As últimas audiências demonstraram uma queda da Rádio Clube, estação da Media Capital Rádios, e a ascensão da Rádio Sim, do Grupo Renascença. No Bareme Rádio do 3.º trimestre de 2008, a Rádio Sim ainda não constava e a Rádio Clube apresentava um AAV de 1,4%. Nas audiências do 4.º trimestre de 2008 a Rádio Clube apresenta uma queda de 0,4% de AAV e a Rádio Sim aparece com 0,7%.
Enquanto a Rádio Clube transmite pela Internet e em Frequência Modulada, a Rádio Sim apresenta-se em três plataformas de emissão: na Internet, em Frequência Modulada e em Amplitude Modulada. Mas não é esta a causa de uma estar a ganhar ouvintes enquanto outra os perde.
A Rádio Sim ganha ouvintes porque tem um projecto diferente dos existentes, desenhado, certamente, por que conhece o meio radiofónico. A experiência do Grupo Renascença no meio é reconhecida e inquestionável. O mesmo não se pode dizer da Rádio Clube. Esta emissora perdeu a oportunidade de se tornar numa das mais escutadas em Portugal quando alterou sucessivamente o seu modelo. Ao longo dos tempos, a Rádio Clube foi imitando outras e não se definia. Quando isso aconteceu, já era tarde. Os ouvintes perceberam “que era mais do mesmo” e foram regressando às emissoras que estavam habituados a escutar antes de aparecer a Rádio Clube.
Para as emissoras terem sucesso têm de ter um projecto vencedor e isso consegue-se com bons profissionais conhecedores do meio. Existem muitos administradores dos media que percebem muito de gestão, mas muito pouco de rádio. O resultado vê-se.
De salientar o facto de uma nova emissora apostar na Amplitude Modulada, pois desde inícios da década de 1980 este tipo de transmissão tem vindo a entrar em desuso em Portugal, não sendo concessionada nenhuma frequência em Amplitude Modulada (Ondas Curtas Médias ou Longas) desde a década de 1950, para radiodifusão. Com a Rádio Sim existe um reavivar da Onda Média – o comprimento de onda mais utilizado na radiodifusão em Portugal, em Amplitude Modulada.
Enquanto a Rádio Clube transmite pela Internet e em Frequência Modulada, a Rádio Sim apresenta-se em três plataformas de emissão: na Internet, em Frequência Modulada e em Amplitude Modulada. Mas não é esta a causa de uma estar a ganhar ouvintes enquanto outra os perde.
A Rádio Sim ganha ouvintes porque tem um projecto diferente dos existentes, desenhado, certamente, por que conhece o meio radiofónico. A experiência do Grupo Renascença no meio é reconhecida e inquestionável. O mesmo não se pode dizer da Rádio Clube. Esta emissora perdeu a oportunidade de se tornar numa das mais escutadas em Portugal quando alterou sucessivamente o seu modelo. Ao longo dos tempos, a Rádio Clube foi imitando outras e não se definia. Quando isso aconteceu, já era tarde. Os ouvintes perceberam “que era mais do mesmo” e foram regressando às emissoras que estavam habituados a escutar antes de aparecer a Rádio Clube.
Para as emissoras terem sucesso têm de ter um projecto vencedor e isso consegue-se com bons profissionais conhecedores do meio. Existem muitos administradores dos media que percebem muito de gestão, mas muito pouco de rádio. O resultado vê-se.
De salientar o facto de uma nova emissora apostar na Amplitude Modulada, pois desde inícios da década de 1980 este tipo de transmissão tem vindo a entrar em desuso em Portugal, não sendo concessionada nenhuma frequência em Amplitude Modulada (Ondas Curtas Médias ou Longas) desde a década de 1950, para radiodifusão. Com a Rádio Sim existe um reavivar da Onda Média – o comprimento de onda mais utilizado na radiodifusão em Portugal, em Amplitude Modulada.
3 comentários:
A Rádio Sim é um caso deveras interessante, porque alia a música de outros tempos ao tipo de locução típico da Rádio Renascença (propriamente dita) dos dias de hoje.
Pela música que apresenta, dir-se-ia que a Rádio Sim é uma rádio do antes do 25 de Abril. Era aquela a música, precisamente, que se ouvia na Emissora Nacional no tempo da "outra senhora" (mas não na Rádio Renascença da época, que era muito mais avançada, musicalmente falando). No entanto, a locução feita na Rádio Sim, em vez de ser a locução "de fato e gravata" da velha EN, é a locução dialogante da Renascença de agora, a qual foi introduzida nos anos 80 por António Sala e que é de êxito garantido (muitos "animadores" da nossa praça deveriam seguir-lhe o exemplo, em vez de se armarem em engraçadinhos, para não lhes chamar parvinhos).
A aposta na onda média por parte da Rádio Sim justifica-se plenamente pelo tipo de auditório que a estação pretende atingir: pessoas com alguma idade, que sempre ouviram rádio em onda média, nunca se tendo adaptado completamente à escuta em FM. Muitos ouvintes, até, ainda escutarão rádio em "peças de museu", que nem FM possuem... De qualquer modo, apesar da sua falta de qualidade sonora, a onda média acaba por se tornar de escuta agradável, porque a sua limitação de banda, que causa o abafamento dos agudos, torna o som mais macio, sem estridências. O que é preciso é que não o estraguem com a compressão dinâmica, que está agora na moda e que na onda média da Antena 1 se torna insuportável (mas não na Rádio Sim; se tem compressão -- e acredito que a tenha --, a Rádio Sim usa-a moderadamente; este é mais um ponto a seu favor).
Uma pequena nota: não é a Rádio Clube, mas o Rádio Clube. :)
Caro leitor, porquê "o" rádio clube e não "a" rádio clube? Eu sei porque escrevo "a" e não "o". Mas gostaria de saber a sua opinião e, depois, colocarei aqui a minha justificação.
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