«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

terça-feira, 19 de julho de 2005

A RÁDIO NO “PÚBLICO”

O jornal “Público”, de domingo passado, traz três páginas dedicadas à rádio (coisa bastante rara nos dias que correm). São vários artigos (acesso pago), onde são abordados temas como as play lists, a música que passa na rádio e as quotas de música portuguesa.
Uma das frases que mais me chamou a atenção foi a afirmação de Rui Santos – gestor musical da Antena 1 - que lembra que na década de 80 havia «comunicadores objectivos, com personalidades e estatutos bem definidos». Mais à frente afirma-se que «concordam os vários responsáveis [da rádio portuguesa] que Portugal não tem grandes comunicadores, será ainda assim o factor humano a fazer a diferença».
Se Portugal não tem grandes comunicadores, é porque estão amordaçados por play lists e frases promocionais – que são repetidas até à exaustão – impostas pelos tais “responsáveis”.
Talvez seja redundante dizer que, em Portugal, nunca se fez tanta e tão boa rádio como na década de 80.

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