«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Para os «anais das trafulhices»

A legislação portuguesa que regulamenta a radiodifusão esteve sempre desajustada da realidade nacional. As sucessivas alterações da Lei da Rádio confirmam isso mesmo, mas, no fundo, nada se altera. O curioso é que a Lei parece não ser para todos e vai sendo modificada ao sabor dos interesses dos poderosos grupos de media. Já se sabe que a Lei é com uma teia de aranha, os insectos pequenos ficam presos nela, mas os grandes atravessam-na sem dificuldade.

A propósito de uma das últimas decisões da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), Emídio Rangel, no jornal “Correio da Manhã”, relembra um episódio passado em 1986, numa altura em que existiam centenas de estações locais de radiodifusão ilegais, mas que procuravam uma forma de se legalizarem, tendo o governo de então concedido à Rádio Renascença várias licenças de Frequência Modulada, sem concurso.

5 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei sem perceber qual é a "última decisão da ERC"...

Anónimo disse...

Não é só o silêncio da Igreja que se compra. O poder político tenta sempre comprar o silêncio de qualquer poder, realmente poderoso, designadamente o poder económico. Neste âmbito, Emídio Rangel esquece-se de referir as facilidades que, ao longo do tempo, foram concedidas à Media Capital para o alargamento da sua rede de emissores, contornando a lei. Porque será?

Anónimo disse...

ah, descobri

http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=277086&idselect=93&idCanal=93&p=200

é claro que cada um fala do que interesse. e também é bom porque assim vamos descobrindo as carecas de uns e outros. ou é mau porque percebemos o lixado que andamos a ser...

Jorge Guimarães Silva disse...

A ligação para a decisão já está activa (por lapso não foi colocada).

Anónimo disse...

São os politicos que temos e o povo vota neles, pois claro... ou talvez não, isto pelo numero de abstenções.