«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quinta-feira, 3 de abril de 2008

CPMCS quer revisão da Lei da Rádio

A Confederação Portuguesa de Meios de Comunicação Social (CPMCS) está contra as quotas de música portuguesa na Lei da Rádio.

«Em carta dirigida em 26 de Março ao Ministro dos Assuntos Parlamentares, por ocasião da consulta relativa à Quota de Música Portuguesa a vigorar até 3 de Maio de 2009, a CPMCS reiterou a sua oposição ao regime de quotas para a música portuguesa e reafirmou a sua objecção ao clausulado da Lei da Rádio.

Na verdade, não há produção de música portuguesa suficiente para alimentar uma quota de 25%, pelo que não faz sentido aquele regime.

Aliás, a CPMCS teve conhecimento de exposições endereçadas por responsáveis de Rádios e entrevistas públicas quanto à manifesta impossibilidade de cumprir esta determinação.

A CPMCS solicita, ainda, ao Governo que encare a alteração da Lei da Rádio conforme está previsto no seu quadro legal».

11 comentários:

Anónimo disse...

e aí está, como em França, a redução da quotas. porque é que, por uma vez, não se fazem as coisas bem desde o principio? ou melhor, não se fazem quotas nenhumas. Não é por falta de exposição que a música portuguesa não vinga, os motivos serão mais profundos.

Hugo Cunha disse...

Tenho 31 anos e ok não temos produção suficiente em Portugal, então que se faz com a grande maioria dos Grupos e cantores que normalmente só practicamente a Antena3 passa e não as outras,por exemplo os excelentes Raegun ou os Linda Martini falando de Rock ou muitos dos do mundo Hip/hop que cantam em Português como é o caso do Boss Ac, Mundo Secreto ou com a enorme e boa quantidade de fadistas que por cá temos,por exemplo a Cristina Branco,a Joana Amendoeira, o Camané, que quase só passam na Antena1 ou ainda a boa quantidade de grupos de música tradicional, quantas rádios passam os Maio Moço as Xaile ou as Tucanas? Quantas rádios passam o chamado Nacional Cançonetismo que tinha excelentes letristas e cantores Madela Iglésias, Maria de Lurdes Resende, Rui de Mascarenhas, ou clássicos dos 60 como eram os Gatos Negros ou o Quinteto João Paulo, 70 e até 80, 80 vai passando mas quase sempre as mesmas e a música de Intervensão?. O problema não é haver pouca quantidade o problema é o excesso de música anglo-saxónica. Depois não temos por cá nenhum programa que nos dé a conhecer quem faz sucesso em Espanha El Sueño de Morfeo são muito bons ou la Oreja entre muitos outros mas quem os conhece?, França, Italia e viva a Fiat se não nem a Nanini tinhamos, era sempre o Ramazoti, a Latino América têm excelentes grupo e cantores desde a tradicional ao Pop e Rock, mas aqui nem nos dão hipotese de os conhecer.Quantos programas de música Africana de expressão Portuguêsa existem?Deixo mais uma pergunta porque raio tenho de ouvir na rádio Portuguesa todos os dias Shakira, não existe mais variedade de cantores. Peço desculpa pelo testamento mas se não fossem as quotas era bem pior e como está actualmente está péssimo.

Hugo Cunha disse...

Madalena Iglésias

Hugo Cunha disse...

Não gostando muito da chamada música Pimba Popular ou Popularucha ela devia ter um programa a nivel Nacional. E o Tony Carreira já merecia passar numa qualquer rádio nacional sempre é quem enche mais pavilhões e tem mais fans aguerridos.

Anónimo disse...

Eu sou totalmente contra as quotas quer seja na política, quer seja na música.
Caríssimo Vitoscano, muitos cantores referidos por si não passam de lixo sonoro. Seria trágico se tais nomes estivessem constantemente nas rádios.

Leonardo Coimbra Torga

Anónimo disse...

Também sou avesso a quotas, mas reconheço que possam justificar-se em determinados casos e sempre numa fase transitória. Não acredito que a regulamentação do mercado resolva tudo. Aliás, na área cultural não resolve quase nada

JC

Anónimo disse...

Foi com grande surpresa que ao passar pelo seu blog vi um cartão meu de quando era radio amador CR7CR em moçambique meu pais natal,onde exerci durante 26 anos a profissão de operador técnico do Radio Clube de Moçambique/Radio Moçambique,onde nos últimos anos da minha vida naquele maravilhoso pais que me viu nascer,desenpenhava as funções de chefe dos serviços técnicos operacionais.Vivo actualmente em Lisboa,e o meu endereço é
carlos.al.albuquerque@gmail.com.
Um abraço Moçambicano

Hugo Cunha disse...

Se o senhor anónimo acha isso já estamos como ouvi á umas semanas no espaço do provedor das rádios da RDP por um ouvinte que Hip Hop era lixo querendo o ouvinte dizer +/- que queria troca-lo pela chamada música popular não o chamado pimba, ranchos e grupo como a Brigada Vitor Jara ou As Xaile, não se trata disso, trata-se de que todos os estilo têm o seu lugar e todos merecem passar na rádio a nível nacional, mas desde que não sejam coisas ao estilo Zé Cabra, isto é pessoas que não cantam desafinam. Eu não gosto da dita música Pimba, isto é Emanuel,Ágata, Rute Marlene, José Malhooa, Leonel Nunes Quim Barreiros, etc, mas á quem goste, como há e eu incluo-me, amantes da música Erudita ou Jazz, Bethoven,Mozart Schubert, Chopin,Lizt, Charlie Parker, Maria João,Jacinta etc e eu não posso críticar os gostos das pessoas elas merecem ouvir de tudo, por isso tanto uns estilos como outros deviam e devem poder ser escutados nas rádios nacionais e não só nas locais.

Hugo Cunha disse...

Já agora a rádio Lusitânia está bastante boa do que já pude ouvir é só colocar lá alguma música mais jovem ao estlio Mundo Secreto Boss Ac ou Tara Perdida e por tambem os portugueses que gravam em Inglês como os Raegun ou a Rita Red Shoes ou David Fonseca e estará a 100%. Tenho pena de só a poder escutar pela Net.

Anónimo disse...

Malta, nada como ler umas prosas destas para animar o dia. Quem acha que hip hop é lixo, faça o favor de ler as letrinhas dos moços e moças. Tudo muito bom português, sem a quantidade indescritível de erros ortográficos que os camaradas da erudição aqui nos deixam. Viva a fraqueza de espírito. E... não vale a pena gastar mais tempo. A questão é controversa, embora a qualidade da música portuguesa, de todo o género, seja indiscutível. Há coisas de muito boa qualidade, outras de péssima qualidade! tudo tem qualidade. Aos ouvintes, pode faltar bom gosto. A quem passa a musiquinha, pode faltar bom senso. É um azar!

Anónimo disse...

Para mim estes argumentos de que não existe produção suficiente de música portuguesa são balelas!

E casos como a Festival, Fóia, Romântica FM, RNA como sobrevivem? Expliquem-me!! Sendo que as duas primeiras são líderes de audiência. Inclusive a Festival é quase mais ouvida do que a RR no Porto...