A rádio portuguesa não sabe aproveitar as oportunidades que surgem, tenta reduzir ao mínimo o elemento humano, não toma a iniciativa e espera para ver. Ou seja, não arrisca produtos novos. Porquê? Porque será que onde a rádio portuguesa vê a sua ruína, emissoras de outros países vêm uma oportunidade de negócio? Internet, telemóveis, Leitores de Áudio Digital, podcasting, blogues, emissão por satélite, emissão digital, rádio visual, etc. são ferramentas que a rádio pode, e deve, usar para continuar a ser atractiva.
A rádio já não é principal forma de divulgação musical. A internet, a televisão e a facilidade de troca de ficheiros digitais praticamente relegou para segundo plano um papel que pertencia, até há pouco tempo, à rádio. Estações que só passam música pioram o cenário – o ouvinte entre escutar música que não gosta, mesmo que seja intercalada com outra que aprecia, e escutar os seus CDs, prefere estes últimos, que só têmmúsica do seu agrado e com maior qualidade sonora. Se alguém procura a rádio é porque ela tem qualquer coisa mais... algo que faz manter o ouvinte na mesma sintonia, mesmo que o que esteja a passar no momento não seja totalmente do seu agrado. No entanto a companhia radiofónica dá-lhe prazer.
A rádio portuguesa é bastante diferente da que se pode encontrar noutros países. Uma das nossas particularidades é o peso esmagador que as emissões em Frequência Modulada (FM) têm em Portugal. Até meados da década de 1980 as alternativas dividiam-se entre as emissoras estatais em Onda Média (OM), Onda Curta (OC) e FM e a emissora católica - também ela a transmitir em OM, OC e FM. Apenas subsistiam duas estações locais independentes – uma na Guarda (Rádio Altitude) e outra no Caramulo (Rádio Clube do Centro), ambas emitiam em OM.
A segunda metade dos anos 80 trouxe as rádios piratas e uma exploração exaustiva da FM. A diversificação dava-se, então, em Frequência Modulada, porque as emissões em Amplitude Modulada (OM e OC) eram escassas e a melhor qualidade sonora também teve influência na migração dos ouvintes da AM para a FM. Perdeu-se a oportunidade de bipolarizar as emissões: FM para rádios musicais, AM para rádios de palavra. As rádios musicais poderiam, então, tornar-se especializadas em determinado género ou época. As de palavra poderiam ser especializadas em notícias, fóruns, desporto, entrevistas, etc. Aqui a culpa cabe aos sucessivos governos após o 25 de Abril de 1974 que não souberam (ou não quiseram) liberalizar verdadeiramente o mercado radiofónico.
A World Wide Web (www) já tem mais de uma década, mas só agora é que as rádios portuguesas começam a aproveitar os benefícios, com emissões online (principalmente desde que arrancou o projecto ROLI), blogues e podcasts. No entanto, ainda são escassas as rádios disponibilizam conteúdos em podcast ou mantêm blogues sobre os seus programas.
A esmagadora maioria das rádios locais não cumpre a sua função: não têm noticiários locais, os programas são pobres de conteúdo útil e muitas são meros retransmissores de estações de Lisboa.
A rádio já não é principal forma de divulgação musical. A internet, a televisão e a facilidade de troca de ficheiros digitais praticamente relegou para segundo plano um papel que pertencia, até há pouco tempo, à rádio. Estações que só passam música pioram o cenário – o ouvinte entre escutar música que não gosta, mesmo que seja intercalada com outra que aprecia, e escutar os seus CDs, prefere estes últimos, que só têmmúsica do seu agrado e com maior qualidade sonora. Se alguém procura a rádio é porque ela tem qualquer coisa mais... algo que faz manter o ouvinte na mesma sintonia, mesmo que o que esteja a passar no momento não seja totalmente do seu agrado. No entanto a companhia radiofónica dá-lhe prazer.
A rádio portuguesa é bastante diferente da que se pode encontrar noutros países. Uma das nossas particularidades é o peso esmagador que as emissões em Frequência Modulada (FM) têm em Portugal. Até meados da década de 1980 as alternativas dividiam-se entre as emissoras estatais em Onda Média (OM), Onda Curta (OC) e FM e a emissora católica - também ela a transmitir em OM, OC e FM. Apenas subsistiam duas estações locais independentes – uma na Guarda (Rádio Altitude) e outra no Caramulo (Rádio Clube do Centro), ambas emitiam em OM.
A segunda metade dos anos 80 trouxe as rádios piratas e uma exploração exaustiva da FM. A diversificação dava-se, então, em Frequência Modulada, porque as emissões em Amplitude Modulada (OM e OC) eram escassas e a melhor qualidade sonora também teve influência na migração dos ouvintes da AM para a FM. Perdeu-se a oportunidade de bipolarizar as emissões: FM para rádios musicais, AM para rádios de palavra. As rádios musicais poderiam, então, tornar-se especializadas em determinado género ou época. As de palavra poderiam ser especializadas em notícias, fóruns, desporto, entrevistas, etc. Aqui a culpa cabe aos sucessivos governos após o 25 de Abril de 1974 que não souberam (ou não quiseram) liberalizar verdadeiramente o mercado radiofónico.
A World Wide Web (www) já tem mais de uma década, mas só agora é que as rádios portuguesas começam a aproveitar os benefícios, com emissões online (principalmente desde que arrancou o projecto ROLI), blogues e podcasts. No entanto, ainda são escassas as rádios disponibilizam conteúdos em podcast ou mantêm blogues sobre os seus programas.
A esmagadora maioria das rádios locais não cumpre a sua função: não têm noticiários locais, os programas são pobres de conteúdo útil e muitas são meros retransmissores de estações de Lisboa.
A rádio portuguesa perde ouvintes? Perde investimento publicitário? Só se pode queixar dela mesmo. Vale a pena ler o texto do blogouve-se «A rádio, como há 30 anos!».
1 comentário:
Muito bem!
Enviar um comentário