É miserável a forma como tratamos a nossa cultura. Após 14 anos aberto ao público, o Museu da Rádio fechou as portas. Segundo o jornal “Público” (acesso pago), o actual acervo será exposto em 2007 num espaço que terá metade da área actual. No entanto, não será exibido todo o espólio, por obvia falta de espaço.
Pedro Braumman, o actual director do Museu da Rádio, em declarações ao jornal "Público", diz que «há limitação de espaço, mas podemos recorrer a soluções como os suportes multimédia para mostrar peças que não podem estar à vista». Ou seja, por este raciocínio nem precisamos de Museu! Podemos por tudo online na Internet.
O edifício do Museu da Rádio - situado na Rua do Quelhas, em Lisboa, onde foram os estúdios da Emissora Nacional - é também ele de interesse histórico, mas vai ser vendido, sendo incerto o seu futuro. Onde está agora a srª. Ministra da Cultura? E o IPPAR? Para impedir uma obra útil, como o Tunel de Ceuta, foram muito rápidos (e depois viu-se o resultado: o túnel acabou por ser construído na mesma) porque havia eleições e podia-se ganhar votos (as politiquices miseráveis do costume), mas para impedir que desapareça uma parte da nossa história estão quietos e calados.
Recentemente foi demolida a casa onde morou Almeida Garrett, pelo que até acho estranho que não se tenha deitado abaixo o Mosteiro dos Jerónimos para se construir o Centro Cultural de Belém. Já agora, encerre-se o Museu Nacional de Soares dos Reis e faça-se lá um centro comercial. O Túnel de Ceuta até termina à porta.
Pedro Braumman, o actual director do Museu da Rádio, em declarações ao jornal "Público", diz que «há limitação de espaço, mas podemos recorrer a soluções como os suportes multimédia para mostrar peças que não podem estar à vista». Ou seja, por este raciocínio nem precisamos de Museu! Podemos por tudo online na Internet.
O edifício do Museu da Rádio - situado na Rua do Quelhas, em Lisboa, onde foram os estúdios da Emissora Nacional - é também ele de interesse histórico, mas vai ser vendido, sendo incerto o seu futuro. Onde está agora a srª. Ministra da Cultura? E o IPPAR? Para impedir uma obra útil, como o Tunel de Ceuta, foram muito rápidos (e depois viu-se o resultado: o túnel acabou por ser construído na mesma) porque havia eleições e podia-se ganhar votos (as politiquices miseráveis do costume), mas para impedir que desapareça uma parte da nossa história estão quietos e calados.
Recentemente foi demolida a casa onde morou Almeida Garrett, pelo que até acho estranho que não se tenha deitado abaixo o Mosteiro dos Jerónimos para se construir o Centro Cultural de Belém. Já agora, encerre-se o Museu Nacional de Soares dos Reis e faça-se lá um centro comercial. O Túnel de Ceuta até termina à porta.
9 comentários:
e agora ?....
É pena. Pena porque até lá o museu está fechado, e a dita catalogação ainda não começou.
Pena, porque a áreas de exposição actula já é pequena para o material exposto.
Pena ainda, pela imensa quantidade de material armazenado que não está exposto.
É possível mediante tecnologia virtual expor parte do material, recriar ambientes, rodar o materal não exposto permanentemente por tempodas...
possível é.
Mas seria bem melhor fazer isto num espeço maior. pelo menos maior que o actual, que é um denominador mínimo para o excelente percurso temporal que o museu propões, como para visitar os dois estúdio equipados que existem actualmente, mas e o resto? Vai caber em menos espeço? Mais vida virtual e sonora sim, mas em menos espaço?! então vamos regredir?
300 metros quadrados é muito pouco.Se o problema é área, não poderia o museu das comunicações receber este espólio desde que disponibilize mais que os tias 300 m? Não se encontrariam pelo menos os cerca de 720 que o museu agora ocupa?
Pena é pena, seguramente.
João de Sousa
Grande Jorge!
Só para te deixar um abraço. Falamos ainda á bem pouco tempo e vim te encontrar aqui quase em querer.
Adicionado ao meu blog
Cumprimentos
Frank
As garantias dadas por altos funcionários da RDP há cerca de dois anos não foram cumpridas. Se calhar esses funcionários já sairam da rádio. É lamentável, no mínimo.
Também apresento a minha INDIGNAÇÃO por fecharem o Museu da Rádio. A Rádio merece muito mais respeito do que lhe é prestado pela RDP!
Senhores da RDP, pensem bem no que estão a fazer!
Cumprimentos,
Luís Carvalho
Sou muito nova, mas lembro-me das tardes que passava junto da minha mãe a ouvir "Os parodiantes de Lisboa", eis se não quando enveredo pelo caminho de um curso de secundário que tinha a ver com comunicação quando marcaram uma visita de estudo para o "Museu do Rádio" fiquei deslumbrada com o que vi, a história desse lindo meio de comunicação da vida e de programas de quando eu era pequena e coisas que nunca imaginei! Por motivos particulares não pude croncretizar o meu sonho de fazer rádio! Mas fiquei triste por terem fechado este museu foi mais um passo na destruição da nossa cultura!
Cumprimentos
Sónia Mota
Que tristeza !!!
Este museu não pode morrer e
não pode mesmo !
Há que fazer qualquer coisa ...
(Ofereço-me modestamente para colaborar ...)
Isabel Victor
Amigo Jorge, é a vergonha do nosso país, por isso milhares de jovens estão a deixar Portugal para tentar melhor vida no estrangeiro, começo a sentir algum noj... por esta sociedade politica portuguesa.
Viva a rádio.
Não pretendo comentar apesar de ser contra o fecho do Museu. A finalidade desta mensagem é:
Há mais de 40 anos fiz um curso de rádio técnico no Álvaro Torrão. Tenho ainda um multimetro e um sintonizador de sinais oferecidos nesse curso. Penso que, pela sua antiguidade, talvez tivessem lugar num museu. Mas onde está esse museu ou mesmo um coleccionador que os queira? Agradeço a informação
Cumprimentos do Leonardo
Enviar um comentário