemateca apresentar rectrospectivas de Wes Craven ou António-Pedro Vasconcelos. Viva, então, a cultura de massas! Morte aos pedantes... e que se isolem nos seus CD! Apoiemos, então, os Argonautas, os Coretos, as Fugas da Arte, as Vias de Facto, os Impérios dos Sentidos, etc, etc, etc! Viva a Antena 2 para todos!

Anónimo disse...

Uma verdade é inegável: uma rádio sem ouvintes não faz qualquer sentido. Donde quem paga tem o direito a ouvir. Do meu ponto de vista a antena2 está melhor, está a fazer o seu caminho e como estava no passado a sua viabilidade era quase nula.

Com o desenvolvimento da internet, o grupo RTP podia apostar em várias rádios online que agradassem aos vários públicos.
Fica a sugestão:
1- Rádio clássica erúdita
2- Rádio Clássica erúdita/popular
3- Rádio Fado
4- Rádio Intervenção, com as famosas músicas dos anos da revolução ( aqui deviam estar presentes como moralizadores do regime e propagandistas o José Manuel Nunes, João Coelho, Carlos Alberto Moniz, Barata Moura, Pedro Barroso, Álvaro José Ferreira(pseudónimo do famoso reclamante, tendo como coordenadores gerais os reclamantes de pressão do PCP. É tão bonito vê-los a reclamar junto de Paquete de Oliveira contra o programa da Fátima Campos Ferreira. A democracia deles é tão interessante!

Rádio só Portugal - neste canal o Emanuel, Tony carreira, Ágata, Toy, entre outros teriam também o seu momento de glória.

Rádio Tertúlia

Rádio Informação

(...)

Anónimo disse...

Caro anónimo, não ponha na minha boca palavras que eu não disse. E também não concordo que a programação de uma rádio pública se deva pautar exclusivamente pelo índice de audiências. Defendo sim que o serviço publico deve colmatar a inexistência de oferta do sector privado e que neste momento faz muito mais sentido haver uma rádio de cultura do que uma rádio clássica pura. Porque, por muito que lhe custe, aquilo que não lhe agrada, outros agradecem. Ou arroga-se o direito da utilização única do erário público apenas para sua satisfação? Pessoalmente creio que faz de facto falta uma rádio de cultura e experimentalismo avant-garde, uma rádio clássica "clássica" (se me faço perceber) e uma rádio de cultura generalista. Não havendo hipótese de canais separados, sendo a oferta radiofónica o que é, quer todas as 168 horas semanais da Antena 2 para si? Ou não acha que faria mais sentido e seria mais útil para todos uma reformulação da lei da Rádio e a existência de um garante de diversidade maior no espectro? Felizmente, o que não se consegue em FM consegue-se na net mas, infelizmente, a net não é para todos. Gostaria, sinceramente, que houvesse uma rádio que o fizesse feliz mas temos de nos acotovelar a todos neste balcão. Às vezes ouve o Senhor/a um CD, outras vezes ouço eu.

Anónimo disse...

Mas e os que pagam igualmente as rádios do grupo RTP e não querem apenas programas guetizados?

Muitos querem ouvir programas para as maiorias e que passam nas outras rádios. Porém como pagam também os desejam nas rádios do grupo RTP. Afinal de contas sempre são, pelo menos, 3 euros e tal por mês...

Será que a ditadura das minorias deve prevalecer?

Anónimo disse...

Da minha boca, ou do meu teclado se assim preferirem, quando faço a minha cruzada contra determinados programas é para tornar a Antena 2 ainda melhor. Nunca afirmei que não prestava, tanto mais que já aqui escrevi que, se determinados programas fossem rapidamente substituídos por outros de inegável interesse cultural, não ficaria a dever rigorosamente nada a qualquer das rádios culturais europeias, BBC 3 e ORF incluídas. Tenho notado um certo esforço aos seus responsáveis para a tornar mais apelativa, embora a falta de programas "sérios" a determinadas horas do dia, e desculpem-me a insistência, como os que Judite de Lima ou Jorge Rodrigues tinham, uma apresentadora como Gabriela Canavilhas para suavizar o mais do que cansativo monólogo de Alves Guerra e outra programação para as noites de fim-se-semana, correndo com "lixo" que por lá abunda, e todos nós estaríamos no paraíso. Disso não tenham a menor das dúvidas. Que os seus responsáveis meditem nestas palavras, que não são escritas a pensar exclusivamente em mim.Resultam, sim, de aturadas trocas de impressões com muitos amigos que há décadas também a sintonizam.

Anónimo disse...

"Mas e os que pagam igualmente as rádios do grupo RTP e não querem apenas programas guetizados?"

Se os programas passam noutras rádios a oferta está já feita e não precisam de os procurar nas emissoras públicas. Ademais será concorrência desleal não? Afinal para que é que serve o dinheiro dos contribuintes? Para duplicar os mesmos produtos ou aumentar a diversidade? Parece-me que a resposta é óbvia.

Anónimo disse...

Fasendo um pequeno intervalo na intença vida coltural que ultimamente tenho levado como ir a festas, desfiles de moda, entregar roupa Jan-Poul Goultier aos mais desfavoressidos, etc, etc, etc, gostaria de ver esclaressidas umas dúvidas que ainda perçistem:

"Será que a ditadura das minorias deve prevalesser?"

1 - Serão mesmo minorias os que preferem a não consseção ao tal auditório mais vasto que alguns aqui têm defendido?

2 - Será que para eçes, naturalmente da própria diressão, a Antena 2 já atinjiu o cumulu da perfeissão?

3 - Ora, não çendo paçível de crítica sobra, pur escluzão de partes, que a tutalidade dos programas da atual grelha é do melhor que a Antena 2 sabe oferesser.

Lili Canessas

Anónimo disse...

Descolpem, mas a pergunta 2 deveria antes çer a ceginte:

Será que para algums dus aqui já intervenientes, naturalmente da própria diressão, a Antena 2 já atinjiu o cumulu da perfeissão?

Deve ser da hora e como vim de uma festa giríçima onde bebi ums uíçkiss inganeime.

Lili

Anónimo disse...

Esse português de cariz irónico é ironicamente absurdo e mentecapto.

Quanto ao caríssimo Kyriu, deve pensar que os portugueses são uns mãos largas e pagam para a castíssima minoria ouvir.

Na realidade, se a maioria paga tem direito a ouvir aquilo que gosta dentro da lógica de qualidade que se exige a rádios como a antena1, antena2 e antena3 e que estarão no patamar da RR, RFM e TSF, em termos de qualidade.

N.B.- Detesto os indivíduos que prostituem as rádio do grupo RTP, com os chavões "serviço público", "oferta alternativa",etc.
A gentinha que profere tais chavões e outros similares não me merecem qualquer credibilidade. Simplesmente desprecíveis, enfadonhos, terroristas do éter, amigos do laxismo e da decadência cinzentona da veborreia casta serviçal do amiguismo pátrio político esquerdista.

Seria interessante utilizar este lema:"utilizador, pagador" (...); desta forma acabava-se com muito parasitismo retórico.
QUEM OUVE, Paga; QUEM NÃO OUVE, NÃO PAGA.

Anónimo disse...

Esse português de cariz irónico é ironicamente absurdo e mentecapto.

Quanto ao caríssimo Kyriu, deve pensar que os portugueses são uns mãos largas e pagam para a castíssima minoria ouvir.

Na realidade, se a maioria paga tem direito a ouvir aquilo que gosta dentro da lógica de qualidade que se exige a rádios como a antena1, antena2 e antena3 e que estarão no patamar da RR, RFM e TSF, em termos de qualidade.

N.B.- Detesto os indivíduos que prostituem as rádio do grupo RTP, com os chavões "serviço público", "oferta alternativa",etc.
A gentinha que profere tais chavões e outros similares não me merecem qualquer credibilidade. Simplesmente desprecíveis, enfadonhos, terroristas do éter, amigos do laxismo e da decadência cinzentona da veborreia casta serviçal do amiguismo pátrio político esquerdista.

Seria interessante utilizar este lema:"utilizador, pagador" (...); desta forma acabava-se com muito parasitismo retórico.
QUEM OUVE, Paga; QUEM NÃO OUVE, NÃO PAGA.

Anónimo disse...

Certeiríssima esta opinião sobretudo no que à Antena 2 diz respeito: em termos de qualidade encontra-se no patamar das rádios generalistas, sendo a "aberração matinal" disso um perfeito exemplo. Uma coisa inenarrável que parece não ter fim. Para além de muitas outras, pois claro!

Anónimo disse...

Caro anónimo das 10:52, deixe-me que lhe diga que me parece ter lido na diagonal. Ou sou eu que não me sei explicar bem. Ora vejamos:

1. O espectro radioeléctrico reservado ao FM é um recurso limitado, ie, apenas sustenta um número finito de estações FM antes destas começarem a interferir umas com as outras. Sendo um bem público é regulado pelo Estado, através da atribuição de concurso pela ERC e está legislado.

2. O produto rádio não é um bem de consumo normal, ie, se eu ouvir uma estação A não impeço o vizinho de a gozar também em tão ou melhores condições que eu. O usufruto do bem não configura uma posse de exclusão.

Daqui penso que:

3. É uma estupidez (opinião pessoal) ter canais de rádio pagos a oferecerem (taco a taco) o mesmo que os privados oferecem. É certo que o serviço público é um chavão mas a questão mantém-se de como melhor servir as pessoas que o pagam. O seu principio do consumidor pagador é louvável mas, como todas as coisas na vida, não deve ser aplicado ao extremo. É preciso também justificar isto? O inverso também é verdadeiro. Quanto a "quem ouve, paga" sabe muito bem que não é verdade porque, ouvindo ou não ouvindo, basta ter um contrato de electricidade para pagar.

Portanto, esta é a minha tese. A rádio pública deve oferecer algo bom e diverso do que se encontra nas outras. Ou então, se o mesmo for, que seja manifestamente melhor (não igual ou marginalmente melhor). A rádio pode ser, ou não, um produto integrado (podemos ter canais mosaico, às tantas são assim, nas outras assado). Em tudo creio dever haver um equilíbrio.

Um dos anónimos anteriores sustenta as mudanças da Ant2 pelo aumento de audiências. Concordo até ao ponto em que tal demonstra que o público se diversificou, não posso aceitar que se torne o único critério de sucesso porque tal era caminho directo para eliminar programas e iniciativas que não sejam julgados capazes de atingir certa meta de audiência mínima. E quem estabelece esta? É um assunto difícil na minha opinião, julgar e atingir este equilíbrio...

O anónimo das 7:38 tem todo o direito de querer uma rádio que lhe agrade. E percebe-se tendo-a encontrado na Ant2 (a de antes da remodelação, pelo que parece) se insurja contra a mudança. O que não parece aceitar é que ele mesmo representa uma minoria e que as coisas que abomina agradam a outra minoria. Agora, sem admitir frontalmente que ele é melhor que os outros, não percebo que justificação dá para a balança pender para o seu lado ao invés dos outros.

Volto a afirmar, o problema que nos aflige tem mais a haver com a uniformidade do espectro radiofónico, onde a nível de oferta apenas se destacam um número reduzido de modelos, que tudo o mais.

Outras notas:

Eu nunca me dirigi à qualidade do trabalho, tecnicamente falando, das várias Antenas. Acho que não ficam aquém, ou nada devem às congéneres privadas.

Se não ficou claro acho que o critério de audiências deve ser utilizado para medir o sucesso da rádio pública mas não se deve tornar o seu único critério ou quiçá o mais importante. O critério do aumento da diversidade de oferta parece-me muito mais importante que este último pelas razões anteriormente expostas.

Desculpem o longo comentário e alguma repetição de argumentos.

cmps,

Anónimo disse...

Sendo o anónimo das 7:38 (e de várias outras mensagens anteriores)informo que, desde os tempos imemoriais da Emissora Nacional e por uma questão de gosto pessoal, apenas sintonizo a Antena 2. Além disso, durante o seu (curto) tempo de existência fui também um fervoroso paricipante do entretanto extinto fórum, onde tudo o que lhe dizia respeito era debatido até ao mais ínfimo pormenor. Não será difícil imaginar que ao longo dos anos foram muitas as opções estéticas que me desagradaram, naturalmente umas mais do que outras, o que significa que a minha actual insatisfação não é uma questão de agora. O que julgo, e penitencio-me deste já também pela repetição de argumentos, é que agora deixou de haver preocupação pela exigência qualitativa que a Antena 2 devia merecer. Como anteriormente opinei, imaginar-se-á organismos culturais do Estado que, preocupados com a pouca afluência de visitantes, cedessem à tentação de aligeirar as suas ofertas de modo a apresentar outro tipo de resultados? Não, o caminho certo não pode nem deve ser esse! Lembrar-se-ão, e apenas para falar num passado recente, como era o programa da manhã nos tempos da Gabriela Canavilhas, onde a escolha musical e, sobretudo, a intervenção tinham um verdadeiro sentido? Alguma vez me passaria pela cabeça que haveria de sentir saudades do João Almeida, em tempos certeiramente rotulado numa das crónicas do Cintra Torres como "o Malato da Antena 2"? Será que alguém terá coragem de tentar equiparar a opção dos famigerados blocos diários de três horas, onde se pode incluir o "Concerto Aberto", com os programas de autor que Judite de Lima e Jorge Rodrigues, dois dos melhores radialistas que a Antena 2 teve nos seus tempos mais recentes, nos proporcionavam? Ou as noites de fim-de-semana, onde se tornou impossível poder escutar um programa de rádio civilizado? Será então "isto" o tal arco-íris que alguns andam impunemente a apregoar e a definir como um oásis no panorama musical europeu? Se sim, então viva o cinzentismo de outros tempos!

Anónimo disse...

O mundo avança e a antena 2 também, felizmente.

Anónimo disse...

O mundo avança, sim senhor, e a Antena 2 também rumo... ao abismo se o que está mal não for rapidamente corrigido! Se bem me recordo julgo que nunca esteve tão perto. Que os seus responsáveis meditem um pouco mais nas propostas que apresentam é o que mais desejo! A retirada de "Lugar ao Sul" da grelha de programas foi um reconsiderar de algo que estava mal, um recuo que apenas pecou por tardio.

Anónimo disse...

Deixe-se disso anónimo das 4:22, pois a antena 2 está a trilhar o caminho do sucesso, abrangendo mais público e, consequentemente, mais audiência. A antena 2 está no bom caminho, acreditem.

Anónimo disse...

Caro anónimo das 4:22, defendemos definitivamente trincheiras diferentes. Ou melhor, vejo-o sozinho numa casamata suja no Somme, ouvindo solitário um 78rpm da Deutsches Gramaphon, enquanto do lado de fora há relva a crescer e cestas de piquenique. Acho que depois deste último comentário nada mais há a dizer de facto. Ainda bem que a Antena 2 está a deixar o bunker e a progredir para um belo avião de cores flamejantes, capaz de nos levar a apreciar o sol acima das nuvens. Fique com a sua chuva e não nos impeça o sol.

Sem qualquer ressentimento,
melhores cumprimentos.

Quanto ao anónimo das 17:45, veja lá que o aumento puro das audiências é meio caminho andando para o minímo denominador comum!

Anónimo disse...

Caro Kyriu, devo apenas recordar-lhe que para ter essa lindíssima relva verde esmeralda onde pousa as suas cestas de piquenique cheias de opíparas degustações precisa de chuva e muita! Não é apenas com o radioso sol que ardentemente deseja que vai conseguir idealizar esse cenário digno de um Falcão Trigoso. O que lamento é não conseguir ver um pouco mais além nem conseguir descortinar o que está mal, o que é bastante. Depreende-se das suas palavras que a Antena 2 é o expoente máximo da perfeição. Pobre sina a sua, contenta-se com pouco!

Anónimo disse...

Caro anónimo das 12:12 (e anteriores)

Acho muito mal quem depreenda tal das minhas palavras. Acho que a Antena 2 ainda tem algo que trilhar para a perfeição que, obviamente nunca atingirá. Quanto à chuva, tem toda a razão, é preciso para os relvados e as flores. Se me acompanhou com atenção verá que o que eu defendo é um alargamento. Basicamente, o caro anónimo defende que a Antena 2 deve ser uma rádio clássica pura. Eu defendo que noutro contexto nacional a Antena 2 deveria ser tal rádio. Digo que no actual contexto nacional a Antena 2 deve ser uma rádio de cultura. Onde haja espaço para o seu Deutsch Gramophone (que também aprecio) e espaço para outros discos e máquinas de fazer ruído (o ruído de uns é a música dos outros).

Pessoalmente acho que pelo menos, neste momento, a Antena 2 rola bem nessa direcção, o que me satisfaz. Tem alturas em que me é insuportável (mas agrada a outros públicos, seja, posso viver com isso) outras que muito gosto: do "Lugar ao Sul", que detesta, do "Questões de Moral", do "Teatro radiofónico", dos concertos abertos, fantástico ahn? concertos grátis e pode-se ouvir na rádio, em alta qualidade e ir "in situ", estando por perto. Para citar uns poucos em resumo. Digo-lhe mais, acho que para bem de todos era muito bom que fosse "saudável" ter a sua Antena 2 de volta. Era sinal que nos ofereciam coisas diferentes e variadas no éter, havendo espaço para todos. Daí não poder concordar em absoluto com uma defesa das opções da RTP apenas por critérios de audiência, meio caminho andado (a meu ver) para defender opções uniformizadoras para as estações...

Anónimo disse...

Caro Kyriu, finalmente vejo-o concordar que os responsáveis pela Antena 2 têm muito caminho para desbravar para melhorar uma grelha que possui não poucas "imperfeições" (para não ser mais rude e as definir de forma mais pejorativa). Em mensagens anteriores citei-as preto no branco e quase fui crucificado por ter ousado semelhante ousadia. "Lixo" na Antena 2? Ná rádio clássica portuguesa? Vade retro, Satanás, que o que aqui existe roça a prefeição absoluta! Peço desculpa, mas tal como a avestruz não se pode esconcer a cabeça na areia! Terá o amigo Kyriu a coragem de afirmar que o programa da manhã, com tanto monólogo, tanta palavra, entrevistas diárias e constantes, tudo centralizado numa única pessoa, não poderá melhorar? Será isso o que as milhares de pessoas por esse país fora desejam quando se encontram bloqueadas em intermináveis filas de trânsito? Não achará que seria preferível haver também nesse horário uma voz feminina, culta e com provas dadas como ainda recentemente Gabriela Canavilhas ou Ana Paula Russo (apesar dos seus tiques de vedetismo) nos deram provas, para equilibrar um apresentador saturante e cansativo que constantemente interrompe tudo e todos e nos impinge muito mais palavra do que música? Será que se os apresentadores dos blocos diários de três horas fossem rapidamente substituídos por uma qualquer máquina de "play-list" alguém se aperceberia? Conseguirão eles, pese embora o seu profissionalismo esforçado, fazer esquecer Judite de Lima ou Jorge Rodrigues? Porque será que em horários nobres, como as noites de fim-se-semana, há muito se tornou impossível poder escutar tranquilamente um quarteto de Chostakovitch, uma sinfonia de Mahler ou um concerto para piano de Mozart e nos oferecem verdadeiras xaropadas tipo "elevator music", ou imbecilidades semelhantes, que se podem encontrar nas restantes centenas de rádios portuguesas? Desculpe, mas estes serão apenas alguns dos problemas que urge melhorar a bem de todos nós pagantes que a sintonizamos e, apesar de tudo, amamos, para se poder ter acesso a uma verdadeira e genuína rádio clássica em Portugal. E que, acima de tudo, os seus programas possam, todos eles sem excepção, ser radicalmente diferentes daqueles que as outras frequências sugerem. O que de momento não acontece. Por último não queria deixar de dizer que jamais me ouviu dizer que detesto o "Lugar ao Sul", um genuíno programa de serviço público que apenas julgo não ter qualquer cabimento numa estação como a Antena 2.

Anónimo disse...

Eu gosto do programa da manhã. Agrada-me sobretudo as entrevistas feitas. Não são obviamente feitas por um perito na matéria mas o tom é de aprendizagem e curiosidade. Quanto ao programa ganhar com a adição de uma voz feminina, a mim agradam-me sempre as vozes femininas, grosso modo, de forma que tenho de concordar.

Sobre as noites da Antena 2 prefiro o experimentalismo ao quarteto do Chostakovitch ou ao Mahler. Deve ser daquelas altura em que eu ouço e o anónimo não. Paciência. Como disse, há alturas em que o anónimo ficará deleitado a ouvir e eu terei de mudar ou desligar o receptor.

Quanto ao "lugar ao Sul", não percebi que gostava do programa e não da "localização". Tem razão porque defende uma Antena 2 clássica. Como lhe disse eu prefiro a Antena 2 de cultura e aí tem pleno cabimento. Tanto que a abordagem do programa na Antena 1 e para a Antena 2 é diferente.

Anónimo disse...

O programa Lugar ao Sul é um programa de qualidade muito, muito duvidosa. Eu arrisco mesmo que é de má qualidade. Mas pronto caiu no gosto de alguns pseudo intelectuais. O que havemos de fazer?
Concordo plenamente que tenha sido banido da antena 2. Bom, bom seria desaparecer para sempre da antena1.

Anónimo disse...

Sempre que me falam em "qualidade" gosto de conhecer os critérios. Quais são os critérios pelos quais afere a qualidade do programa? Um programa de rádio ou funciona ou não (perdoe o Lapalisse), ie, ou consegue comunicar com as pessoas ou nada lhes diz. Um programa que provoque reacções viscerais também será bom, de alguma forma, se o critério for o impacto.

Eu posso dizer-lhe o meu interesse no programa: interesse humano, divulgação, preservação da memória. E rejeito a acusação de pseudo-intelectual porque o ouço desde os 7 anos :) (mais ano, menos ano)

Anónimo disse...

Para que mais facilmente me possam identificar informo ser o anónimo das 10:09, sendo, portanto, alheio à opinião manifestada à 1:03. Embora nunca tenha ouvido (com atenção, entenda-se) o "Lugar ao Sul" e achar que não pode (nem deve) ter cabimento numa grelha de programas da Antena 2, julgo, pelo contrário, que fará todo o sentido se tal acontecer na 1 ou na 3. Alías, apesar de dever confessar que nunca sintonizei esta última e apenas saber ser maioritariamente escutada por jovens, pergunto se o programa ali estivesse inserido não poderia melhor um bocadinho mais uma formação musical que apenas é baseada no "txapum, txapum"? Mas, voltando ao assunto das programações nocturnas do fim-de-semana, acho espantoso que Kyriu chame experimentalismo a umas verdeiras xaropadas que, encapotadas sob uma (pseudo) aura cultural,nos andam a tentar "vender". Por último, lanço aqui um repto simutâneo aos responsáveis da Antena 2 e ao Jorge Guimarães: à semelhança do antigo forum da RDP, porque não criar um espaço específico onde a Antena 2 possa ser livremente debatida? Aguardam-se respostas ou outras sugestões.

Anónimo disse...

O programa «Lugar ao Sul» na antena 3 é puro delírio primaveril tardio. O tal programa já não tem cabimento na antena 1, quanto mais na antena 3. Puro delírio de conveniência...
Quanto à antena 2 os opinadores que já fizeram muito mal a esta rádio entre 1996 - 2002, nomeadamente, convém que estejam muito bem caladinhos. Será que não têm vergonha?

Anónimo disse...

O programa «Lugar ao Sul» na antena 3 é puro delírio primaveril tardio. O tal programa já não tem cabimento na antena 1, quanto mais na antena 3. Puro delírio de conveniência...
Quanto à antena 2 os opinadores que já fizeram muito mal a esta rádio entre 1996 - 2002, nomeadamente, convêm que estejam muito bem caladinhos. Será que não têm vergonha?

Anónimo disse...

Caros anónimos, uma sugestão simples, assinem os comentários. Não é preciso ser o nome, basta um pseudónimo qualquer. Isto do anónimo da XX:YY é muito giro mas já farta ;)

Ao anónimo das 4:28, tenho sido surpreendido por peças bastante interessantes nas noites da Antena 2 e gosto que haja espaço para a noite especial da equipa do Dois ao Quadrado. Se o trabalho destes últimos não é "experimental" não sei o que será. Uma questão importante a separar é, primeiro haver oportunidade de experimentar, depois saber que é sempre um risco. O risco de falhar. Ainda bem que ainda há quem corra o risco de falhar.

Quando ao forum, hip hip, muito mais se ganharia talvez do que com o provedor (quer dizer, em regime de exclusão). Ou então seria a ferramenta complementar ideal. Mas é como tudo, num sítio onde todos podem falar arriscamos-nos a ouvir o que não se quer. Fica a sugestão, escreva um email ao provedor para ele providenciar o dito fórum...

Ao an. das 5:35 tem razão, na Antena 3 seria delirante.

Anónimo disse...

Excelente sugestão a do Kyriu. Isso de andar "práki" com anónimos dum lado para o outro não faz qualquer sentido: morre o das 4:28 (e de algumas intervenções anteriores) e nasce o Tóino Trauliteiro. Vamos lá então a fazer umas perguntinhas inocentes: mas afinal de contas que raio de coisa vem a ser essa dos opinadores que fizeram muito mal à Antena 2 entre 1996 e 2002? Já não é a primeira vez que tal é mencionado e eu não consigo entender qual o sentido dessas acusações! E o "convém que estejam caladinhos"? Mas porquê? Será que existe alguém neste país que não pode emitir livremente a sua opinião? Quase 34 anos depois do 25/4? E devem ter vergonha porquê? E de quê? E o que é isso do Dois ao Quadrado? Importam-se de me esclarecer? Quero apenas referir que o "Lugar ao Sul" na Antena 1, na 3 ou na rádio de Freixo de Espada á Cinta é-me perfeitamente indiferente! Na Antena 2 é que n-u-n-c-a, um autêntico equívoco como aliás muitos outros que por lá vegetam!
Tóino Trauliteiro

Anónimo disse...

Ui.....tá tudo louco??!!!
Eu gosto é da rádio festival..(já faltou mais).
Anda por ai o zé manel nunes???...abraço páh!
Tás tramado..men...o teu fantasma persegue estes inúteis.

Anónimo disse...

Ah o José Manuel Nunes... o cardeal...anda obcecado...o sue fantasma já não vale nada...está morto e enterrado...


Lindo, lindo era aparecer o João Coelho... o baluarte do serviço público prostituído... Esse sim
dava canavilhas e maravilhas...

Leonardo Torga

Anónimo disse...

que confusão... então digam-me cá, havendo três rádios de emissão nacional pagas pelo estado que configuração deveriam assumir?

Anónimo disse...

Quem quiser só ouvir música portuguesa tem na net a Rádio Lusitânia em www.rtp.pt .


Leonardo Coimbra

Anónimo disse...

Antena 1 - na generalidade deve continuar como está. Acabaria com o Lugar ao Sul e renovaria o apresentador do programa Viva a Música. Daria ainda mais espaço à sua Playlist( com música internacional de top e música moderna portuguesa - basicamente é assim a sua playlist actual), acabando com alguns programas armário que estão no Programa da Manhã e da Tarde. Evitava repetições excessivas. Apostava ainda mai na informação, na reportagem e no desporto.

antena 2- faria pequenos ajustes, dando continuidade ao extraordinário trabalho do João Almeida, para a tornar numa verdadeira rádio de cultura e não numa rádio guetizada, tal como estava entre 1996-2002, por exemplo.


Atena 3 - Melhorava o Programa da Manhã, pois creio que a Cláudia Semedo não consegue acompanhar o Nuno e o Mariño. Uma grande voz feminina para aquela dupla. Mais música para todos, com destaque para os grandes nomes de bandas e cantores nacionais e internacionais que se enquandrem na faixa etária que serve 14-30 anos. Pequenos programas para essa idade que versassem as grandes inquietações dos jovens do nosso tempo.

Continuaremos a dar sugestões...

Leonardo Coimbra

Anónimo disse...

Como a mim só me interessa a Antena 2, pergunto ao Leonardo: quais os pequenos ajustes que faria? O que é uma rádio guetizada? Gostaria de saber o que estava mal no período 1996-2002)? Vamos lá a ver se desta vez me esclarecem sobre as minhas dúvidas, pois após as questões que levantei na minha anterior intervenção... nicles. Fiquei na mesma!
Tóino Trauliteiro

Anónimo disse...

Caro Leonardo Coimbra, algumas questões que ficaram por responder:

- Com que critérios é que avalia o "Lugar ao Sul";

- O que é que entende por "verdadeira rádio de cultura"? Pergunto porque concerteza a minha ideia deste conceito é diferente da sua e gostaria de saber onde concordamos e divergimos;

- quais são as linhas orientadoras que segue para decidir qual deve ser a personalidade de cada rádio. Vejo duas opções: uma em que o importante é aumentar a difusão das Antenas enquanto rádio. E, já agora, que indicadores (numéricos porque eu gosto de números) de sucesso é que preconiza para avaliar o sucesso destas rádios especificas que tem uma fonte de receitas muito particular.

Isto, no fim, para perceber qual é a sua orientação. Quero perceber se acha valioso haver uma rádio pública que funcione em alternativa complementar à oferta privada ou deve vingar enquanto empresa rádio. Se for este o último caso acho que era melhor privatizar as Antenas porque os critérios são os mesmos de lá fora e, assim sendo, não vejo utilidade de a estar a pagar.

Ah, sim, e acho que o Tóino tem direito a umas respostas também. Pessoalmente acho que a Antena 2 "antiga" estava a tornar-se cada vez mais uma rádio de um nicho cada vez menor do país pelo mesmo efeito que vai diminuindo a base eleitoral do PCP.

Anónimo disse...

Caro Kyriu, se todos os aqui intervenientes abordarem a questão de forma elevada e civilizada como acaba de demonstrar, esgrimindo os argumentos que definem a sua perspectiva para melhorar (bem necessária, diga-se) a antena 2, pode ser que os responsáveis possam vir aqui "beber" alguma coisa. Afinal de contas não serão os ouvintes os destinatários do produto final? Pela minha parte continuo à espera das respostas às perguntas colocadas. Espero que não tardem.
Tóino Caceteiro.

Anónimo disse...

Como não surgiram respostas às dúvidas que que me assaltam e tendo em conta o (auto?) grande elogio do Leonardo relativamente a João Almeida por ter tirado a antena 2 do gueto em que se encontrava, aqui vão algumas opiniões que desmistificam aquela absurda afirmação. Começando pelas opções mais recentes, ou seja, escolhas da responsabilidade desta direcção:
- Império dos Sentidos: paleio, paleio, paleio e mais paleio em doses industriais, um verdadeiro massacre onde até já se pode escutar Leonard Cohen e Madonna. Será preciso acrescentar algo mais?
- Boulevard, Vibrato e Baile de Máscaras - três (longas) avenidas onde a inépcia é assustadora. Saber ausente!
- Jazz com Brancas - Será que veio acrescentar algo mais ao que o apresentador mais antigo já faz (e bem) há anos? "Vamos ouvir isto, acabámos de ouvir aquilo"! Amiguismo no seu melhor estilo que empurra as famílias à hora de jantar para as notícias na TV!
- Argonauta - um vómito, concerteza o pior de toda a programação! Aquilo é música?
- Fuga da Arte - outro vómito! Quando será que acabam com o "spot" mais massacrador que alguma vez passou no éter em Portugal e que apenas tem como função afastar ainda mais ouvintes? Beatles, Mama's and Papa's, Elvis Presley? Segundo os responsáveis residirá aqui o verdadeiro arco-íris? Terá esta mixórdia algo a ver com afastar definitivo do tal cinzentismo apregoado? Infelizmente triste e verdadeiro!
- Vias de Facto - Um apresentador sinistro que ninguém entende e música digna da antena... 1. Para a 2? Hilariante!
- Quinta Essência - conseguiu ter o condão de afastar de um horário nobre um compositor/autor com provas mais do que dadas no (esse sim) cinzento panorama musical nacional. Porque terá sido?
Já que não consegui obter respostas às minhas dúvidas, concluo perguntando apenas se algum dos verdadeiros e genuínos amantes da música dita "savante" ainda consegue sintonizar a antena 2?
Tóino Caceteiro

Anónimo disse...

Caro Tóino, deixe-me dizer-lhe que o seu comentário é realmente violento e nada conducente a que lhe respondam... civilizadamente... Como já deve ter percebido isto não é uma questão deste ou daquele programa, é uma questão de concepção da própria rádio. E se o Leonardo se esquivou a umas resposta o Tóino também deixou uma muito importante para trás. Porque é que havemos de ter uma rádio puramente clássica em Portugal? Essa é que é essa!

Anónimo disse...

Foi realmente violenta a minha intervenção, mas acabando a La Bohème do Puccini com que me tenho estado a deleitar imagina o que me custa ter de desligar a Antena 2? É isso que me desagrada, especialmente por ser sábado. Coarctam-me a possibilidade de a poder sintonizar. Quanto à pretensa ausência de resposta à questão da rádio puramente clássica creio que se poderia depreender da minha anterior intervenção: será mesmo necessário ir buscar a xaropada do Argonauta ou pôr programas no ar com música "pop" para deixar de ter uma rádio puramente clássica? Acha que será mesmo necessária essa opção? Com um bocado de imaginação creio que não seria muito difícil encontrar alternativas bastante mais credíveis. Apenas isso. E que melhorariam consideravelmente a sua concepção global. Disso não tenha a menor dúvida. Parafraseando-o, com a devida vénia, essa é que é essa!
Tóino

Anónimo disse...

Os argumentos utilizados pelo Tóino Caceteiro servem, ao invés, justamente, às 9:01, de 5 de Abril, para eleogiar a antena2. Ele acabou por enumerar os meus programas de referência da nova 2, que está mais livre, moderna, sem o gueto patológico...
Parabéns para o Rui Pêgo, João Almeida e para o pai desta Revolução Sonora - Nuno Morais Sarmento - , tendo lançado as bases da nova e moderna RTP (Rádio e Televisão de Portugal).

Leonardo Coimbra Torga

Anónimo disse...

no fim, é a isto que a conversa se reduz, ao que eu gosto ou não gosto...

Anónimo disse...

Nuno Morais Sarmento? Quem será esse indivíduo? Um "opinion-maker" com nome firmado no panorama musical? Algum ilustre musicólogo? Desculpem-me a minha incultura mas haverá por aí alguém que não se importe de me esclarecer?

Anónimo disse...

Para o das 10:35, deves ser daqueles sinistros amigos da pandilha macabra que andou por lá (RTP)entre 1996-2001/2.


Leonardo Coimbra Torga

Anónimo disse...

Palavras para quê? Um verdadeiro artista da..... que só acerta nos próprios pés! Onde será que se promove o verdadeiro amiguismo?
Tóino Trauliteiro

Anónimo disse...

Revolução sonora? Mas será que o Leonardo tem a verdadeira noção da enormidade que acaba de proferir? Após ler as suas palavras leva-me a depreender que segundo a sua opinião a antena 2 é a expressão máxima da perfeição absoluta. É evidente que não é. Gostaria de saber se, para ele, ali não haverá pontos negativos. E numa eventual hipótese afirmativa quais serão eles. O desafio está lançado. Vários dos anteriores participantes apontaram a dedo o que mais lhes desagrada, mas aos defensores intransigentes nem uma só palavra. Aguarda-se a sua opinião a esse respeito.
Mário Rui

Anónimo disse...

Na tal apregoada revolução sonora, que, conforme tem vindo a ser apregoado aos quatro ventos, serviu para apagar o cinzentismo de outrora, existe ainda um espaço de autêntica antologia digno dos mais eminentes radialistas de sempre e que dá pelo nome de... Coreto! Poucas vezes na vida me foi dado a ouvir coisa tão fantástica. Um paraíso!

Anónimo disse...

Quer queiram quer não, a antena 2 está no bom caminho e jamais voltará aos tempos da cobardia intelectual snobe. O rumo está afinado, os programas são cada vez mais elaborados e requisitados, através da net. Deixo agora uns parabésns muito, muito especiais para a condutora do programa «Baile de Máscaras» pela bela companhia e pela forma moderna como apresenta o programa, afastando da antena chavões opacos de cariz cristalizado de um verde avermelhado desmaiado.

Com os melhores cumprimentos,


Leonardo Coimbra Torga

Anónimo disse...

Às perguntas de Kyriu, de Tóino e de um anónimo Leonardo e outos defensores do (errado) rumo que a a2 está a tomar primaram pelo silêncio. Pudera, não admira, as perguntas não sendo inocentes são incómodas. As atoardas que proferiram (cobardia intelectual snobe, etc, etc, etc) não são nem explicadas nem (muito menos) provadas. Mas, uma coisa é certa, os seus graus de exigência pautam-se por baixíssimas exigências qualitativas (os programas são cada vez mais elaborados, etc, etc, etc). Quais? Argonautas, Coretos, Fugas da Arte, Vias de Facto? E como tem a certeza disso disso? Entretanto, os Bailes de Máscaras prosseguem impunemente, sem fim à vista, sem (a mais do que necessária) ponta de saber, rumo ao... Olimpo de Leonardo! Les beaux esprits se rencontrent!

Anónimo disse...

Estive a ouvir um pouco do tal Coreto e confesso que me apetece perguntar se será isto a tal modernização que andam a apregoar? Mas que raio anda aquela outra mixórdia ali a fazer?
Mário Rui

Anónimo disse...

Estes dois últimos devem ser uns pobres de espírito alienados do mundo e para o mundo...

Hugo Cunha disse...

Ao ver aqui tanta crítica ao caminho que a Antena2 rádio de élite que procura nestes tempos outros públicos que não só os chamados de elite e com o qual cordo em parte. Não concordo a 100%devido a algum excesso de Opera na programação, a demasiados pequenos programas de não mais de 10m que cortam o ritmo á programação, ainda quando eu quero ouvir assunto relacionados com política e a vida quotidiana não ligo a Antena 2 mas sim a 1, por isso não entendo a inclusão do programa Um certo Olhar na programação o alguns comentários do apresentador do programa da manhã(Noticiário sim concordo, mas curto), em alguns programas falam demais e por fim á demasiados programas de conversa ao Fim de Semana. Pergunto-me o que diriam em relação á Anten3 que é tambem uma rádio para minorias ainda que mais jovens,se bem que existem muitos jovens que gostam dos tipo de música da Antena2 e vice versa e eu não estou de acordo com os que dizem que a Antena2 é para mais velhos não concordo com isso mas já me o disseram. Por fim termino dizendo que concordo que a Antena2 aposte no programa Coreto pois é por ai que muita gente entra no mundo músical e é tão válido como outro qualquer toquem o que tocarem quersja Verdi ou Abba.

Anónimo disse...

Ora aqui está uma opinião que deve ser respeitada como aliás qualquer das outras que aqui têm sido apresentadas. Mas apetece perguntar por que raio de motivo os defensores da programação dos últimos tempos recorrem facilmente ao insulto gratuito e não se dignam a responder, para bem de um debate civilizado de ideias, às perguntas que têm sido formuladas. Pessoalmente, acho a palavra excessiva no programa da manhã e como já aqui alguém antes disse só tinha a ganhar com a inclusão de uma voz feminina. Os programas diários ainda não conseguiram (e suponho que jamais o conseguirão) fazer esquecer a ausência de Judite Lima e Jorge Rodrigues, dois autênticos monstros sagrados da antena 2 dos últimos anos. As noites de fim dde semana também são do meu total desagrado como o jazz todos os dias à hora do jantar. Ideias bastante infelizes. Será isto para tornar a antena 2 mais abrangente? Não concordo. Facilitismos para chamar novos públicos? Então ponham os música ainda mais fácil que os rsultados serão imediatos. Para quê ter um Cargaleiro no canto da sala se posso ter um Fídias? Vamos lá a ver se também me vão insultar.

Anónimo disse...

Totalmente de acordo. A programação digna de uma estação clássica como em tempos a Antena 2 foi é uma miragem. E porque não um blog que lhe seja inteiramente dedicado como aqui há uns anos?
Tóino Trauliteiro

Anónimo disse...

Caro Tóino, se quer um blog da Antena 2 porque não faz um?

Eu gosto do jazz à hora do jantar. E tenho saudades do programa de blues, esse sim, acho bem esgalhado, que não sei onde foi parar. É irónico que todos mandem as suas postas, umas de apoio outras contra sem no entanto debaterem aquilo que é importante. O confronto é obviamente entre duas concepções muito diferentes daquilo que a Antena 2 deve ser. E quase ninguém aqui conseguiu defender de forma lógica porque é que a concepção de Antena 2 é aquela que os contribuintes devem pagar. Triste, mas verdadeiro. Eu estou disposto a pagar por coisas que não uso se no computo global há coisas que usufruo e acabam por ser pagas por todos. Não vejo justificação alguma em pagar uma Antena 2 clássica. O modelo actual não me agrada a 100% mas é de longe preferível à Antena 2 que se ouvia há uns anos atrás. Porque? Porque é uma alternativa a todas as outras estações que abrangem um público maior, onde o esforço se coloca não sob uma perspectiva especializada mas numa mostra de várias músicas e culturas de frinja, seja a música clássica clássica, seja a música clássica avant-garde, seja o jazz, seja o teatro rádio, seja o chamado "experimentalismo rádio". Enfim, pelo menos que o nível da conversa suba...

Hugo Cunha disse...

Vamos ver como vai ser a transmissão da festa da música no CCB este fim de semana, uma vez que não posso lá estar.

Hugo Cunha disse...

Do que ouvi das transmições do CCB este Sabado á tarde pareceu-me existir conversa a mais e pouca música. Adorei o espectáculo transmitido esta Sexta ao fim da noite genial.

Anónimo disse...

Claro que tem de haver conversa a mais! É forçoso que tal aconteca quando Mega Ferreira, com aquela programação miserável para aldrabar incautos, anda pelo segundo ano consecutivo a vender gato por lebre! Os plágios nunca deram bom resultado e este é prova evidente disso mesmo.

Hugo Cunha disse...

O senhor Antonio Mega Ferreira faz o que pode com o pouco dinheiro que têm á disposição acho eu e nem o conheço.O Senhor ministro da Cultura já disse querer voltar ao modelo antigo da festa, vamos ver se algum dia acontece. O pior para mim foi terem um monte de concertos gravados que foram gravados por alguns coincidirem com directos, mas nem todos, montes de horas mortas cheias de algum bla bla bla sem interesse e depois vão passa-los ás 20h e 21h como aconteceu por exemplo com as 4Estações de Vivaldi gravadas ás 11h da manhã transmitidas ás 20h salvo erro o mesmo com as de Piazola que surgiram depois e que já não ouvi completo que é quando normalmente á menos gente a ouvir rádio como escutei este Domingo, com isto é que eu não posso concordar, assim como tambem não se justificou fazer directos durante as tarde com um congresso de literatura no caso de Viagens num Fim de Semana como este corta o ritmo e chateia e dá vontade de desligar o rádio.

Anónimo disse...

Descobri hoje este debate sobre a A2 e gostaria de sugerir ao Tonio Trauliteiro a criação de um blogue.
Entendo que a A2 merece bem um blogue dado as discussões que suscita, o verdadeiro interesse que os comentadores demonstram e por se tratar de uma rádio que, quer queiramos ou não há de ser sempre de minorias.
Os ouvintes da música ligeira ou da rádio de informação têm estações para sintonizar.
Os ouvintes da outra música, erudita, jazz, ópera, são de facto uma minoria e continuarão a ser pois trata-se de uma questão cultural, os que vão aos concertos da Gulbenkian ou do Teatro de S. Carlos, os que sintonizam a Rádio 3 da BBC ou a Clásica de Espanha ou os da Rádio 4 da Baviera, também nesses países são uma minoria. E consultem as audiências dessas rádios. Também são como as A2.
Não pretendamos captar audiências pois foi com esse facilitismo que o ensino em Portugal está como está.
Isto exige um esforço, como estudar também, como ouvir um quarteto de Beethoven.
Façamos um ponto de ordem e deixemo-nos de insultos, de defesas de equipes (como a de 96-2000) ou a actual, de fulanizações (vejam-se os ataques e defesas do Império dos Sentidos ou ao Ritornello).
Há anos apareceu um senhor Waldo de los Rios que fazia adaptações de sinfonias de Mozart e Beethoven para que a música chegasse àqueles que gostam do Tony Carreira.
Muita gente se entusiasmou com os ouvintes que ia trazer para o gosto pela música dita erudita..
Qual o resultado?
Também apareceram uns frades a cantar música gregoriana e venderam muitos discos.
Há mais gente a gostar de música gregoriana?
Todos têm o seu lugar.
Para uns o Tony Carreira (sem ofensa) e para outros o Bach ou o Debussy.
Para nós que sintonizamos a A2 é por que gostamos de um determinado tipo de música e não nos imponham os gostos das maiorias.
Desculpem esta franqueza e este modo simplista de olhar para isto.
A.B.

Anónimo disse...

Aaaaaaaaahhhhhhhhh! Aleluuuuuuiiiaaaaaa! Descobri o que é o Dois ao Quadrado!!!! O meu filho chegou há pouco da curtição da night, acordou-me e lá foi este vosso escriba a correr para a a2. Começo por ouvir umas becas bastante esquisitas, chamei-o e fui esclarecido que se tratava duns energúmenos chamados Nick Cave and The Bad Seeds. Claro que a seguir vieram umas sonoridades do mesmo quilate! Na a2????? Mas quem será o mentecapto que tem a coragem de defender esta coisa repulsiva? Depois admiram-se de ter 80% ou 90% de mensagens a malhar forte e feio! Pudera! O que será que a cúpula que permite que esta salganhada vá para o ar ali anda a fazer????? A dormir agarradinha ao tacho com certeza absoluta! Valha-me Santa Paciência!

Elemento Musical disse...

A antena 2 continua a ser, para mim, o melhor canal de rádio a nível nacional. É a minha companhia constante desde há 25 anos. Até quando estou a navegar na internet:
http://www.sintonizate.net/radio/popup/Antena2.html