Artur Arriscado, técnico de som da Rádio Nacional de Angola, foi homenageado pelos seus 44 anos de carreira e trabalho em prol do desenvolvimento da rádio angolana.
Artur Arriscado faz parte dos nomes da história da rádio portuguesa, já que começou a trabalhar em 1963, na Rádio Clube do Moxico, situada na província do Moxico, em Angola - território, na altura, sob administração portuguesa.
2 comentários:
Caro Jorge Guimarães Silva,
A homenagem ao técnico de som Artur Arriscado não é da Rádio Nacional de Angola, mas sim de uma empresa chamada Maboque Gestão de Empreendimentos, como refere a notícia. O homenageado é técnico da RNA, isso sim.
O facto de Artur Arriscado ter começado a sua actividade profissional, em 1963, no Rádio Clube do Moxico chama a nossa atenção para as verdadeiras escolas de rádio que constituiram as pequenas emissoras que existiam espalhadas por Angola. Muitos profissionais que acabaram por se impor em Portugal vieram dessas pequenas rádios. Por exemplo, o saudoso Jorge Perestrelo e Fernando Alves, da TSF, começaram as suas carreiras no Rádio Clube do Lobito, David Borges e Emídio Rangel vieram do Rádio Clube da Huíla, etc.
As condições em que esses profissionais trabalhavam eram muitas vezes péssimas, obrigando-os a operar verdadeiros milagres para conseguirem manter as emissões "no ar" a todo o custo e com um mínimo de qualidade.
Lembro-me do que me contou uma vez um antigo profissional do Posto Emissor do Funchal, depois de ter visitado o Rádio Clube do Uíge, no norte de Angola. «Se fosse eu», disse-me ele, «recusava-me a trabalhar naquelas condições. Imagina que no estúdio existe uma tabuleta a apontar para o chão e a dizer: "Por favor não pise esta tábua, para não saltarem as agulhas dos gira-discos"».
A homenagem é da Maboque, sim senhor. Já está corrigido.
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