«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Curso de Animação para Informação

O Radiolab, da Universidade Autónoma de Lisboa, vai realizar um curso de Animação para Informação. O curso terá início a 5 de Julho e terminará a 10 de Julho e será ministrado em horário diurno (tarde) ou pós-laboral.
O curso decorrerá nas instalações do Radiolab da Universidade Autónoma de Lisboa. A parte de animação será dada por Ana Bravo (TSF) e a de jornalismo por Francisco Sena Santos (UAL). Para além das sessões de formação, os alunos serão monitorizados no seu trabalho de animação e de redacção. Para tal o curso simulará emissões de rádio com uma redacção a editar. O curso tem a duração (mínima) de 20 horas.
Três das oito vagas serão preenchidas pelos melhores alunos da disciplina de Atelier Rádio (jornalismo/newsroom) da licenciatura de Comunicação (a título de prémio), pelo que há apenas 5 vagas disponíveis.
Mais informações no sítio do Radiolab.

Ainda o caso da Rádio Festival

terça-feira, 27 de junho de 2006

Agregador de coleccionadores

Existem vários coleccionadores de receptores radiofónicos em Portugal, com espólios magníficos, mas que são totalmente desconhecidos. Ainda recentemente, António Manuel Rodrigues deu uma entrevista à National Geographic, onde mostrou como foi reunindo rádio-receptores ao longo dos tempos, apresentando uma das maiores colecções de receptores que existem no nosso país. Outra grande colecção, por exemplo, é a de Sansão Vaz.
Para divulgar estas colecções, o sítio A Minha Rádio decidiu criar um Agregador de coleccionadores, que vai tentar reunir numa base de dados informações sobre os coleccionadores portugueses e as suas coleccções.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Três anos de “A Rádio em Portugal”

Foi há três anos que iniciei esta “aventura”. Depois de uma primeira experiência, o arranque definitivo deu-se a 22 de Junho de 2003.
Durante estes três anos fiz novas amizades e aprendi muito. Provavelmente, isso não teria acontecido se não tivesse o blogue.
A todos os que me visitaram, e visitam, o meu muito obrigado.

terça-feira, 20 de junho de 2006

O mundial de futebol e o serviço público de rádio

A RDP tem, através da Antena 1, transmitido relatos dos jogos do Brasil e Angola, além dos de Portugal. João Paulo Meneses é contra tal prática, assim como eu, mas alguns dos seus leitores discordam desta posição.
As rádios de serviço público angolanas e brasileiras transmitem os jogos das respectivas selecções, não transmitem os jogos de Portugal e posso garantir que são mais os portugueses no Brasil que brasileiros em Portugal. E se os relatos dos jogos do Brasil se fazem «(...)numa lógica de serviço público para a comunidade imigrante brasileira(...)», porque é que não se faz os relatos dos jogos da Ucrânia, já que a comunidade ucraniana, em Portugal, que me parece ser mais numerosa que a brasileira?
Aconselho a leitura do texto «A rádio que liga... o Brasil»?, de João Paulo Meneses, no Blogouve-se, e os respectivos comentários. O texto é de 15 de Junho, mas ontem teve uma actualização.
Já agora, duvido que as emissoras de serviço público de países onde existem grandes comunidades de emigrantes portugueses transmitam os relatos de Portugal. Fazem o que lhes compete: referem o mais importante do torneio, com predominância para as selecções dos respectivos países.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Sobre o almoço de sábado

Foi mais um almoço fantástico. Reencontrei gente que já não via desde o ano passado e fiz novas amizades. Acompanhamos o jogo Portugal - Irão e festejamos os golos. Também a poesia esteve presente, pois o Jorge Castro leu alguns poemas do seu livro “Contra a Corrente”. António Aleixo e Fernando Pessoa também não faltaram - a cultura também se serve à mesa.
O tempo passou a correr, entrei no restaurante por volta das 13 horas e saí dele depois das 20 horas. Ao Orlando, o organizador destes encontros, o meu obrigado por proporcionar mais um convívio fantástico com gente fantástica.

sábado, 17 de junho de 2006

Hoje é um dia cheio

É daqui a pouco o almoço de Bloggers em Vila Nova de Gaia e às 16h, na Fundação Musical dos Amigos das Crianças, na Rua D. Manuel II, 226, Porto, é inaugurada a exposição «Um Olhar sobre Suggia», dedicada à extraordinária violoncelista portuense Guilhermina Suggia.

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Falar na Rádio

Uma das funções da rádio é formar. Mas é certo e sabido que muitos jornalistas e animadores não dão o devido valor a esta função - ou porque não querem, ou porque não sabem. Falar correctamente na rádio é uma maneira de formar, pois o ouvinte repete o que é dito, podendo mesmo corrigir o português que usa no dia-a-dia. Mas o contrário também é verdade.
A linguagem radiofónica deve de ser simples e a dicção deve ser correcta, para que a mensagem possa ser entendida pelo maior número possível de ouvintes. Termos eruditos ou demasiado técnicos não são desejáveis, pois ao serem utilizadas palavras menos comuns, estas tornam-se ruído para quem não as descodifica de imediato. João Paulo Meneses, no livro Tudo o que se passa na TSF ...Para um “livro de estilo”, cita C. Terrien*: «Não estás cá para fazeres carreira de escritor. Na imprensa escrita podemos sempre reler-nos, completar-nos. Não quando nos encontramos diante de um microfone. O mesmo acontece com o ouvinte: é preciso que ele compreenda, que capte imediatamente, senão deixa de ouvir».
Já ouvi (e li, o que é pior) erros como “interviu” (interveio); “madrasto” (ou é padrasto ou é madrasta); “ouvisto” (ou é vi, ou é ouvi); e, já agora, “Hades” (palavra que muito confundem com “hás-de”) é, na mitologia grega, o deus do mundo inferior, soberano dos mortos. Por estas e por outras, quem escreve e fala nos media e não tem o cuidado necessário com o português é, agora, candidato a figurar numa lista de prevaricadores que Lauro Portugal vai apresentar no sítio do Clube dos Jornalistas.

* Lavoinne, Yves. A Rádio. Editora Vega, Lisboa, pag.67.

terça-feira, 13 de junho de 2006

E-learning *

Aqui está um sítio bastante interessante: Our Media. Aqui são disponibilizadas informações sobre o Podcasting, edição áudio, vídeo, etc. e como os meios de comunicação social cada vez mais virados para o multimédia, cruzando características tradicionais de outros meios com as suas, este sítio parece-me bastante útil.
Se por acaso sabe mais do que o que lá está, então partilhe os seus conhecimentos com os outros. No Our Media há a possibilidade de se ser colaborador. Lembem-se que o conhecimento de nada vale se não for partilhado com outros.

* Via Ponto Media

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Ipsis litteris (III)

Li no sítio do Clube de Jornalistas, mas o texto completo está na página do Sindicato dos Jornalistas: «A insegurança no emprego e os baixos salário têm um efeito negativo na qualidade do jornalismo e podem pôr em causa o papel dos média como "cães de guarda" da sociedade(...)».

terça-feira, 6 de junho de 2006

Pelo éter do Grande Porto

O Porto vive à míngua, no que toca a estações locais de radiodifusão. Das seis que deveriam existir, só se escutam duas: Rádio Nova e Rádio Festival, e estas têm os destinos nas mãos do grupo Luso-Canal, que tem sede em Lisboa. E à volta do Porto só restam quatro emissoras locais (Rádio Clube de Matosinhos, Lidador, Gaia FM e Nova Era), mas deveriam existir dez. Elas até existem, só que são retransmissores de estações de Lisboa.
A emissora Gaia FM alterou a frequência para 95.50 MHz. Nada de mais se esta não fosse uma estação de Vila Nova de Gaia e os 95.50 MHz não fossem do Porto. Ou seja, a frequência - que pertencia à extinta Rádio Placard e que, por acaso, também era do mesmo proprietário da Gaia FM - passou para Vila Nova de Gaia.
A questão é esta: Se um dia voltar a haver um concurso para atribuição de alvarás de radiodifusão sonora, será que vai existir uma frequência para substituir os 95.50 MHz no Porto? Duvido muito.

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Encontro de podcasters

Está agendado para amanhã, pelas 17h00, na Fnac de Santa Catarina (Porto) uma conferência sobre podcasts. Estarão presentes Edgard Costa (GavezDois), João Paulo Meneses (TSF - Rádio.com), Pedro Fonseca (Piloto Automático) e José António Moreira (Sons da Escrita).

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Ipsis litteris (II)

«O mundo contemporâneo está surdo. Deslocámos o eixo da percepção do ambiente que nos rodeia do ouvido para a visão. Deixámos de ouvir o mundo à nossa volta e passámos a vê-lo. Vêmo-lo à distância. Se nos debruçarmos, porém, um pouco mais atentamente sobre esta questão detectamos uma interessante contradição: embora grande parte do contacto que estabelecemos com a realidade que nos é exterior seja hoje feito através da visão, a palavra, falada, sonora, continua a ser o meio privilegiado que possibilita a nossa comunicação uns com os outros. Na grande maioria dos casos não confiamos no uso do som como instrumento de prospecção do mundo à nossa volta, mas continuamos a privilegiar o som da palavra para a nossa comunicação».