«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

segunda-feira, 30 de abril de 2007

A verdade (ou quem a diz) é sempre a primeira vítima

Em certos lugares do planeta, quem trabalha em órgãos de comunicação social é um alvo. Das pressões politicas ao assassínio de jornalistas encontra-se um pouco de tudo. A verdade é incómoda para os que não cumprem as regras da sociedade. O egoísmo é elevado ao estatuto de virtude.
O “primeiro eu” – marca de muitos (quase todos?) políticos, que se governam, em vez de governarem – tem, ainda, um entrave: os órgãos de comunicação social. São estes que desmascaram, divulgam e exigem que a legalidade seja reposta. No entanto, este trabalho é feito por homens e mulheres que são sujeitos a pressões e, pela sua condição humana, muitas vezes cedem. Se não cedem podem, em última instância, ser mortos. Em Portugal ainda não chegamos a isto, mas há pressões vindas de a quem a verdade não interessa. Noutras partes do mundo já se passou à etapa seguinte.
O Committe to Protect Journalists apresenta um trabalho de dois jornalistas brasileiros - Carlos Lauría e Sauro González Rodríguez – sob o tema “No ar: Politica Paixão e notícia”, onde são feitas considerações sobre as pressões que o jornalismo independente está sujeito e as suas consequências.
Por cá, temos o exemplo recente das pressões do primeiro-ministro português sobre jornalistas.

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