As estações emissoras de radiodifusão sonora, vulgo rádios, são um produto do século XX. A radiodifusão (em inglês broadcasting * ) só foi consolidada na década de 1920, embora desde 1906 que as experiências com emissões electromagnéticas, com música e voz, denotavam rudimentares programas de entretenimento e deixavam antever o que viria ser a radiodifusão nas décadas seguintes.
Em Portugal, a primeira emissão que pode ser considerada um programa de rádio foi efectuada em 1914, por Fernando Cardelho de Medeiros – um radioamador. E foram os radioamadores os percursores da radiodifusão. Aliás, a Rede de Emissores Portugueses – REP – é uma das mais antigas associações do mundo nesta área, existindo desde 1926.
Até à década de 1930, era possível a um radioamador transmitir programas de entretenimento, o que justifica as dezenas de pequenas estações existentes em Portugal até 1939, altura em que, por causa da II Guerra Mundial, todos os postos amadores foram obrigados a suspender a sua actividade e as estações de radiodifusão tiveram de se concentrar em postos únicos, só retornando a funcionar autonomamente algum tempo depois do final da guerra.
Hoje com a crise instalada na radiodifusão, será que o futuro da própria rádio reside nas suas origens?
* Jostein Gripsrud, professor no Department of media studies, University of Bergen, Norway, escreve que «o uso original da palavra correspondente na língua inglesa - broadcasting - era como termo agrícola, para descrever o acto de semear ou espalhar as sementes numa vasta área, à mão, em círculos largos. Esta imagem da distribuição de forma generalizada e eficiente a partir de um ponto central, até à distância que o alcance permite, também está presente no significado tecnológico do termo como método de distribuição para a rádio (…)».HARTLEY, John (2002). Comunicação, Estudos Culturais e Media. Conceitos-chave. Lisboa: Quimera Editores, Lda. 1.ª edição portuguesa: 2004, a partir da 3.ª edição inglesa com material suplementar da autoria de Martin Montgomery, Elinor Rennie e Marc Brennan.
Em Portugal, a primeira emissão que pode ser considerada um programa de rádio foi efectuada em 1914, por Fernando Cardelho de Medeiros – um radioamador. E foram os radioamadores os percursores da radiodifusão. Aliás, a Rede de Emissores Portugueses – REP – é uma das mais antigas associações do mundo nesta área, existindo desde 1926.
Até à década de 1930, era possível a um radioamador transmitir programas de entretenimento, o que justifica as dezenas de pequenas estações existentes em Portugal até 1939, altura em que, por causa da II Guerra Mundial, todos os postos amadores foram obrigados a suspender a sua actividade e as estações de radiodifusão tiveram de se concentrar em postos únicos, só retornando a funcionar autonomamente algum tempo depois do final da guerra.
Hoje com a crise instalada na radiodifusão, será que o futuro da própria rádio reside nas suas origens?
* Jostein Gripsrud, professor no Department of media studies, University of Bergen, Norway, escreve que «o uso original da palavra correspondente na língua inglesa - broadcasting - era como termo agrícola, para descrever o acto de semear ou espalhar as sementes numa vasta área, à mão, em círculos largos. Esta imagem da distribuição de forma generalizada e eficiente a partir de um ponto central, até à distância que o alcance permite, também está presente no significado tecnológico do termo como método de distribuição para a rádio (…)».HARTLEY, John (2002). Comunicação, Estudos Culturais e Media. Conceitos-chave. Lisboa: Quimera Editores, Lda. 1.ª edição portuguesa: 2004, a partir da 3.ª edição inglesa com material suplementar da autoria de Martin Montgomery, Elinor Rennie e Marc Brennan.
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