O jornal “Diário de Notícias” traz mais uma entrevista a um homem da rádio. Desta vez o escolhido foi o administrador da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal.
Paula Cordeiro, no blogue Net FM, e João Alferes Gonçalves, no sítio do Clube de Jornalistas, já escreveram sobre as declarações de Pedro Tojal ao DN.
O Administrador da MCR falou, entre outros assuntos, do serviço público de rádio: «Mantinha a Antena 1 e privatizava a 2 e 3. Esta última tem um parque de emissores brutal com tecnologias do melhor que existe. A Antena 2 é o que é aparece com audiências residuais. Para quê existir se não têm ouvintes? Os serviços da Antena 2 e 3 podiam ser incluídos na Antena 1».
Os serviços da Antena 2 e Antena 3 não podem ser incluídos na Antena 1. É certo que a Antena 2 não tem muitos ouvintes, mas é uma alternativa, pois presta serviço público radiofónico ao passar a música que jamais se iria escutar em nenhuma das estações da MCR e dificilmente (talvez, nunca) noutras estações privadas. Em relação à Antena 3 passa-se a mesma coisa. É inegável que a Antena 3 tem vindo a melhorar nos últimos tempos, apostando na divulgação de jovens músicos portugueses e em alguns programas de autor. A Antena 1 é bastante diferente destas duas emissoras, já que tem uma função mais informativa e pedagógica.
Recomendo vivamente a leitura do texto de João Alferes Gonçalves e o de Paula Cordeiro.
5 comentários:
O interesse do sr Tojal na privatização da Antena 2 e 3 é na ansia de eventualmente poder ficar com elas para ampliar a rede das suas radiozinhas da treta. Quem perderia? uma vez mais o ouvinte.
A entrevita de P Tojal é reveladora de quem afirma coisas que nem o próprio acredita porque não é estúpido. Mas afirmou coisas sem o mínimo fundamento...
Agora, inteligente ele é. Ele sabe porque disse aquilo da RDP. E sabe porque afirmou o que afirmou sobre a Cidade FM. E acima de tudo, marcou bem o terreno sobre o Luis Osório.
Uma entrevista estratégica. Cheia de baboseiras. A única coisa que tenho pena e que a sra.entrevistadora tenha demonstrado um total desconhecimento do percurso, ambições pessoais de Tojal, as ideias que defende para o sector e as frentes de batalha internas no MCR com a entrada da Prisa e a nova via do Luis Osório.
Dito isto, aquela do Serviço Público é um fait divers que só se transformou em LEAD da entrevista, por um total desconhecimento do meio, de quem fez a entrevista e foi enrolada, sem ser capaz de apresentar contradições no discurso. Srs do DN, que tal fazer um pouco de trabalho de casa?
O problema do Sr. Pedro Tojal é ter "dor de cotovelo" da RDP. A única rádio nacional da MCR é, como se sabe, a Rádio Comercial. O RCP tem a rede regional sul e várias rádios locais no norte, a Cidade FM vive à custa de rádios locais compradas ou alugadas, a Best Rock e as outras rádios da MCR idem. O grande desejo da MCR é cobrir todo o país com o império das K7s FM. Por isso tem inveja da RDP, com quatro coberturas nacionais :Antena 1 - rede de emissores em FM, Antena 1 - rede de emissores de Onda Média, Antena 2 (FM) e Antena 3 (FM). O que o Tojal queria é ter um RCP e uma cidade FM nacional para encher o éter de música e pouca humanização. Felizmente, a RDP é a alternativa aos conteúdos repetitivos e baseados em computadores a debitar música, como faz a Média Capital.
O problema do Tojal é que está há três anos na MCR e continua sem mostrar serviço. Reformatou as rádios todas, copiando o modelo que utilizou no grupo RR. Mas, apesar de algumas subidas, está longe de beliscar a emissora católica. Ainda bem que um jornal português finalmente começou a dar atenção regular à rádio. Já merecia. O DN está de parabéns.
Afinal o Partido Socialista comprou mesmo a Media Capital. O Luis Osório é o primeiro Boy a ser encaixado...
Se acontecer à MCR o que aconteceu ao Jornal a Capital...
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