«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

sábado, 7 de agosto de 2010

Sítio da RTP Comemora 75 Anos da EN

Para comemorar os 75 anos da rádio pública, a RTP criou o sítio "75 Anos da Rádio Pública". Afirmando que "é tempo de escutar a nossa história", este sítio permite uma viagem no tempo onde se pode escutar as músicas,as notícias e a história destes 75 anos da Emissora Nacional.

2 comentários:

Fernando Ribeiro disse...

Não me sinto absolutamente nada entusiasmado por tais comemorações. Desde o dia da sua fundação até ao fim do Estado Novo, a Emissora Nacional foi uma rádio do regime, mais papista que o Papa (como se costuma dizer), que fazia a propaganda dos setores mais retrógrados da sociedade portuguesa e que impunha um silêncio absoluto sobre tudo o que pudesse "cheirar" a abertura política, por mais vaga que esta fosse. Não foi por acaso que o lançamento da Revolução dos Cravos não passou minimamente pela EN, mas sim pela Rádio Renascença e pelos Emissores Associados de Lisboa. A Emissora Nacional era uma espécie de Pravda salazarista.

Tive a oportunidade (por força do cumprimento do serviço militar obrigatório) de comparar os programas da Emissora Nacional com os da Emissora Oficial de Angola. Esta última, embora também fosse uma rádio do regime, era infinitamente mais aberta do que a EN. Que o diga, por exemplo, o apresentador António Macedo (esse mesmo, o da Antena 1), que na EOA se fartava de passar canções do Zeca Afonso, enquanto que na Emissora Nacional a própria menção do nome do cantor era proíbida.

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