«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
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sábado, 26 de março de 2011

A Rádio Tem Futuro

No sítio da Rádio Renascença, está disponível o texto  “Web will not kill the radio star.” Futuro da rádio passa pela Internet, da autoria de Pedro Póvoas sobre o que o futuro trará para a radiodifusão. Este texto surge na sequência da 2ª edição do "R@dio em Congresso/The R@dio Conference", no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa, e que terminou ontem.

«Todos se lembram, certamente, da famosa música dos “The Buggles”, “Video killed the radio star”. Há quem tenha alterado o refrão para “Web killed the radio star”. Depois de dois dias de debates no âmbito da conferência “Rádio em Congresso”, a opinião é unânime: a rádio está bem viva e tem mais sítios onde viver». 

domingo, 30 de janeiro de 2011

A Dança dos Formatos Radiofónicos

A primeira década do século XXI viu nascer e desaparecer muitas emissoras portuguesas. Algumas tiveram pouco tempo "no ar". O mercado radiofónico português foi mais dinâmico nessa década que nos últimos dez anos do século XX. Mas só o foi porque, apesar de a radiodifusão ter mais de 100 anos, ainda se experimentam formatos.

A primeira emissora de relevo a nascer no século XXI, foi mais um renascimento ou um aproveitar de um nome conhecido de ouvintes com idade superior a 40 anos. Trata-se, claro, da Rádio Clube Português (RCP). A Media Capital Rádios tentou uma primeira abordagem que tentava retirar ouvintes ao Grupo Renascença. A experiência falhou e o RCP passou a designar-se só por Rádio Clube. Reposicionou-se e reformatou-se e acabou por dar lugar a uma nova emissora - a Star FM. Do grupo MCR apenas a Rádio Comercial e a M80 parecem ter sucesso. Curiosamente, a MCR é a principal agitadora do mercado radiofónico português, tendo, inclusive, criado a Vodafone FM, que é a primeira estação emissora de radiodifusão sonora portuguesa a surgir nesta segunda década e com um modelo de financiamento diferente do que tradicionalmente existia no meio.

Nesta década, a RTP continuará a prestar serviço publico radiofónico, a Renascença continuará uma emissora católica e a TSF uma estação de notícias, mas de certeza que nos próximos tempos veremos algumas emissoras a tentar novos caminhos na esperança de ganhar ouvintes. Novos grupos de comunicação social irão surgir e mais emissoras locais serão absorvidas por eles. A Lei da Rádio tem mudado para favorecer esta situação.

Não se pode comparar a rádio portuguesa à rádio de outros países porque cada um tem especificidades sociais que determinam a forma como os media são consumidos, mas alguns formatos serão importados e testados. No entanto, uma tendência que é preocupante é o facto de o elemento humano estar cada vez mais afastado dos estúdios e as emissões serem automáticas.

As inovações são cada vez mais rápidas e a velocidade de transformação da sociedade será cada vez maior. Não há como parar o progresso, pelo que as emissoras portuguesas (e não só) terão de se aliar ao que o futuro trará ou estarão condenadas a desaparecer e não existirá nenhum formato milagroso que as salve.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Futuro da Rádio

Rogério Santos, autor do blogue "Indústrias Culturais" afirma, em entrevista ao jornal "Público", que "O tempo dos ouvintes passivos está a terminar". Esta é uma realidade que a radiodifusão já está a enfrentar, a Internet alterou a rádio. Mas será que os grandes operadores de radiodifusão vão acompanhar esta tendência? Quanto mais tarde, pior.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Receptor Radiofónico do Futuro

A Volkswagen e a Hit-Radio Antenne estão a desenvolver, em conjunto, um receptor radiofónico híbrido. Este novo receptor permitirá ao ouvinte escolher conteúdos para escutar quando quiser.

Este receptor está pensado para o ouvinte do futuro - que está muito próximo - e consiste um sistema que funciona através de uma interface com a Internet. O projeto será implantado a partir de 2011, altura em que serão iniciados os primeiros testes na Baixa Saxônia, Alemanha.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O Futuro da Radiodifusão

João Paulo Meneses fez a defesa pública da sua tese de doutoramento, com o título “O consumo activo dos novos utilizadores na Internet: ameaças e oportunidades para a rádio musical (digitalizada)”. A defesa foi efectuada na Universidade de Vigo, em Pontevedra e obteve nota máxima.

Nesta tese, o novo Doutor apresenta alguns caminhos que, para sobreviver, a radiodifusão deverá tomar: «O modelo funcionalista de rádio tem de ser substituído (a interacção exige-o); fenómenos inovadores e recentes exigem novas metodologias; há uma nova geração que exige e lidera o consumo activo; a grande ameaça à rádio musical vem dos novos meios musicais («on demand»); explorar os caminhos que pode a rádio musical percorrer, com a digitalização; o consumo activo põe em causa o fluxo sincrónico, que perderá importância, mas a rádio musical sobreviverá se for (muito) diferente (se permitir a personalização e ceder poder)».

João Paulo Meneses é jornalista na TSF - Rádio Notícias, onde apresenta o programa “Mais cedo ou Mais Tarde”, autor do livro “O que passa na TSF”e dos blogues "A geração iPod e o futuro da rádio [radio and ‘iPod generation’]", "O Segundo Choque" e "Blogouve-se".

A ler com atenção a abordagem que Rogério Santos faz à tese de João Paulo Meneses, em dois textos (Ainda o Futuro da Rádio I e Ainda o Futuro da Rádio II), no blogue Indústrias Culturais.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A Rádio Vai Deixar de Ser o Que É

O Congresso Nacional de Radiodifusão, que decorreu em Vila Real, no fim de semana passado, teve algumas conclusões acerca do futuro da radiodifusão.

Num futuro muito próximo a radiodifusão vai estar diferente. “O futuro das rádios passa "inevitavelmente" pela Internet, um meio de evolução tecnológica que já foi adoptado por 80 por cento das rádios portuguesas”.

Dentro de 10 anos, Segundo João Paulo Meneses, a “rádio vai deixar de ser o que é”. É uma realidade que a radiodifusão já está a mudar. A Internet permitiu que a rádio encontrasse novos caminhos.

sábado, 3 de maio de 2008

De Regresso...

...após uns dias de descanso sem avisar os leitores, pelo que peço desculpa.

Na verdade, foi um tempo de ponderação sobre a rádio que se faz por cá e como ela reflecte a sociedade portuguesa. É certo que temos emissoras que são pouco mais que um leitor de CDs a passar música. Mas também há boas estações que cumprem o seu papel.

Dizia-se, no início da década de 1990, que o disco de vinil era preto porque estava de luto para ir ao funeral do CD. Hoje assiste-se a um revivalismo nostálgico, em que algumas bandas querem a edição de trabalhos seus em discos de vinil e não em CD. A edição digital é na Internet e não em CD. Na verdade, o CD (o mais correcto é CDDA, a sigla de Compact Disc Digital Audio) tem os dias contados. O SACD está a tomar conta das edições audiófilas e a restante musica está em formatos de áudio comprimido.

Tal como o disco de vinil a rádio também há-de assistir ao funeral da televisão. Pelo menos à televisão tal como a conhecemos. A Internet veio baralhar as contas dos media tradicionais. Deu à rádio outras dimensões, mas pouco acrescentou à televisão. Os consumos de media alteraram-se com o passar dos anos e a escuta de rádio passou a fazer-se maioritariamente no carro, porque tem uma particularidade única: permite a acumulação.

A acumulação possibilita que se conduza e se escute rádio, permite que se trabalhe e se escute a emissora favorita… Ler um jornal, ver televisão ou navegar na Internet, não é possível quando se está a fazer outra tarefa que exija um nível de atenção elevado.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Para ler e reflectir

Paula Cordeiro, no seu blogue NetFM, apresenta o texto MP3 killed the video, the radio and the record star. Este texto é uma análise ao conturbado momento que a indústria musical tradicional atravessa e um aviso para a rádio: «A rádio tem de se relacionar mais com os ouvintes e seguir a mesma lógica destes sites sociais, enveredando inevitavelmente por uma lógica de web 2.0, ainda que mantenha imutável a sua presença em FM».

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A radiodifusão está a mudar

Parafraseando Mark Twain, «a notícia da morte da rádio foi claramente exagerada». A rádio está viva e recomenda-se, no entanto, tem de se adaptar, mas isto é algo a que a rádio já está habituada.
O futuro da rádio é digital. Mesmo para os menos atentos esta era uma evidência. Num mundo onde toda a tecnologia gira em torno de bits, era mais que previsível a transição do analógico para o digital. No entanto, esta mudança não tem sido pacifica, pois não há um padrão digital global para emissões hertzianas, mas vários - DAB, HD Radio, ISBD-T, DRM – o que torna tudo confuso para os ouvintes. Um receptor radiofónico preparado para funcionar em Inglaterra (DAB), por exemplo, não funcionará nos Estados Unidos (HD Radio) e um preparado para funcionar na América não funcionará no Japão (ISBD-T). Acresce a isto que na Europa continental decorrem testes com o DRM, que, por sua vez, é incompatível com outros sistemas. Na rádio analógica as emissões só têm duas modulações, em amplitude (A.M.) e em frequência (F.M.) pelo que um receptor funciona em qualquer parte do mundo.
Em Portugal a emissão digital hertziana em DAB está no mesmo ponto onde começou – apenas as estações radiofónicas da RTP têm emissões digitais, em DAB, que apenas duplicam as analógicas. E os ouvintes em DAB são poucos.
O “Meios & Publicidade”, no artigo “O Fim da Rádio FM?”, apresenta opiniões dos responsáveis das grandes estações de radiodifusão portuguesas sobre os caminhos que a rádio tem de tomar.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Conferência Europeia de Rádio

Termina hoje, em Barcelona, o NAB European Radio Conference, onde estão reunidos especialistas do meio para discutir o presente e o futuro da radiodifusão. Neste encontro esteve em destaque a rádio digital, que dispõe de plataformas de difusão (via satélite, via Internet, etc.) que abrem novos caminhos.
Gerry Fabio, especialista em consultadoria de marketing e o orador que abriu a conferência, disse que «a indústria da rádio está muito mal explorada». Esta afirmação baseia-se no facto de a radiodifusão sonora, actualmente, é mais que uma simples emissora de áudio, pois, com os recursos da Internet, as estações passam a dispor de ferramentas até agora exclusivas dos jornais e da televisão, como fotos, texto e vídeo, além de permitir que se crie arquivos de programas, disponíveis a todos. Sem dúvida que a Internet é uma plataforma alargada para desenvolvimento de novos produtos radiofónicos e uma fonte de receitas.
Como curiosidade, os jornalistas do “Diário Económico” e da “Meios & Publicidade” viajaram para o NAB European Radio Conference a convite da Rádio Renascença, uma estação que tem estado bastante atenta aos desenvolvimentos do meio.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Futuro da rádio em análise

O Clube Renascença promove uma conferência sobre o que será a rádio nos tempos vindouros. “Novos desafios da Rádio” é o tema do colóquio que terá lugar a 2 de Outubro, às 21h00, na Fundação António de Almeida, no Porto.
No debate, estarão presentes D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, Nelson Ribeiro, Director de Programas da Rádio Renascença e Luís Montez, empresário ligado à rádio e ao espectáculo (Grupo Lusocanal e Música no Coração). A moderação do debate estará a cargo de Francisco Sarsfield Cabral, Director de Informação da Renascença.