A Rádio e Televisão de Portugal (RTP) está com emissões conjuntas do programa “Antena Aberta” na RTPN (televisão) e na Antena 1 (rádio). Emissões assim não são novidade, mas a forma como são feitas é que pode fazer a diferença.
O “Antena Aberta” é um programa de rádio, logo é pouco dado ao formato televisivo. Ainda assim há formas de adaptar. Hoje, a jornalista Eduarda Maio – pivot do programa - apresentava-se por detrás de um microfone que lhe tapava parte da cara e com uns auscultadores enormes. É assim que se está na rádio, mas pode-se fazer adaptações para televisão. Eduarda Maio está só, no estúdio. Não tem convidados pelo que a imagem está praticamente focada nela, alternando com a mesa de controlo de áudio e algumas imagens (repetidas várias vezes). Ou seja, bastante monótono.
Comparado com o programa da SIC Notícias, o “Antena Aberta” – para televisão - é muito pobre. Pela sua experiência no meio televisivo (Eduarda Maio apresentou o programa “O Juiz Decide”), Eduarda Maio podia ter um microfone de lapela e auriculares, o que lhe melhoraria o aspecto, e um ou dois convidados (ou comentadores) em estúdio, o que aligeiraria o formato visual estático característico da rádio, mas inadequado em televisão.
Neste formato, o “Antena Aberta” é um bom programa de rádio, mas um mau programa de televisão. E isto é nas estações de rádio e televisão que todos pagamos. Já agora, o material da RTP é de luxo. Não há necessidade de ter, em rádio, para voz, um microfone Neumman caríssimo. É um microfone excelente, sem dúvida, mas há alternativas mais baratas para o fim a que se destinam. Nenhuma emissão em FM consegue tirar partido das características de um microfone daqueles.
O “Antena Aberta” é um programa de rádio, logo é pouco dado ao formato televisivo. Ainda assim há formas de adaptar. Hoje, a jornalista Eduarda Maio – pivot do programa - apresentava-se por detrás de um microfone que lhe tapava parte da cara e com uns auscultadores enormes. É assim que se está na rádio, mas pode-se fazer adaptações para televisão. Eduarda Maio está só, no estúdio. Não tem convidados pelo que a imagem está praticamente focada nela, alternando com a mesa de controlo de áudio e algumas imagens (repetidas várias vezes). Ou seja, bastante monótono.
Comparado com o programa da SIC Notícias, o “Antena Aberta” – para televisão - é muito pobre. Pela sua experiência no meio televisivo (Eduarda Maio apresentou o programa “O Juiz Decide”), Eduarda Maio podia ter um microfone de lapela e auriculares, o que lhe melhoraria o aspecto, e um ou dois convidados (ou comentadores) em estúdio, o que aligeiraria o formato visual estático característico da rádio, mas inadequado em televisão.
Neste formato, o “Antena Aberta” é um bom programa de rádio, mas um mau programa de televisão. E isto é nas estações de rádio e televisão que todos pagamos. Já agora, o material da RTP é de luxo. Não há necessidade de ter, em rádio, para voz, um microfone Neumman caríssimo. É um microfone excelente, sem dúvida, mas há alternativas mais baratas para o fim a que se destinam. Nenhuma emissão em FM consegue tirar partido das características de um microfone daqueles.
6 comentários:
Vejamos... a Antena Aberta é um programa de rádio ou um programa de TV?
Aceitar as suas sugestões seria transformá-lo num programa de TV.
A rádio é mesmo assim: com grandes auscultadores, mas menos maquilhagem.
Partindo do princípio de que estamos a falar de um programa de rádio, o intruso ali era a câmara -não os grandes auscultadores.
Um debate interessante seria, sim, sobre a fronteira entre rádio e tv, dado que a tendência é para a rádio ser invadida por webcams e outras.
E deverá a rádio aceitar essa invasão pacificamente e "adaptar-se" a tal ponto que deixará de ser... rádio?
Sabe, é que a grande característica da rádio é a aus~encia de imagem. É a ausência de imagem que tudo determina - a linguagem, a escolha do som.
Ah, sim, o som...
Acho graça ao protesto sobre o microfone "caríssimo". Muita graça.
O micro é para condizer com o "bom" feitio da dotora.
Caro Jorge, subscrevo o seu texto.
Arriaga, ouvidor.
Lá anda a pandilha moralista de esquerda(BE; PCP;ALEGRISTAS) - não incluo o PS socrático, que está a fazer um óptimo trabalho, - a dizer mal da Doutora Eduarda Maio e do Grupo RTP.
o que vocês querem sei eu...
Meu caro,
É verdade que ao passar o programa para TV, deveria ser dado maior detalhe e atenção no que se refere ao "suporte" de imagem. Isto é, o programa é de rádio, não se tem de adaptar enquanto formato a TV. A realização televisiva é que tem de preparar outro enquadramento, enfoque especial em relação a imagens e múltiplas câmaras, melhor suporte de texto e informação. Isso enriqueceria em muito o lado imagem do Antena Aberta.
O cenário poderia ser igualmente distinto, preparando-o para a dimensão televisiva.
Daí à Eduarda ter de usar auscultadores diferentes do dia a dia vai uma grande diferença. E quanto ao microfone, você em definitivo atirou uma bola parao pinhal. Que a RDP usa material antiquado nas suas operações, já todos sabiam, agora que tem microfones de luxo nos estúdios é mesmo para rir.
Pois meu caro "anónimo das 2:20 AM, junho 11, 2008", Material antiquado? N~ºao me parece. Já visitou os estúdios de rádio da RTP, em Vila Nova de Gaia? Se fossem um carro chamavam-se Rolls Royce. Vê-se que não sabe do que fala se o Neummam não é um microfone de luxo, então não sei o que serão os outros. Já agora, ao nível dos Neumman só estão mais duas marcas de microfones: Schoeps e DPA. E quantas estações de radiodifusão no mundo têm Neummans nos estúdios de emissão? A RTP deve ser a única. O microfone é grande e ainda por cima tem um pop filter que tapa ainda mais a imagem do apresentador. E, já agora, se eu não tivesse razão, os apresentadores do Antena Aberta não estariam a usar, agora, auriculares, em vez dos auscultadores Beyer que são pesados e incómodos, principalmente com o calor da iluminação necessária para televisão.
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