«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

sábado, 8 de outubro de 2005

A ler no DN de hoje: a entrevista a Luís Montez

Luís Montez, proprietário da Lusocanal (que controla os destinos das rádios Rádar, Oxigénio, Capital, Marginal, Nova e Festival), fala da rádio portuguesa numa entrevista concedida ao “Diário de Notícias”, no artigo "Quem não gostaria de ter uma rádio como a TSF?".
Luís Montez afirma que gostaria de ser dono da TSF, já que esta «é uma das melhores rádios de informação da Europa». Criar uma emissora de notícias – como a TSF - não faz parte dos seus planos porque «O investimento para criar notoriedade e credibilidade levaria anos e seria tão alto que seria incomportável. Já existem três estações com boa informação a TSF, a Antena 1 e a Renascença. É oferta suficiente».
Em relação à concentração de rádios Luís Montez pensa que a lei deve ser alterada e permitida uma maior concentração de estações.
Em relação ao futuro do meio o patrão da Lusocanal está optimista, pois acha que «o sector tem vindo a adaptar-se às circunstâncias. Felizmente que a Internet veio valorizar o meio rádio. Em conjunto apanham a audiência que foge da televisão, com qualidade duvidosa. Já as rádios portuguesas são bem feitas e tecnologicamente bem apetrechadas, mas têm que fazer um esforço na área de marketing e comercial».
O serviço público de rádio também foi focado, e Luís Montez deixou, inclusive, uma proposta: «as privadas também prestam serviço público, só que não são remuneradas por isso. À volta de 60 milhões de euros é quanto pagam todos os portugueses (inclusive alguns deficientes auditivos), através da taxa de radiodifusão. Acho que 5% desta verba devia ir para as rádios locais, que vivem com grandes dificuldades, porque não há mercado publicitário para as sustentar, sendo ainda as que mais passam música portuguesa e as que mais próximas estão dos ouvintes».

1 comentário:

Anónimo disse...

Falou(falaram) na rádio NOVA?