É a segunda vez que a rádio tem um fim anunciado. A primeira foi há cerca de meio século, quando a televisão se popularizou. Só que afinal a rádio não morreu. Adaptou-se… e bem! Mas hoje os desafios são maiores e a rádio não tem estado à altura. Pelo menos em Portugal.
A questão é que a rádio, de uma forma geral, tardou a responder aos desafios do digital e ainda há muita confusão no éter. O Digital Audio Broadcasting (DAB) tem problemas em se impor e já evoluiu, numa tentativa de recuperar terreno perdido, para o Digital Multimedia Broadcasting (DMB). O Digital Radio Mondiale (DRM) começa, aos poucos, a ganhar terreno, já que oferece uma qualidade sonora superior à da Amplitude Modulada (AM). E, para criar mais confusão, os Estados Unidos apostaram no sistema HD Radio - que já se chamou IBOC - e os japoneses no ISBD-T, que, tal como o DAB, está debaixo das normas Eureka 147, mas é diferente deste. Ou seja não há uniformização das emissões a nível mundial, como acontece nas emissões analógicas.
Em Portugal, a rádio digital deixa muito a desejar. Além das emissoras da Rádio e Televisão de Portugal (Antena 1, 2 e 3), que emitem em DAB, mas que se limitam a retransmitir a programação da Frequência Modulada (FM), mais nenhuma estação portuguesa emite digitalmente. Há, no entanto, em território português emissões da Deutsche Welle (DW) em DRM.
A acrescentar a esta confusão, há ainda o preço dos receptores de rádio digital, que são muito elevados para o português médio. Mesmo que a oferta radiofónica digital fosse elevada, as audiências seriam fracas, devido à escassez de receptores.
E há a rádio pela Internet – as Webradios. Mas estas emissoras ainda estão limitadas na recepção, pois não podem, ainda, ser captadas por auto-radios e é no carro que mais se escuta rádio. E acresce a isto o facto de as emissoras na Internet serem cada vez mais condicionadas pela legislação. Hoje, nos Estados Unidos é um “Dia do Silêncio”, como protesto contra as medidas restritivas impostas às emissoras online.
A questão é que a rádio, de uma forma geral, tardou a responder aos desafios do digital e ainda há muita confusão no éter. O Digital Audio Broadcasting (DAB) tem problemas em se impor e já evoluiu, numa tentativa de recuperar terreno perdido, para o Digital Multimedia Broadcasting (DMB). O Digital Radio Mondiale (DRM) começa, aos poucos, a ganhar terreno, já que oferece uma qualidade sonora superior à da Amplitude Modulada (AM). E, para criar mais confusão, os Estados Unidos apostaram no sistema HD Radio - que já se chamou IBOC - e os japoneses no ISBD-T, que, tal como o DAB, está debaixo das normas Eureka 147, mas é diferente deste. Ou seja não há uniformização das emissões a nível mundial, como acontece nas emissões analógicas.
Em Portugal, a rádio digital deixa muito a desejar. Além das emissoras da Rádio e Televisão de Portugal (Antena 1, 2 e 3), que emitem em DAB, mas que se limitam a retransmitir a programação da Frequência Modulada (FM), mais nenhuma estação portuguesa emite digitalmente. Há, no entanto, em território português emissões da Deutsche Welle (DW) em DRM.
A acrescentar a esta confusão, há ainda o preço dos receptores de rádio digital, que são muito elevados para o português médio. Mesmo que a oferta radiofónica digital fosse elevada, as audiências seriam fracas, devido à escassez de receptores.
E há a rádio pela Internet – as Webradios. Mas estas emissoras ainda estão limitadas na recepção, pois não podem, ainda, ser captadas por auto-radios e é no carro que mais se escuta rádio. E acresce a isto o facto de as emissoras na Internet serem cada vez mais condicionadas pela legislação. Hoje, nos Estados Unidos é um “Dia do Silêncio”, como protesto contra as medidas restritivas impostas às emissoras online.
Claro que, no domínio digital, podemos acrescentar os Leitores de Áudio Digital (LAD), que são cada vez mais baratos e a música, em mp3 ou outro áudio comprimido similar, é simples de arranjar, existindo na Internet milhares de sítios onde ela é disponibilizada de forma gratuita, mesmo que isso seja ilegal.
As emissões digitais obrigam a investimentos em novos emissores e muitas estações não têm disponibilidade financeira para tal. Se o "Switch off" analógico decretado pelo parlamento europeu for avante, muitas emissoras terminarão de vez as emissões.
(Continua)
5 comentários:
A radio em Portugal pode morrer,pois pode é culpa de quem a faz, pois todos os dias se ouvem as mesmas musicas(Shakira com Santana já nem posso ouvir e RFM nem pensar) e existem muitos e bons cantores que ó não passam ou é tão poucas vezes que se torna risível(nada contra que as musicas novas passem muita vez para que possam ser conhecidas).A quantidade de musica Portuguesa(excepção para as rádios do estado) é tão pouca e são quase sempre os mesmos.É normal que por estes dias se passe muito Pedro Abrunhosa e Jorge Palma têm albuns novos,mas e os outros? E fado passa tão pouco(aqui nem quase as rádios do estado se safam).E os programas de Autor existem tão poucos(excepção para as radios do estado, as noites da Antena3 por exemplo) e estão muito concentrados ao fim de Semana.Raramente oiço rádio em casa só no carro e no trabalho mudem isto por favor eu só vou vendo fazer rádioquase só em rádios de informação o que é pena.
É por estas e por outras que embora já não oiça muito em casa ainda gosto de ouvir rádio e por acaso ouvi em directo as asneiradas do candidato á Camara de Lisboa pelo PSD.Alguem me explica é IPPAR ou EPPUL, como podem os Lisboetas confiar neles para mudarem a capital quando fazem disto.
Peço desculpa por ocupar muito a caixa de mesnsagens.É para por uma questão.Ao nivel da Musica estrangeira só existe a lingua Inglesa?Onde está a musica em Castelhano(á muita boa cantada em Espanhol, moderna e clássica por exemplo La Oreja de Vangogh vendem milhões de Discos e são cá conhecidos?Muito pouco)Francesa(se tocar deve ser raramente a Antena1 e só clássicos no pequeníssimno espaço do Julio Isidro será?) Ou até Italiana(neste caso toca mas é quase sempre o Eros Ramazotti,ou mais rarmente a Laura Pausini, ou Andrea Boccelli).É pena á muito boa musica feita pelo Mundo e nos a ouvir sempre o mesmo e as mesmas línguas.Que saudades do programa do actual provedor das rádios públicas.
A concentração é um fenómeno perigoso e a ter em conta. Se repararmos, as rádios nacionais e as mais ouvidas são detidas apenas por três grupos (MCR, RR, RTP, a TSF pertence a Global Notícias, que, por sinal, é também um grande grupo de media), sendo que quase todos nós devem ouvir (pelo menos)uma rádio da Média Capital Rádios.
Outra questão, porque raio o Grupo RR tem a RFM e a Mega FM(ouvi pela Net),se as 2 na grande maioria do tempo passam as mesmas musicas(havendo algumas que tambem passam na RR embora menos).A Mega FM não seria uma excelente oportunidade para concorrer com a Antena3 ou a Cidade FM.
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