«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

50 anos da morte de Bertolt Brecht

Foi a 14 de Agosto de 1956 que faleceu, em Berlim, o dramaturgo, poeta, encenador e primeiro teórico da rádio: Bertolt Brecht. Os cinco textos escritos entre 1927 e 1932 – A Teoria da Rádio - e que estão disponíveis na obra Bertolt Brecht on film & Rádio, continuam actuais.
Brecht sonhou com uma rádio que «poderia ser para a vida pública o meio de comunicação mais grandioso que se possa imaginar, um extraordinário sistema de canais, isto é, poderia sê-lo se tivesse condições não só de transmitir, mas também de receber, não só de fazer escutar algo ao ouvinte, mas também de fazê-lo falar, não de isolá-lo, mas de colocá-lo em relação com outros».
Em Portugal, com a rádio a perder cerca de 1000 ouvintes por dia e com as estações a serem pouco mais que meros toca-discos, as palavras de Brecht estão mais actuais que nunca: «Um homem que tenha algo a dizer e não encontre ouvintes está em má situação. Mas pior ainda estão os ouvintes que não encontrem quem tenha algo a dizer-lhes».

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