É o último texto deste ano. Um excelente 2006 para todos.
Eu volto para o ano.
«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
sábado, 31 de dezembro de 2005
10 programas de rádio da década de oitenta
Respondendo ao desafio proposto pelo Tarzan Boy no texto anterior, escolhi dez programas de rádio que marcaram os anos oitenta do século passado. A escolha é subjectiva, mas estes espaços radiofónicos marcaram a história da rádio portuguesa da década de 1980.
Discoteca - Apresentado por Adelino Gonçalves na RDP - Rádio Comercial. O programa teve início no verão de 1981. Começou por ir para o ar aos fins de semana entre as 14h e as 18h, depois passou a ser diário entre as 13h e as 15h.
Dois CDs recordam a música do programa: “Discoteca” e “Discoteca Pop”. O sítio “Discoteca” faz uma homenagem a Adelino Gonçalves.
Passageiro da Noite - Cândido Mota foi o pioneiro dos programas interactivos em Portugal. Os ouvintes podiam ligar para a RDP - Rádio Comercial e entrar em directo no programa, falando do que lhes apetecesse.
Som da Frente - Apresentado por António Sérgio na RDP – Rádio Comercial, o título do programa acabou por definir uma corrente musical independente do início dos anos 80: Joy Division, Lords of the New Church, Pixies, Cocteau Twins, This Mortal Coil, Love & Rockets e muitos outros.
O programa Som da Frente - evolução do Rolls Rock, que António Sérgio apresentava na Rádio Renascença nos anos 70 – estreou-se nas tardes da Rádio Comercial em 1982, sendo transmitido todos os dias entre as 16h as 17h, depois o horário mudou passando o programa a ser emitido entre a 01h e as 03h. O fim veio em 1993.
Duas colectâneas em CD homenageiam o emblemático programa radiofónico de António Sérgio.
Rock em Stock - Começou em 1979 na RDP - Rádio Comercial. Luís Filipe Barros conduzia a emissão das 17h às18h, mais tarde mudaria para o horário 00h - 01h. Também este programa tem um CD de homenagem.
Íntima Fracção - Francisco Amaral começou o programa em 1984, na RDP – Antena 1, e desde aí que tem "pouco para dizer, muito para ouvir, tudo para sentir". Entre 1989 e 2003, o Íntima Fracção escutou-se na TSF, hoje é um programa da RUC e um blogue.
TNT – Todos No Top - inicialmente apresentado por Jorge Pêgo e por Adelino Gonçalves, teve início em Fevereiro de 1981 na Onda Média da RDP - Rádio Comercial, sendo emitido de segunda a sexta entre as 17 e as 18 horas. Mais tarde passou a ser transmitido na Frequência Modulada da RDP – Rádio Comercial
O programa foi co-apresentado por nomes como Manuela Moura Guedes, Pedro Costa e Luís Montez.
Cor do Som - Aos Sábados à tarde na Frequência Modulada da Rádio Renascença. Apresentação e realização de Rui Pego.
As Noites Longas do FM Estéreo - António Santos e João Viegas apresentavam "histórias com disco ao meio" aos domingos das 21h às 24h na RDP – Rádio Comercial. As crónicas bizarras deram um livro: «Ela olhou-me com os olhos húmidos das ocasiões especiais. Fiz-lhe uma festa no pescoço e sentia arrepiar-se toda. Afastou-se um pouco de mim e pude observar as ancas esguias e as longas pernas que sempre me fascinavam. Voltou-se de novo e molhou os lábios, com a língua, provocante.
...deixei as gazelas e dirigi-me à jaula dos ursos.»
Oceano Pacífico – Começou na Rádio Renascença em 1984, e transitou para a RFM. Apresentado por João Chaves, o Oceano Pacífico já leva mais de vinte anos de emissões.
Pão Com Manteiga - Bernardo Brito e Cunha, Carlos Cruz, Eduarda Ferreira, José Duarte, Mário Zambujal e Orlando Neves eram as vozes do Pão Com Manteiga, um programa que foi para o ar em 1981, na RDP – Rádio Comercial. O non sense era o prato forte do programa: «A carne é fraca, mas o molho é uma maravilha»; «As orações subordinadas devem ser lidas de joelhos»; «Nem todos os pontos são cardeais, alguns são cómicos»; «Peta era antigamente. Hoje é mentira. Qualquer dia é verdade»; «Quando a família real joga às cartas todos estão proibidos de dizer só me saem duques».
Estes e outros escritos do género encheram dois livros.
Discoteca - Apresentado por Adelino Gonçalves na RDP - Rádio Comercial. O programa teve início no verão de 1981. Começou por ir para o ar aos fins de semana entre as 14h e as 18h, depois passou a ser diário entre as 13h e as 15h.
Dois CDs recordam a música do programa: “Discoteca” e “Discoteca Pop”. O sítio “Discoteca” faz uma homenagem a Adelino Gonçalves.
Passageiro da Noite - Cândido Mota foi o pioneiro dos programas interactivos em Portugal. Os ouvintes podiam ligar para a RDP - Rádio Comercial e entrar em directo no programa, falando do que lhes apetecesse.
Som da Frente - Apresentado por António Sérgio na RDP – Rádio Comercial, o título do programa acabou por definir uma corrente musical independente do início dos anos 80: Joy Division, Lords of the New Church, Pixies, Cocteau Twins, This Mortal Coil, Love & Rockets e muitos outros.
O programa Som da Frente - evolução do Rolls Rock, que António Sérgio apresentava na Rádio Renascença nos anos 70 – estreou-se nas tardes da Rádio Comercial em 1982, sendo transmitido todos os dias entre as 16h as 17h, depois o horário mudou passando o programa a ser emitido entre a 01h e as 03h. O fim veio em 1993.
Duas colectâneas em CD homenageiam o emblemático programa radiofónico de António Sérgio.
Rock em Stock - Começou em 1979 na RDP - Rádio Comercial. Luís Filipe Barros conduzia a emissão das 17h às18h, mais tarde mudaria para o horário 00h - 01h. Também este programa tem um CD de homenagem.
Íntima Fracção - Francisco Amaral começou o programa em 1984, na RDP – Antena 1, e desde aí que tem "pouco para dizer, muito para ouvir, tudo para sentir". Entre 1989 e 2003, o Íntima Fracção escutou-se na TSF, hoje é um programa da RUC e um blogue.
TNT – Todos No Top - inicialmente apresentado por Jorge Pêgo e por Adelino Gonçalves, teve início em Fevereiro de 1981 na Onda Média da RDP - Rádio Comercial, sendo emitido de segunda a sexta entre as 17 e as 18 horas. Mais tarde passou a ser transmitido na Frequência Modulada da RDP – Rádio Comercial
O programa foi co-apresentado por nomes como Manuela Moura Guedes, Pedro Costa e Luís Montez.
Cor do Som - Aos Sábados à tarde na Frequência Modulada da Rádio Renascença. Apresentação e realização de Rui Pego.
As Noites Longas do FM Estéreo - António Santos e João Viegas apresentavam "histórias com disco ao meio" aos domingos das 21h às 24h na RDP – Rádio Comercial. As crónicas bizarras deram um livro: «Ela olhou-me com os olhos húmidos das ocasiões especiais. Fiz-lhe uma festa no pescoço e sentia arrepiar-se toda. Afastou-se um pouco de mim e pude observar as ancas esguias e as longas pernas que sempre me fascinavam. Voltou-se de novo e molhou os lábios, com a língua, provocante.
...deixei as gazelas e dirigi-me à jaula dos ursos.»
Oceano Pacífico – Começou na Rádio Renascença em 1984, e transitou para a RFM. Apresentado por João Chaves, o Oceano Pacífico já leva mais de vinte anos de emissões.
Pão Com Manteiga - Bernardo Brito e Cunha, Carlos Cruz, Eduarda Ferreira, José Duarte, Mário Zambujal e Orlando Neves eram as vozes do Pão Com Manteiga, um programa que foi para o ar em 1981, na RDP – Rádio Comercial. O non sense era o prato forte do programa: «A carne é fraca, mas o molho é uma maravilha»; «As orações subordinadas devem ser lidas de joelhos»; «Nem todos os pontos são cardeais, alguns são cómicos»; «Peta era antigamente. Hoje é mentira. Qualquer dia é verdade»; «Quando a família real joga às cartas todos estão proibidos de dizer só me saem duques».
Estes e outros escritos do género encheram dois livros.
Act (14h00) - A ordem é arbitrária e, se calhar, havia mais uns vinte ou trinta bons programas dos anos oitenta que eu poderia ter focado. O blogue NetFM fala de mais alguns.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
Os anos 80 na "Sábado"
«Lembram-se dos anos 80?» O título destaca-se na revista "Sábado" e o artigo ocupa várias páginas, dedicadas a uma época que viu nascer o CD e florescer as rádios piratas em Portugal. há também uma referência o blogue “Queridos Anos 80”.
Curiosamente, nem uma linha sobre a rádio portuguesa dessa década. Não sei se concordam comigo, mas acho que Portugal nunca teve tanta e tão boa rádio como naquela década.
Curiosamente, nem uma linha sobre a rádio portuguesa dessa década. Não sei se concordam comigo, mas acho que Portugal nunca teve tanta e tão boa rádio como naquela década.
Rádio Radar no Porto
É um pedido de um leitor do blogue “Sound + Vision”, de Nuno Galopim, e que me chegou ao conhecimento via e-mail: «quando é que alguém terá a ideia luminosa de passar a emitir a Radar no Porto?(…) Desde que a XFM e depois a Voxx deixaram de existir o deserto no panorama radiofónico na segunda cidade deste país tornou-se eternamente presente.É deveras deprimente não se poder ouvir um programa de rádio com a mínima qualidade, através do qual se possa escutar novas sonoridades, se possam ouvir bons debates sobre música ou qualquer outra coisa. Obviamente existem algumas raras excepções como são exemplo "A hora do lobo" ou o "Coyote" mas fora isso nada resta».
Claro que não terá de ser a Radar obrigatoriamente, mas uma emissora com a mesma qualidade.
Claro que não terá de ser a Radar obrigatoriamente, mas uma emissora com a mesma qualidade.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2005
Sobre o programa "Clube de Jornalistas" de ontem
Chamo a atenção para a análise que Rogério Santos faz no blogue Indústrias Culturais do programa "Clube de Jornalistas", que foi para o ar ontem na 2:, e cujo tema foi a interactividade na rádio.
Act. 12h30 - Também Manuel Pinto, do blogue Jornalismo e Comunicação, escreveu sobre o programa "Clube de Jornalistas".
Act. 12h30 - Também Manuel Pinto, do blogue Jornalismo e Comunicação, escreveu sobre o programa "Clube de Jornalistas".
A escuta radiofónica por regiões
Segundo o estudo “Geografia da Rádio”, da Markest, é no Grande Porto que se ouve mais rádio. Nesta região, durante o primeiro semestre de 2005, a Audiência Acumulada de Véspera (AAV) foi de 66,2%. Segue-se o Litoral Norte com 65,5% de AAV, o Interior Norte e a Grande Lisboa com 58,5% de AAV e a Região Sul com 53,9% de AAV.
Os blogues Jornalismo e Comunicação, Rádio e Jornalismo e NetFM também já fizeram referência ao assunto.
Os blogues Jornalismo e Comunicação, Rádio e Jornalismo e NetFM também já fizeram referência ao assunto.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
Um blogue sobre Rádio e Jornalismo
Desde o dia 3 de Dezembro que está online o blogue "Rádio e Jornalismo" da autoria de Luís Bonixe.
Embora com atraso, saúdo o novo blogue e o seu autor.
A Rádio e os Blogues na Comercial
«O meu blog dava um programa de rádio» é um novo espaço da Rádio Comercial que irá para o ar aos fins-de-semana. O que a Comercial propõe é «transformar o seu blog numa hora de rádio. Nós pegamos nas suas palavras e juntamos a música, dando uma vida nova ao seu refugio na Internet».
Além de um link para o blogue durante uma semana no sítio da Comercial, o blogueiro ainda fica com uma gravação do programa para mais tarde recordar. Além disto, o blogue ainda fica habilitado ao prémio de “Melhor Blogue do Ano”
Não sei se este programa já tem “dedo” do Pedro Ribeiro – o novo director da Rádio Comercial – mas é uma boa ideia.
P.S. – Sei que há muitos blogues excelentes por aí, mas há dois que eu acho que davam grandes programas de rádio o «Queridos anos oitenta» e o «Rock em Portugal». Aceitam-se mais sugestões.
Além de um link para o blogue durante uma semana no sítio da Comercial, o blogueiro ainda fica com uma gravação do programa para mais tarde recordar. Além disto, o blogue ainda fica habilitado ao prémio de “Melhor Blogue do Ano”
Não sei se este programa já tem “dedo” do Pedro Ribeiro – o novo director da Rádio Comercial – mas é uma boa ideia.
P.S. – Sei que há muitos blogues excelentes por aí, mas há dois que eu acho que davam grandes programas de rádio o «Queridos anos oitenta» e o «Rock em Portugal». Aceitam-se mais sugestões.
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
Amanhã no Clube de Jornalistas: “O poder dos ouvintes nos programas de rádio”
É a primeira vez que o Clube de Jornalistas dedica um programa à rádio. O assunto gira em torno da interactividade ouvinte/estação emissora.
«Nunca houve, como agora, tantos programas nas principais rádios a pedir a opinião dos ouvintes. Só na TSF, Antena 1 e Renascença são quase dez horas diárias. Demasiado, se afinal esses ouvintes não têm nada para dizer, ou pouco, quando comparado com o que se passa noutros países? Este é apenas um dos pontos de partida do próximo Clube de Jornalistas, que discute o poder dos ouvintes nos programas de rádio.
E a tão falada interactividade, sempre existe na realidade ou é apenas aparente? Para ajudar a responder a estas – e outras perguntas – estarão em estúdio Manuel Acácio, editor do Fórum TSF, Cândido Mota, pioneiro dos programas com ouvintes (realizou O Passageiro da Noite, no início da década de 80) e Maria João Taborda, investigadora, ligada ao Obercom, com pesquisa nesta área.
O programa é emitido no dia 28 de Dezembro, quarta-feira, pelas 23 e 30, na RTP 2.
Além dos convidados em estúdio, destaque ainda para dois depoimentos de Francisco Sena Santos, criador do Fórum TSF (nos moldes actuais) e da Antena Aberta, da Antena 1. Dois dos ouvintes/participantes desses programas explicam também as suas motivações.»
O programa “Clube de Jornalistas”, além da transmissão de amanhã no canal "A dois:", terá repetição na quinta -feira 15 e 30.
«Nunca houve, como agora, tantos programas nas principais rádios a pedir a opinião dos ouvintes. Só na TSF, Antena 1 e Renascença são quase dez horas diárias. Demasiado, se afinal esses ouvintes não têm nada para dizer, ou pouco, quando comparado com o que se passa noutros países? Este é apenas um dos pontos de partida do próximo Clube de Jornalistas, que discute o poder dos ouvintes nos programas de rádio.
E a tão falada interactividade, sempre existe na realidade ou é apenas aparente? Para ajudar a responder a estas – e outras perguntas – estarão em estúdio Manuel Acácio, editor do Fórum TSF, Cândido Mota, pioneiro dos programas com ouvintes (realizou O Passageiro da Noite, no início da década de 80) e Maria João Taborda, investigadora, ligada ao Obercom, com pesquisa nesta área.
O programa é emitido no dia 28 de Dezembro, quarta-feira, pelas 23 e 30, na RTP 2.
Além dos convidados em estúdio, destaque ainda para dois depoimentos de Francisco Sena Santos, criador do Fórum TSF (nos moldes actuais) e da Antena Aberta, da Antena 1. Dois dos ouvintes/participantes desses programas explicam também as suas motivações.»
O programa “Clube de Jornalistas”, além da transmissão de amanhã no canal "A dois:", terá repetição na quinta -feira 15 e 30.
Publicidade radiofónica em decréscimo
Sendo a rádio um meio que vive exclusivamente de publicidade, o decréscimo do investimento por parte dos anunciantes é preocupante. Segundo dados divulgados pela Marktest, o investimento publicitário cresceu em todos os meios menos na rádio.
O outdoor ultrapassou a rádio em volume de investimento de anunciantes: foi o terceiro meio de comunicação com mais receita publicitária, com 226 milhões de euros, ou seja, 6,8% do total investido em onze meses.
O outdoor ultrapassou a rádio em volume de investimento de anunciantes: foi o terceiro meio de comunicação com mais receita publicitária, com 226 milhões de euros, ou seja, 6,8% do total investido em onze meses.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2005
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Grupo Renascença comprou a Rádio Ocidente
É mais uma rádio local a integrar um grande grupo de comunicação: a Rádio Ocidente, com sede em Mem Martins, vai ser adquirida pelo grupo Renascença que já detém a RR, a RFM e a Mega FM.
O mais positivo nesta transacção é que os trabalhadores da Rádio Ocidente vão manter o seu posto de trabalho.
O mais positivo nesta transacção é que os trabalhadores da Rádio Ocidente vão manter o seu posto de trabalho.
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
MCR renova-se
Pedro Tojal e a Media Capital Rádios (MCR) rescindiram por mútuo acordo o contrato que os ligava. Pedro Tojal não será substituido no cargo e terminará as suas funções de director-geralno final do ano.
A MCR está apostada em renovar as estruturas, já que Juan Luis Cebrían, presidente da Prisa, queria mexer no meio rádio da Media Capital. Será agora que vamos assistir a uma inversão total da orientação que as emissoras da MCR têm? Basta escutar as emissoras da Prisa para se constatar a diferença entre as rádios portuguesas e as espanholas.
A MCR está apostada em renovar as estruturas, já que Juan Luis Cebrían, presidente da Prisa, queria mexer no meio rádio da Media Capital. Será agora que vamos assistir a uma inversão total da orientação que as emissoras da MCR têm? Basta escutar as emissoras da Prisa para se constatar a diferença entre as rádios portuguesas e as espanholas.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
Suécia diz não ao DAB *
O governo sueco anunciou que não aderirá ao Digital Audio Broadcasting (DAB), já que mesmo após dez anos de experiências com a radiodifusão digital não se consegue perceber quais são os verdadeiros beneficios do DAB em relação à FM.
Há dois anos a Finlândia tinha chegado a uma conclusão idêntica.
* Via Ponto Media
Há dois anos a Finlândia tinha chegado a uma conclusão idêntica.
* Via Ponto Media
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Livros sobre rádio no Google Book Search
Após uma leitura sobre o Google Book Search, resolvi pesquisar a literatura que o serviço apresentava sobre a rádio. A procura devolveu 218 livros, a esmagadora maioria em inglês. Em português nem um. A procura por “radiodifusão” devolve nove títulos. Apenas um está escrito em português.
domingo, 11 de dezembro de 2005
Curso de Locução e Realização de Programas de Rádio
Esta segunda, dia 12 de Dezembro, a Rádio Universidade de Coimbra abre as inscrições para o Curso de Programação 2006 - um curso dedicado à locução e realização de programas de rádio com vista à entrada de novas pessoas com novas propostas de programas para a futura grelha da RUC.
As inscrições decorrem até 30 de Dezembro, devendo ser efectuadas na secretaria da Rádio Universidade de Coimbra, no 3º piso do edifício da Associação Académica de Coimbra, junto à Praça da República. A secretaria está aberta de 2ª a 6ª no horário 10-13h e 17-19h, ou pelo telefone 239 410 410.
As inscrições decorrem até 30 de Dezembro, devendo ser efectuadas na secretaria da Rádio Universidade de Coimbra, no 3º piso do edifício da Associação Académica de Coimbra, junto à Praça da República. A secretaria está aberta de 2ª a 6ª no horário 10-13h e 17-19h, ou pelo telefone 239 410 410.
Programa "Viva a música" comemora dez anos
O programa “Viva a Música”, transmitido pela Antena 1, está a comemorar o seu décimo aniversário. Nasceu em 1996, para refrescar a grelha de Natal «transformando as tardes da Antena 1 numa espécie de festival de música em português».
Em 1993, Armando Carvalheda idealizou um programa de rádio que consistia em levar ao auditório da RDP grupos de música portuguesa e com eles fazer um programa ao vivo. A ideia concretizou-se em 1996, e já leva quase 500 emissões dedicadas a cerca de 200 convidados.
O programa vai para o ar todas as quintas-feiras, após o noticiário das 16.00, desde o auditório da RDP, em Lisboa, onde a entrada é livre. Na plateia são quase duzentos ouvintes que assistem ao vivo ao único programa da rádio portuguesa transmitido nestes moldes.
Na entrevista concedida ao “Diário de Notícias”, Armando Carvalheda - entre outras críticas à forma como a rádio portuguesa se faz hoje em dia - afirmou que «o bom profissional de rádio hoje já não é o autor, é o que é ágil de mãos para pôr o que lhe mandam pôr no momento certo. Os outros em que me incluo, daqui por dez anos são pré-história». Eu, sinceramente, espero que não.
Em 1993, Armando Carvalheda idealizou um programa de rádio que consistia em levar ao auditório da RDP grupos de música portuguesa e com eles fazer um programa ao vivo. A ideia concretizou-se em 1996, e já leva quase 500 emissões dedicadas a cerca de 200 convidados.
O programa vai para o ar todas as quintas-feiras, após o noticiário das 16.00, desde o auditório da RDP, em Lisboa, onde a entrada é livre. Na plateia são quase duzentos ouvintes que assistem ao vivo ao único programa da rádio portuguesa transmitido nestes moldes.
Na entrevista concedida ao “Diário de Notícias”, Armando Carvalheda - entre outras críticas à forma como a rádio portuguesa se faz hoje em dia - afirmou que «o bom profissional de rádio hoje já não é o autor, é o que é ágil de mãos para pôr o que lhe mandam pôr no momento certo. Os outros em que me incluo, daqui por dez anos são pré-história». Eu, sinceramente, espero que não.
sábado, 10 de dezembro de 2005
Media Capital pode criar no Cotonete a “Rádio Mundial”
A dificuldade de criar emissoras radiofónicas hertzianas em Portugal é ultrapassada com a facilidade de criar emissoras online. A Media Capital é um exemplo disso. Depois da criação das emissoras dos candidatos presidenciais e da rádio presidenciais – que vai manter-se até às eleições – o Cotonete irá manter a aposta em rádios de curta duração e uma delas poderá ser uma que faça a cobertura do Mundial de 2006.
Carlos Marques, director geral de multimédia da Media Capital, diz que «Todos os eventos com relevância podem ser cobertos da mesma forma».
Carlos Marques, director geral de multimédia da Media Capital, diz que «Todos os eventos com relevância podem ser cobertos da mesma forma».
RDP vai transmitir os jogos de Portugal, Alemanha e Brasil
Segundo o jornal “Correio da Manhã”, a RDP pagou 100 mil euros para assegurar os direitos de transmissão dos jogos de Portugal, Brasil e Angola durante a realização do Campeonato do Mundo de 2006, a realizar na Alemanha.
Rui Pêgo, director de programas da RDP, em declarações ao “Diário de Notícias”, acrescentou que «para além da transmissão dos jogos disputados pelas três selecções, a RDP assegurou ainda o acesso dos repórteres à zona mista, aos treinos e às conferências de imprensa».
A TSF e a Rádio Renascença continuam em negociações com a Infront – a empresa suíça detentora dos direitos de transmissão - para também adquirirem os direitos de trasmissão radiofónica dos jogos da selecção portuguesa.
Rui Pêgo, director de programas da RDP, em declarações ao “Diário de Notícias”, acrescentou que «para além da transmissão dos jogos disputados pelas três selecções, a RDP assegurou ainda o acesso dos repórteres à zona mista, aos treinos e às conferências de imprensa».
A TSF e a Rádio Renascença continuam em negociações com a Infront – a empresa suíça detentora dos direitos de transmissão - para também adquirirem os direitos de trasmissão radiofónica dos jogos da selecção portuguesa.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
RDP já comprou direitos de transmissão para o Mundial de 2006
A RDP adquiriu os direitos de transmissão dos jogos que a selecção portuguesa irá efectuar no Campeonato do Mundo de futebol, que será realizado na Alemanha em 2006.
Não se sabe os valores envolvidos, mas a Infront – empresa suíça detentora dos direitos – pedia a cada emissora portuguesa 150 mil euros.
Não se sabe os valores envolvidos, mas a Infront – empresa suíça detentora dos direitos – pedia a cada emissora portuguesa 150 mil euros.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2005
Um projecto pioneiro do Cotonete
O Cotonete – portal de rádios online - criou seis webradios para serem usadas pelas candidaturas de Manuel Alegre, Garcia Pereira, Jerónimo de Sousa, Cavaco Silva, Francisco Louçã e Mário Soares. No portal Cotonete está disponível a "Rádio Presidenciais" - uma estação generalista com conteúdos sobre a campanha presidencial, música, fóruns, comentários e notícias actualizadas a cada 20 minutos.
Fica aqui uma pergunta: se para os candidatos Cavaco Silva e Mário Soares a rádio hertziana – que é escutada por 60% dos portugueses – não serve para passar as suas mensagens, uma webradio – que é escutada por um publico muito reduzido – já serve?
Fica aqui uma pergunta: se para os candidatos Cavaco Silva e Mário Soares a rádio hertziana – que é escutada por 60% dos portugueses – não serve para passar as suas mensagens, uma webradio – que é escutada por um publico muito reduzido – já serve?
Soares e Cavaco recusam debates na rádio
Cavaco Silva e Mário Soares, candidatos a presidente da República não responderam aos convites que lhes foram dirigidos pela Antena 1, RR e TSF.
Será que estes dois candidatos sabem que 60% dos portugueses escutam rádio?
Será que estes dois candidatos sabem que 60% dos portugueses escutam rádio?
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
Conferência “Forças e Fraquezas das Rádios de Proximidade”
A Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) vai realizar a conferência “Forças e Fraquezas das Rádios de Proximidade”, que terá lugar dia 15 de Dezembro, às 14h30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras.
Esta Conferência irá ter como convidados José Faustino, Presidente da Direcção da APR; Justino Engana, da Rádio Voz da Planície, de Beja; Feliz Pereira, da Digital FM, de Vila Nova de Famalicão e Joaquim Ribeiro, da Rádio Cova da Beira, do Fundão.
«Um dos objectivos principais desta Conferência é procurar identificar e caracterizar os aspectos e as particularidades que constituem as Forças e as Fraquezas das rádios de proximidade, permitindo desta forma potenciar uns e minimizar os outros.Este encontro irá ainda procurar definir formas de orientação dos operadores e caminhos a seguir no futuro, dotando as rádios de mais uma importante e valiosa ferramenta de trabalho».
Esta Conferência irá ter como convidados José Faustino, Presidente da Direcção da APR; Justino Engana, da Rádio Voz da Planície, de Beja; Feliz Pereira, da Digital FM, de Vila Nova de Famalicão e Joaquim Ribeiro, da Rádio Cova da Beira, do Fundão.
«Um dos objectivos principais desta Conferência é procurar identificar e caracterizar os aspectos e as particularidades que constituem as Forças e as Fraquezas das rádios de proximidade, permitindo desta forma potenciar uns e minimizar os outros.Este encontro irá ainda procurar definir formas de orientação dos operadores e caminhos a seguir no futuro, dotando as rádios de mais uma importante e valiosa ferramenta de trabalho».
domingo, 4 de dezembro de 2005
A quem interessar
O dia de hoje foi dedicado à actualização da minha página da História da Rádio em Portugal. Mais actualizações em breve.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
“Queridos anos oitenta” a programa de rádio
É uma ideia do meu colega Francisco Mateus, mas eu apoio: o blogue “Queridos anos oitenta” dava um grande programa de rádio. Não é só a música, mas principalmente o que se passa (passou) à volta dela.
Uma aplicação chamada Radio.blog
O Radio.blog é uma aplicação para blogues que permite que os visitantes possam escutar algumas músicas mediante uma play list criada pelo autor do blogue. Um exemplo do Radio.blog pode ser visto no “Queridos anos oitenta” (penso que é pioneiro na blogosfera portuguesa).
A aplicação está disponível no sítio Radio Blog Club, onde pode ser feita a descarga do ficheiro, depois é só aplicá-lo no blogue e escolher as músicas que quer que os seus visitantes escutem.
A aplicação está disponível no sítio Radio Blog Club, onde pode ser feita a descarga do ficheiro, depois é só aplicá-lo no blogue e escolher as músicas que quer que os seus visitantes escutem.
terça-feira, 29 de novembro de 2005
Hoje, em Coimbra, vai-se falar da rádio dos anos 60
Li no jornal "Público" de hoje (não está online): «O papel da rádio no combate politico dos anos 60 é o tema de mais uma sessão da Terça-feira Minerva, a realizar na Livraria Minerva, em Coimbra, às 21h30. está prevista a participação de Isabel Nobre Vargues, Sansão Coelho, Braga da Cruz, Sílvio Santos e António Bondoso».
domingo, 27 de novembro de 2005
Programas de rádio na televisão
O programa “1001 escolhas”, da RDP – Antena 1, passa também, a partir de hoje, a ser transmitido pela RTPN. Este programa, que vai para o ar todos os domingos às 23h, é apresentado por Madalena Balça e pretende desvendar o lado menos conhecido das personalidades da vida nacional.
Ao longo dos tempos a televisão tem vindo buscar à rádio profissionais e programas, mas nem sempre o sucesso é o desejado, porque um programa formatado para rádio terá de ser sofrer alterações e ser adaptadoao formato televisivo, mas isto nem sempre acontece, indo para o ar programas sem nenhuma alteração.
Ao longo dos tempos a televisão tem vindo buscar à rádio profissionais e programas, mas nem sempre o sucesso é o desejado, porque um programa formatado para rádio terá de ser sofrer alterações e ser adaptadoao formato televisivo, mas isto nem sempre acontece, indo para o ar programas sem nenhuma alteração.
sábado, 26 de novembro de 2005
RTL e Prisa querem o controlo da Media Capital
A Media Capital (MC) está cada vez menos nacional, já que os alemães da RTL aumentaram a sua participação na MC para 32,2%, ao adquirir os 12% da MC detidos pela norte-americana Fidelity Investments. Com esta aquisição a RTL fica apenas com menos 0,8% que a espanhola Prisa. Pais do Amaral actualmente apenas detém 13% da MC.
Perpectivam-se mais desenvolvimentos na "luta" pelo controlo da Media Capital. Falta saber que efeitos isso terá na orientação das emissoras radiofónicas do grupo.
Perpectivam-se mais desenvolvimentos na "luta" pelo controlo da Media Capital. Falta saber que efeitos isso terá na orientação das emissoras radiofónicas do grupo.
terça-feira, 22 de novembro de 2005
As movimentações na MCR
A Media Capital Rádios (MCR) tem vindo a alterar o conteúdo das suas estações: o RCP reforçou a informação e o espaço de opinião, a Rádio Comercial também alterou alguns programas (principalmente o da manhã) e agora é a vez da Cidade FM, que passou a ter um director de programas a tempo inteiro. Nuno Gonçalves foi o nome escolhido para dirigir em exclusivo a estação mais jovem do grupo MCR.
A Cidade FM também vai passar a ter uma rubrica chamada "Leilão Reality Show", este dura duas semanas e decorre diariamente no site da Cidade FM. Pedro Marques, que apresenta o programa matinal da Cidade FM juntamente com Joana Azevedo, estará todos os dias, durante uma hora, à disposição dos ouvintes que pagarem mais. O vencedor fica com o animador como "escravo". O lado mais positivo é o facto de os lucros do leilão revertem a favor da Crinabel - uma instituição de solidariedade social, que apoia jovens com dificuldades de desenvolvimento intelectual e necessidades educativas especiais.
Diz Pedro Marques que «Pela causa da Crinabel estou disposto a dar banho a rotweilers». Eu também estava... se eles fossem pequeninos!
A Cidade FM também vai passar a ter uma rubrica chamada "Leilão Reality Show", este dura duas semanas e decorre diariamente no site da Cidade FM. Pedro Marques, que apresenta o programa matinal da Cidade FM juntamente com Joana Azevedo, estará todos os dias, durante uma hora, à disposição dos ouvintes que pagarem mais. O vencedor fica com o animador como "escravo". O lado mais positivo é o facto de os lucros do leilão revertem a favor da Crinabel - uma instituição de solidariedade social, que apoia jovens com dificuldades de desenvolvimento intelectual e necessidades educativas especiais.
Diz Pedro Marques que «Pela causa da Crinabel estou disposto a dar banho a rotweilers». Eu também estava... se eles fossem pequeninos!
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Mundial 2006: 150 mil euros pelos jogos de Portugal
As emissoras que queiram transmitir os relatos dos jogos de Portugal no próximo campeonato do mundo na Alemanha terão de desembolsar € 150 000. As estações portuguesas interessadas (TSF, RR e RDP) esperam que a Infront - a empresa detentora dos direitos - acabe por descer os preços, pois 150 mil euros é um montante elevado, mas principalmente para a TSF e para a RR - que são privadas - e que vivem exclusivamente de publicidade. E, acrescidos aos direitos, há os custos de toda a logística inerente a uma operação como a transmissão de relatos de um mundial de futebol.
A RDP, além dos jogos de Portugal, também quer transmitir os jogos do Brasil e de Angola, pelo que estarão envolvidas a Antena 1 e a RDP África, pelo menos. Ou seja, a despesa aqui é multiplicada por três (ou seis se a Antena 1 e a RDP África tiverem de pagar direitos separados). Vê-se que nesta estação dinheiro não é problema (já está pago por todos nós).
Já agora, pior que as rádios portuguesas estão as espanholas: A Infront quer 600 mil euros de cada canal, mas os espanhóis também são quatro vezes mais (e ganham mais, e têm um nivel de vida melhor, etc., etc., etc.).
A RDP, além dos jogos de Portugal, também quer transmitir os jogos do Brasil e de Angola, pelo que estarão envolvidas a Antena 1 e a RDP África, pelo menos. Ou seja, a despesa aqui é multiplicada por três (ou seis se a Antena 1 e a RDP África tiverem de pagar direitos separados). Vê-se que nesta estação dinheiro não é problema (já está pago por todos nós).
Já agora, pior que as rádios portuguesas estão as espanholas: A Infront quer 600 mil euros de cada canal, mas os espanhóis também são quatro vezes mais (e ganham mais, e têm um nivel de vida melhor, etc., etc., etc.).
sexta-feira, 18 de novembro de 2005
NO DN: Entrevista a Sarsfield Cabral
O DN continua a entrevistar responsáveis da rádio portuguesa. Hoje foi a vez do director de informação da Rádio Renascença, Francisco Sarsfield Cabral.
Um novo blogue sobre rádio
A rádio portuguesa não se faz só em Lisboa, portanto saúdo o blogue A Rádio em Elvas, que irá falar sobre a actividade radiofónica naquelas paragens.
Ao seu autor, João Coelho, desejo muitos e bons textos.
Ao seu autor, João Coelho, desejo muitos e bons textos.
quinta-feira, 17 de novembro de 2005
Microcasting*
Antena 1 tem nova grelha de programas
A Antena 1 apresentou a sua nova grelha de programas. Com ela retornam às lides radiofónicas vozes que marcaram uma época na rádio portuguesa: Júlio Isidro, Jaime Fernandes e José Ramos. Estes são alguns dos nomes que se juntam a José Nuno Martins e a Luís Filipe Barros, que também voltaram a animar o éter nacional.
Rui Pêgo considera que com a nova grelha, que arranca definitivamente dia 21, os "programas de autor saem reforçados" e que existirá "uma maior interactividade e proximidade com os ouvintes". Eu espero que sim, mas vamos ver (ouvir).
Rui Pêgo considera que com a nova grelha, que arranca definitivamente dia 21, os "programas de autor saem reforçados" e que existirá "uma maior interactividade e proximidade com os ouvintes". Eu espero que sim, mas vamos ver (ouvir).
No Blogouve-se
«Se isto é assim, é lamentável!
Nas Cartas ao Director do Público de hoje:"Quando uma das principais estações de rádio passa de forma ostensiva um sonoro e boçal arroto (de Cameron Diaz, apressava-se o locutor a dizer em tom divertido), de que nos vale conversar com os alunos sobre a forma como se devem comportar nas salas de aula (...)?"
PS - será para aumentar as audiências ou é estupidez mesmo?»
Nas Cartas ao Director do Público de hoje:"Quando uma das principais estações de rádio passa de forma ostensiva um sonoro e boçal arroto (de Cameron Diaz, apressava-se o locutor a dizer em tom divertido), de que nos vale conversar com os alunos sobre a forma como se devem comportar nas salas de aula (...)?"
PS - será para aumentar as audiências ou é estupidez mesmo?»
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
A Foxx FM
Tenho escutado, esporadicamente, a "Foxx FM - a nova estação da Media Capital - que, no Porto, ocupa a antiga frequência da Cidade FM (107.2 MHz). Nesta sintonia ouve-se uma mistura de músicas dos anos 70/80/90 do século passado - dentro dos géneros Soul, Funk e Hip-Hop - separadas por slogans da estação.
A Paula Cordeiro já se referiu a esta emissora no seu blogue e estou de acordo com ela: «A rádio “foxx fundo musical” é perfeita para ouvir na sala de espera do médico ou do cabeleireiro, por pessoas com mais de quarenta anos(...)» Ou seja, até agora, a Foxx FM não trouxe nada de novo.
A Paula Cordeiro já se referiu a esta emissora no seu blogue e estou de acordo com ela: «A rádio “foxx fundo musical” é perfeita para ouvir na sala de espera do médico ou do cabeleireiro, por pessoas com mais de quarenta anos(...)» Ou seja, até agora, a Foxx FM não trouxe nada de novo.
No Fórum da Maia
Amanhã, às 10 horas, durante o seminário “Geração W”, Paulo Arbiol - animador da Rádio Nova - falará da rádio que temos e do futuro do meio.
terça-feira, 15 de novembro de 2005
“Impressões da Rádio” no Centro Cultural da Nazaré
De 19 de Novembro a 8 de Janeiro próximo, o Centro Cultural da Nazaré vai expor artigos que fazem parte da colecção do Museu da Rádio, no âmbito da exposição “Impressões da Rádio”. Fotografias, equipamentos de gravação áudio, microfones, receptores e outros aparelhos que fazem parte da história da nossa rádio, vão fazer parte desta exposição.
Estão de parabéns a Câmara Municipal da Nazaré e o Museu da Rádio por esta iniciativa, que deve ser seguida por outras autarquias.
Estão de parabéns a Câmara Municipal da Nazaré e o Museu da Rádio por esta iniciativa, que deve ser seguida por outras autarquias.
domingo, 13 de novembro de 2005
Lembram-se da música do Rui Veloso?
Quase vinte anos depois de Rui Veloso ter gravado "Negro do Rádio de Pilhas" (o tal que curte mais em Onda Média"), ainda há certas partes do mundo em que a rádio é a grande companhia. Embora com sacrifício...
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
No DN: Entrevista ao Director de Informação da RDP
O jornal “Diário de Notícias” continua o ciclo de entrevistas com responsáveis de rádios nacionais. Hoje foi a vez de João Barreiros - director de informação da RDP. Esta é uma daquelas entrevistas que merecem ser lidas.
quarta-feira, 9 de novembro de 2005
Prisa quer uma rádio de informação
A Prisa quer, através da Media Capital Rádios (MCR), criar uma nova rádio de notícias em Portugal. Mas ainda há pouco tempo Pedro Tojal, administrador da MCR, não estava muito receptivo a esta ideia.
segunda-feira, 7 de novembro de 2005
“Pessoal e Transmissível” n.º 500
Alguns programas vão resistindo ao tempo e às alterações das grelhas de programação. O “Pessoal e Transmissível”, da TSF, é um deles, pois chegou hoje à emissão número 500.
Conduzido por Carlos Vaz Marques, o programa é composto por conversas com variadas personalidades, algumas das quais foram passadas a livro.
Online estão os programas emitidos desde 1 de Abril de 2002.
Parabéns ao Carlos Vaz Marques e venham mais 500.
Conduzido por Carlos Vaz Marques, o programa é composto por conversas com variadas personalidades, algumas das quais foram passadas a livro.
Online estão os programas emitidos desde 1 de Abril de 2002.
Parabéns ao Carlos Vaz Marques e venham mais 500.
domingo, 6 de novembro de 2005
Novas leis para os Media
Segundo o ministro Augusto Santos Silva, «Nos primeiros meses do próximo ano, a Assembleia da República poderá discutir uma lei que regule a disposição constitucional que estabelece limites à propriedade dos meios de comunicação social».
Não consegui entender se a nova Lei iria limitar ou liberalizar a concentração dos media, mas uma coisa defendo: cada concelho deste país deve de ter, pelo menos, uma rádio local que trabalhe para a população que serve, executando um serviço radiofónico de proximidade,independentemente do número de rádios nacionais que existam.
Há concelhos em que a única frequência destinada a uma rádio local retransmite a emissão de uma estação sediada em Lisboa. Os 105.80 Mhz de Valongo são um exemplo. Nesta sintonia deveria de se escutar a Rádio Continental, mas o que se ouve é a Best Rock. Um concelho vizinho de Valongo - Gondomar - é um caso ainda pior: tem duas frequências e ambas estão a transmitir estações de Lisboa. Mas há mais exemplos por esse país fora.
Sempre defendi que se existem frequências livres elas devem ser entregues a quem as queira explorar, desde que os interesses das populações locais sejam salvaguardados, tendo de co-existir, com as rádios nacionais, estações de radiodifusão que trabalhem para as localidades em que estão inseridos, fazendo, no fundo, o que se poderia chamar de serviço público local de rádio. Afirma-se que o mercado publicitário está curto, mas eu não ouço anúncios do “café da esquina” nas rádios nacionais. Nem tal faria sentido.
Regulamentar é necessário, mas também é preciso uma fiscalização que faça o seu trabalho como deve de ser, pois mesmo com a actual legislação existem muitos atropelos à Lei.
Não consegui entender se a nova Lei iria limitar ou liberalizar a concentração dos media, mas uma coisa defendo: cada concelho deste país deve de ter, pelo menos, uma rádio local que trabalhe para a população que serve, executando um serviço radiofónico de proximidade,independentemente do número de rádios nacionais que existam.
Há concelhos em que a única frequência destinada a uma rádio local retransmite a emissão de uma estação sediada em Lisboa. Os 105.80 Mhz de Valongo são um exemplo. Nesta sintonia deveria de se escutar a Rádio Continental, mas o que se ouve é a Best Rock. Um concelho vizinho de Valongo - Gondomar - é um caso ainda pior: tem duas frequências e ambas estão a transmitir estações de Lisboa. Mas há mais exemplos por esse país fora.
Sempre defendi que se existem frequências livres elas devem ser entregues a quem as queira explorar, desde que os interesses das populações locais sejam salvaguardados, tendo de co-existir, com as rádios nacionais, estações de radiodifusão que trabalhem para as localidades em que estão inseridos, fazendo, no fundo, o que se poderia chamar de serviço público local de rádio. Afirma-se que o mercado publicitário está curto, mas eu não ouço anúncios do “café da esquina” nas rádios nacionais. Nem tal faria sentido.
Regulamentar é necessário, mas também é preciso uma fiscalização que faça o seu trabalho como deve de ser, pois mesmo com a actual legislação existem muitos atropelos à Lei.
Três anos de “A Minha Rádio”
Há três anos, António Silva criou o sítio “A Minha Rádio”, local onde partilha histórias e recordações de um meio que paixões.
Parabéns António e muito obrigado pelo trabalho realizado.
Parabéns António e muito obrigado pelo trabalho realizado.
sexta-feira, 4 de novembro de 2005
Rádio Renascença na hora de mudança
A RR mudou a sua grelha de programas numa tentativa de recuperar ouvintes. A principal alteração diz respeitos aos relatos desportivos, pois a estação católica passa a transmitir apenas os relatos do Porto, do Sporting e do Benfica, tal como a TSF começou a fazer há uns anos atrás.
Vale a pena ler o texto de João Paulo Meneses, e os comentários, no Blogouve-se, sobre este assunto.
Vale a pena ler o texto de João Paulo Meneses, e os comentários, no Blogouve-se, sobre este assunto.
Rádio Comercial tem novo director
Pedro Ribeiro – até aqui, animador das manhãs da Rádio Clube Português - assume a partir do início da próxima semana o cargo de director de programas da Rádio Comercial. Segundo a "Meios & Publicidade", Pedro Ribeiro assumirá, também, a condução do programa da manhã da Comercial.
Nuno Gonçalves que até acumulava os cargos de director da Rádio Comercial e da Cidade FM, passa a assumir apenas a direcção desta última emissora.
Nuno Gonçalves que até acumulava os cargos de director da Rádio Comercial e da Cidade FM, passa a assumir apenas a direcção desta última emissora.
José Fragoso no DN
O “Diário de Notícias” continua com o ciclo de entrevistas aos responsáveis pelas rádios nacionais. Desta vez foi José Fragoso, director da TSF-Rádio Notícias, o entrevistado.
Nestas entrevistas aos responsáveis pelas emissoras portuguesas, há um ponto comum: ninguém se mostrou favorável às quotas de música portuguesa na rádio.
Nestas entrevistas aos responsáveis pelas emissoras portuguesas, há um ponto comum: ninguém se mostrou favorável às quotas de música portuguesa na rádio.
quarta-feira, 2 de novembro de 2005
Prisma.com: uma nova revista online*
Prisma.com é uma publicação on-line dedicada às ciências da informação e da comunicação. Esta nova revista electrónica é editada pelo Cetac - Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.
Neste primeiro número destaque para o artigo de Xosé Soengas, El discurso radiofónico. Particularidades de la narración sonora.
*Via JornalismoPortoRádio
Neste primeiro número destaque para o artigo de Xosé Soengas, El discurso radiofónico. Particularidades de la narración sonora.
*Via JornalismoPortoRádio
Revista QSP: 25 anos a “falar” de rádio
A QSP – Revista de Rádio e Comunicações faz, com o número 293 (Novembro de 2005), um quarto de século de publicação ininterrupta.
A QSP é a única revista que, embora mais vocacionada para o radioamadorismo, traz todos os meses artigos sobre a história da rádio.
A QSP é a única revista que, embora mais vocacionada para o radioamadorismo, traz todos os meses artigos sobre a história da rádio.
Livro AS VOZES DA RÁDIO, 1924-1939 é apresentado hoje, em Lisboa, por Adelino Gomes
O livro de Rogério Santos, AS VOZES DA RÁDIO, 1924-1939, é apresentado hoje pelo jornalista Adelino Gomes, na Fnac do Chiado, em Lisboa, às 18.30.
Sobre a obra e o autor o “Diário de Notícias” tem dois artigos: 'Vozes' relembram história da rádio e Das primeiras emissões à Segunda Guerra.
Sobre a obra e o autor o “Diário de Notícias” tem dois artigos: 'Vozes' relembram história da rádio e Das primeiras emissões à Segunda Guerra.
Porque a rádio também une os povos e deve ser solidária
Proximidade e mão amiga. "Proximizade", feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que se sabe e ao que se vê. Aqui, já está a acontecer.
HÁ
Pessoas que precisam, invisíveis. E pessoas que têm muito para dar, quando não desperdiçam. Tempo, motivação, consciência. E dinheiro, também.
Entre este binómio, uma via de comunicação. A blogosfera, internet no seu melhor quando o que se escreve e o que se lê tendem a conjugar-se no verbo aproximar.
Dois mundos nos antípodas, um vítima dos excessos e outro à míngua das suas migalhas. Gente com fome, crianças, que sobrevivem apenas para ganharem forças para fugir à miséria. Rumo ao lado de cá, que os recusa.
A caridade já não basta e é necessária intervenção. Amizade em estado puro, reunida por gente que bloga em torno de um objectivo comum: fomentar a generosidade como uma urgência e canalizá-la para as melhores mãos (as mais necessitadas).
Proximidade e mão amiga. Proximizade, feita do entusiasmo voluntário de quem quer ajudar a combater a apatia, a dispersão e a insensibilidade que nos ameaça se continuarmos indiferentes ao que sabe e ao que se vê. E ao que se deixa por sentir.
Nós sentimos assim. E acreditamos numa sociedade que quer sentir da mesma forma e intervir sem demora.
Aqui, já está a acontecer.
terça-feira, 1 de novembro de 2005
Duas memórias da rádio
O blogue Indústrias Culturais traz dois textos que evocam a memória da rádio portuguesa. Um apresenta uma fotografia de uma reportagem feita em 1935, durante a "6.ª Volta a Portugal em Bicicleta". O outro é sobre o receptor adquirido pelo Jornal "O Século", em 1925, e que servia para «a recepção do serviço de imprensa transmitida pelas principais rádios da Europa e da América».
Muito democrático...
Fiquei curioso quando hoje li no "Diário de Notícias" que «Rui Rio só vai conceder entrevistas por escrito». Esta frase leva qualquer um a pensar que a Rádio – que é som – está excluída das conferências de imprensa do presidente da Câmara Municipal do Porto. Os jornais podem publicar a entrevista, a Televisão pode mostrar o papel onde a entrevista foi escrita (que para ser credível terá de ter a assinatura do Dr. Rui Rio), mas a rádio não pode fazer nada disto. Terá de ser um jornalista a ler as declarações do presidente da C.M. do Porto.
Rui Rio afirmou ontem, em conferência de imprensa nos paços do concelho, que «a democracia só é possível com uma informação livre e independente, não vivemos em democracia se houver censura ou se a informação não respeitar o rigor e a verdade», mas acrescentou que só concede «entrevistas por escrito, mediante critérios de oportunidade, com regras previamente definidas (...)».
Sobre o som retiro um excerto do livro Tudo o que se passa na TSF ..."para um livro de estilo", de João Paulo Meneses (pag. 83): «Um som (apenas) credibiliza quando, mais do que trazer elementos novos para o ouvinte, vai para o ar para que não fique qualquer dúvida sobre se determinada situação aconteceu(...)».
Claro que o principal problema aqui não é o som para a rádio ou a imagem para a televisão, mas sim o que Rui Rio entende por «informação livre e independente». Além do “DN”, os jornais “Público” e “JN” também trazem textos sobre este assunto.
Rui Rio afirmou ontem, em conferência de imprensa nos paços do concelho, que «a democracia só é possível com uma informação livre e independente, não vivemos em democracia se houver censura ou se a informação não respeitar o rigor e a verdade», mas acrescentou que só concede «entrevistas por escrito, mediante critérios de oportunidade, com regras previamente definidas (...)».
Sobre o som retiro um excerto do livro Tudo o que se passa na TSF ..."para um livro de estilo", de João Paulo Meneses (pag. 83): «Um som (apenas) credibiliza quando, mais do que trazer elementos novos para o ouvinte, vai para o ar para que não fique qualquer dúvida sobre se determinada situação aconteceu(...)».
Claro que o principal problema aqui não é o som para a rádio ou a imagem para a televisão, mas sim o que Rui Rio entende por «informação livre e independente». Além do “DN”, os jornais “Público” e “JN” também trazem textos sobre este assunto.
As audiências dos “pequenos”
O “Diário de Notícias” traz um texto sobre as audiências das rádios locais. É bem interessante.
A ler no Blogouve-se
João Paulo Meneses fala, no Blogouve-se, da Antena 3 e do serviço público de rádio: «(...) não faz sentido a RDP ter no seu conjunto de rádios uma estação que é globalmente igual a outras (privadas). O facto de ter um grande desafogo financeiro e não precisar de publicidade acaba por se constituir como concorrência desleal *.Mas já que existe, que seja uma rádio que preserva a música e a cultura portuguesa. A Antena 3 faz isso? A Antena 3 tenta fazer isso, mas fica muito longe».
domingo, 30 de outubro de 2005
Uma análise de Rogério Santos ao livro de Dina Cristo
No texto de hoje, do blogue Indústrias Culturais, Rogério Santos comenta o livro A rádio em Portugal e o declínio do regime de Salazar e Caetano (1958-1974) de Dina Cristo.
MTV EMA 2005 na Antena 3
O MTV Europe Music Awards 2005 é provavelmente o evento musical mais importante do ano em Portugal e vai ser acompanhado exaustivamente pela Antena 3. Para já, todas as curiosidades relacionadas com o evento podem ser acompanhadas no blogue http://www.antena3mtv.blogspot.com/, criado de propósito para o acontecimento.
A Antena 3 é a rádio oficial e a emissão das 10h00 às 24h00 será dedicada exclusivamente à cerimónia e a tudo o que com ela esteja relacionado.
A Antena 3 é a rádio oficial e a emissão das 10h00 às 24h00 será dedicada exclusivamente à cerimónia e a tudo o que com ela esteja relacionado.
quinta-feira, 27 de outubro de 2005
Rui Pêgo no DN
O “Diário de Notícias” trouxe, ontem, outra entrevista a uma figura da rádio portuguesa. Desta vez coube a Rui Pêgo, director de programas da RDP, dizer de sua justiça: «Queremos continuar o caminho trilhado, afirmando uma componente nacional, que se caracteriza, por exemplo, pela difusão da música portuguesa, independentemente das leis e das quotas. Além disso, temos de ser um ponto de encontro entre África, Portugal e Brasil. No entanto, não podemos ser uma rádio provinciana, que só passe português. Somos um país europeu e a RDP tem de ser uma rádio da Europa atenta aos mercados, e investir na modernidade dos novos sons, um papel que cabe à Antena 3».
A propósito da entrevista do DN, João Paulo Meneses escreveu sobre a Antena 1, e Paula Cordeiro sobre a Antena 3.
A propósito da entrevista do DN, João Paulo Meneses escreveu sobre a Antena 1, e Paula Cordeiro sobre a Antena 3.
Pode ser uma grande coincidência…
… Mas já é a terceira vez que sintonizo a Rádio Comercial e de seguida a RFM e a música que toca nas duas estações é a mesma, apenas está desfasada uns segundos.
quarta-feira, 26 de outubro de 2005
Bareme Rádio 3.º trimestre 2005
De acordo com o relatório "Bareme rádio" da Marktest, para o terceiro trimestre de 2005, os meses de Verão provocam, como sempre, uma quebra de audiências na rádio. O grupo Renascença (RFM, RR e Mega FM) continua a liderar a escuta de rádio em Portugal.
A RFM continua a ser a emissora mais escutada em Portugal com 13,1% de Audiência Acumulada de Véspera (AAV)*, sendo uma das poucas que reforçou a sua audiência durante o trimestre anterior. A Renascença continua a perder ouvintes, mas, ainda assim, continua a ser a segunda estação mais escutada em Portugal com 9,4% de AAV. A terceira estação do grupo Renascença, a Mega FM, conseguiu 1,4%.
A Antena 1, do grupo Rádio e Televisão de Portugal, teve 5,1% de AAV e a Antena 3 conseguiu 3,7%. A TSF - Rádio Notícias teve 5% de AAV.
Em relação às estações da Media Capital, a Rádio Comercial é a emissora mais escutada do grupo, com 6,2% de AAV, segue-se a Cidade FM, com 5,3%, depois a Rádio Clube Português, com 3,2% e, finalmente, a Best Rock FM com 0,9% de AAV.
* AAV - Audiência Acumulada de Véspera - percentagem de indivíduos que escutaram uma estação no período de um dia, independentemente do tempo despendido.
A RFM continua a ser a emissora mais escutada em Portugal com 13,1% de Audiência Acumulada de Véspera (AAV)*, sendo uma das poucas que reforçou a sua audiência durante o trimestre anterior. A Renascença continua a perder ouvintes, mas, ainda assim, continua a ser a segunda estação mais escutada em Portugal com 9,4% de AAV. A terceira estação do grupo Renascença, a Mega FM, conseguiu 1,4%.
A Antena 1, do grupo Rádio e Televisão de Portugal, teve 5,1% de AAV e a Antena 3 conseguiu 3,7%. A TSF - Rádio Notícias teve 5% de AAV.
Em relação às estações da Media Capital, a Rádio Comercial é a emissora mais escutada do grupo, com 6,2% de AAV, segue-se a Cidade FM, com 5,3%, depois a Rádio Clube Português, com 3,2% e, finalmente, a Best Rock FM com 0,9% de AAV.
* AAV - Audiência Acumulada de Véspera - percentagem de indivíduos que escutaram uma estação no período de um dia, independentemente do tempo despendido.
segunda-feira, 24 de outubro de 2005
Mais um livro sobre a história da rádio portuguesa*
«A Rádio em Portugal e o declínio de Salazar e Caetano 1958-74 É o título do livro de Dina Cristo, editado pela MinervaCoimbra, a lançar amanhã na Escola Superior de Educação de Coimbra, pelas 14:30, e com apresentação de Sansão Coelho [uma "voz" histórica da RDP - Centro]».
* Via Indústrias Culturais.
* Via Indústrias Culturais.
domingo, 23 de outubro de 2005
Projecto ROLI com forte adesão
Já elogiei, neste blogue, o Projecto ROLI e, segundo a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), o ROLI (Rádios Online na Internet) – que tem como objectivo reunir as estações radiofónicas portuguesas com emissões online num único portal - avança a bom ritmo, já que o número de emissoras aderentes na primeira fase ascende a 200.
A segunda fase de adesão ao ROLI avança dentro de pouco tempo, sendo esta a última oportunidade das emissoras portuguesas aderirem.
Para já, são cinco as rádios locais que se podem escutar na página do ROLI.
A segunda fase de adesão ao ROLI avança dentro de pouco tempo, sendo esta a última oportunidade das emissoras portuguesas aderirem.
Para já, são cinco as rádios locais que se podem escutar na página do ROLI.
sábado, 22 de outubro de 2005
Ironia?
Pedro Tojal, na conferência "O conteúdo musical no produto radiofónico", no âmbito da Musicália, na FIL, afirmou: «Acredito que as rádios locais têm muito futuro».
A frase abre a reportagem do DN sobre a Músicália.
A frase abre a reportagem do DN sobre a Músicália.
sexta-feira, 21 de outubro de 2005
Jazz na Rádio Eco FM
O Jazz não é muito divulgado na rádio portuguesa. O mais conhecido programa deste género musical é, sem dúvida, o “Cinco Minutos de Jazz”, que passa na Antena 1 e Antena 2, e só mesmo nesta estação é que temos uma maior divulgação do Jazz. Claro que outras estações também dedicam algum tempo ao Jazz, no entanto não tem a expressão de outros géneros musicais. Mas hoje há mais uma estação a falar de Jazz.
O Programa Rátio, da Eco FM, vai destacar o Jazz feito em Português. Jorge Chaínho, da Escola Moderna de Jazz do Seixal, irá dar falar no programa do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. O Rátio é um programa de rádio da associação juvenil Rato - ADCC. É emitido todas as Sextas-Feiras na Eco FM (104.80 MHz, Zona de Lisboa) entre as 20h e as 21h. As propostas musicais de hoje, na hora da Rato-ADCC, na Eco FM, serão inteiramente de nomes da música improvisada nacional.
O Programa Rátio, da Eco FM, vai destacar o Jazz feito em Português. Jorge Chaínho, da Escola Moderna de Jazz do Seixal, irá dar falar no programa do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. O Rátio é um programa de rádio da associação juvenil Rato - ADCC. É emitido todas as Sextas-Feiras na Eco FM (104.80 MHz, Zona de Lisboa) entre as 20h e as 21h. As propostas musicais de hoje, na hora da Rato-ADCC, na Eco FM, serão inteiramente de nomes da música improvisada nacional.
quinta-feira, 20 de outubro de 2005
Pedro Tojal em entrevista no DN
O jornal “Diário de Notícias” traz mais uma entrevista a um homem da rádio. Desta vez o escolhido foi o administrador da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal.
Paula Cordeiro, no blogue Net FM, e João Alferes Gonçalves, no sítio do Clube de Jornalistas, já escreveram sobre as declarações de Pedro Tojal ao DN.
O Administrador da MCR falou, entre outros assuntos, do serviço público de rádio: «Mantinha a Antena 1 e privatizava a 2 e 3. Esta última tem um parque de emissores brutal com tecnologias do melhor que existe. A Antena 2 é o que é aparece com audiências residuais. Para quê existir se não têm ouvintes? Os serviços da Antena 2 e 3 podiam ser incluídos na Antena 1».
Os serviços da Antena 2 e Antena 3 não podem ser incluídos na Antena 1. É certo que a Antena 2 não tem muitos ouvintes, mas é uma alternativa, pois presta serviço público radiofónico ao passar a música que jamais se iria escutar em nenhuma das estações da MCR e dificilmente (talvez, nunca) noutras estações privadas. Em relação à Antena 3 passa-se a mesma coisa. É inegável que a Antena 3 tem vindo a melhorar nos últimos tempos, apostando na divulgação de jovens músicos portugueses e em alguns programas de autor. A Antena 1 é bastante diferente destas duas emissoras, já que tem uma função mais informativa e pedagógica.
Recomendo vivamente a leitura do texto de João Alferes Gonçalves e o de Paula Cordeiro.
Paula Cordeiro, no blogue Net FM, e João Alferes Gonçalves, no sítio do Clube de Jornalistas, já escreveram sobre as declarações de Pedro Tojal ao DN.
O Administrador da MCR falou, entre outros assuntos, do serviço público de rádio: «Mantinha a Antena 1 e privatizava a 2 e 3. Esta última tem um parque de emissores brutal com tecnologias do melhor que existe. A Antena 2 é o que é aparece com audiências residuais. Para quê existir se não têm ouvintes? Os serviços da Antena 2 e 3 podiam ser incluídos na Antena 1».
Os serviços da Antena 2 e Antena 3 não podem ser incluídos na Antena 1. É certo que a Antena 2 não tem muitos ouvintes, mas é uma alternativa, pois presta serviço público radiofónico ao passar a música que jamais se iria escutar em nenhuma das estações da MCR e dificilmente (talvez, nunca) noutras estações privadas. Em relação à Antena 3 passa-se a mesma coisa. É inegável que a Antena 3 tem vindo a melhorar nos últimos tempos, apostando na divulgação de jovens músicos portugueses e em alguns programas de autor. A Antena 1 é bastante diferente destas duas emissoras, já que tem uma função mais informativa e pedagógica.
Recomendo vivamente a leitura do texto de João Alferes Gonçalves e o de Paula Cordeiro.
terça-feira, 18 de outubro de 2005
TSF aposta nos podcasts
A TSF- Rádio Notícias vai disponibilizar podcasts no seu sítio da Internet, podendo os ouvintes descarregar para os seus Leitores Digitais de Música (LDM) ficheiros mp3 com os programas que não conseguiram escutar no rádio ou que queiram ouvir outra vez.
Ainda acerca do Podcast, João Paulo Meneses vai apresentar um novo programa na TSF, que fala desta tecnologia - o “rádio.com” - que irá para o ar aos Sábados às 13h10.
Ainda mais uma nota: a RDP, mesmo com um orçamento milionário, continua a estar em segundo plano no que diz respeito à inovação. Se antes de 1974 “andava a reboque” do formato dos programas e das novidades tecnológicas apresentadas pelo Rádio Clube Português, ainda continua a ser o sector privado que está um passo adiante da rádio que é paga com o dinheiro de todos. E o podcasting não acarreta grandes despesas.
Ainda acerca do Podcast, João Paulo Meneses vai apresentar um novo programa na TSF, que fala desta tecnologia - o “rádio.com” - que irá para o ar aos Sábados às 13h10.
Ainda mais uma nota: a RDP, mesmo com um orçamento milionário, continua a estar em segundo plano no que diz respeito à inovação. Se antes de 1974 “andava a reboque” do formato dos programas e das novidades tecnológicas apresentadas pelo Rádio Clube Português, ainda continua a ser o sector privado que está um passo adiante da rádio que é paga com o dinheiro de todos. E o podcasting não acarreta grandes despesas.
segunda-feira, 17 de outubro de 2005
Na “Kulto” deste domingo
A revista “Kulto”, distribuída aos domingos como jornal “Público”, traz um interessante artigo para os jovens que gostam de rádio: «Como fazer o meu programa de rádio (e ter ouvintes verdadeiros)».
A “Kulto” faz uma incursão no mundo dos podcasts, chamando a atenção dos jovens que fazer rádio já é para todos.
A revista apresenta sítios da Internet onde se pode aprender mais sobre o podcasting, como o ipodder, o my podcasts e o feed burner. Para a edição áudio (necessária à gravação e edição do programa), a “Kulto” recomenda dois locais onde se pode descarregar programas gratuitos, o tiny url e o audacity.
A “Kulto” faz uma incursão no mundo dos podcasts, chamando a atenção dos jovens que fazer rádio já é para todos.
A revista apresenta sítios da Internet onde se pode aprender mais sobre o podcasting, como o ipodder, o my podcasts e o feed burner. Para a edição áudio (necessária à gravação e edição do programa), a “Kulto” recomenda dois locais onde se pode descarregar programas gratuitos, o tiny url e o audacity.
sábado, 15 de outubro de 2005
Rádios musicais em vias de extinção?
Já em vários textos critiquei o facto de predominarem em Portugal as emissoras de «música e menos palavra». Não é novidade nenhuma que as madrugadas da esmagadora maioria das rádios locais é feita com recurso a sistemas de emissão automáticos. As que tem uma cobertura mais abrangente (RCP, RFM, Cidade, etc.) também não primam pela prolixidade do discurso.
Durante o dia é «uma hora de música sem parar» ou então «são sete seguidas». Basta ir sintonizando as emissoras portuguesas que logo se escutam frases promocionais deste género. As rádios portuguesas escolhem este caminho porque é o mais barato. No entanto, as vendas de Leitores Digitais de Música (LDM) aumentam de dia para dia - no último trimestre, venderam-se mais de seis milhões e meio de iPods. Ou seja, são um forte concorrente das emissoras musicais, pois com as descargas de música em mp3 da Internet ou a partilha destes ficheiros entre LDM, pode-se ter, virtualmente, toda a música que se quer, para se ouvir onde e quando apetecer.
Porque é que vou ouvir rádio, e esperar que uma emissora passe aquela música que gosto, se posso escutar o que quero a qualquer momento?
A rádio Portuguesa terá de apostar noutros formatos, que não o «muito mais música, menos palavra».
Durante o dia é «uma hora de música sem parar» ou então «são sete seguidas». Basta ir sintonizando as emissoras portuguesas que logo se escutam frases promocionais deste género. As rádios portuguesas escolhem este caminho porque é o mais barato. No entanto, as vendas de Leitores Digitais de Música (LDM) aumentam de dia para dia - no último trimestre, venderam-se mais de seis milhões e meio de iPods. Ou seja, são um forte concorrente das emissoras musicais, pois com as descargas de música em mp3 da Internet ou a partilha destes ficheiros entre LDM, pode-se ter, virtualmente, toda a música que se quer, para se ouvir onde e quando apetecer.
Porque é que vou ouvir rádio, e esperar que uma emissora passe aquela música que gosto, se posso escutar o que quero a qualquer momento?
A rádio Portuguesa terá de apostar noutros formatos, que não o «muito mais música, menos palavra».
quarta-feira, 12 de outubro de 2005
Compensação pelos tempos de antena.
Foi Homologada a tabela de compensação pela emissão radiofónica dos tempos de antena relativa à campanha das eleições autárquicas, para as estações de radiodifusão de âmbito local, no valor de € 12 por minuto - Portaria nº 981/2005, de 6-Out (DR I série-B, nº 192, pág. 5927) .
terça-feira, 11 de outubro de 2005
AM, FM, DAB, DRM e Comprimento de Onda
Com a radiodifusão digital, o ouvinte terá de acrescentar novas palavras no seu léxico - onde já existem termos como FM, AM, OM, OC, etc. - para saber a sintonia da sua emissora preferida: DAB e DRM.
A Amplitude Modulada (AM) está praticamente esquecida em Portugal e quase ninguém se lembra de que as emissoras trabalham em Frequência Modulada (FM), porque todas as rádios do continente funcionam em FM, daí que as novas siglas possam vir a gerar algum caos (no caso de serem licenciadas emissoras em DRM e DAB, senão o problema não se coloca), até porque, ao alterarem as emissões analógicas para digitais, as estações terão de alterar as suas frequências de emissão.
Existe alguma confusão entre Amplitude Modulada e Onda Média (OM). A OM (300 kHz – 3000 kHz) é um comprimento de onda, enquanto que a AM é uma forma de emissão, que também engloba a Onda Curta (3000 kHz – 30 000 kHz) e a Onda Longa (30 kHz – 300 kHz). No entanto muitas vezes é referida a AM quando se quer dizer OM e vice-versa.
As emissões em Amplitude Modulada – ou modulação em amplitude – são efectuadas segundo o princípio da variação de amplitude de uma portadora de radiofrequência (RF), de acordo com o sinal áudio do programa transmitido. A resposta em frequência do áudio é limitada, (aproximadamente de 40Hz a 5kHz), sendo as transmissões, em geral, monofónicas, embora também existam estações de radiodifusão AM estéreo (muito comuns na América). Uma das vantagens das emissões em AM é a sua capacidade de propagação, que permite, com um emissor de potência relativamente baixa, atingir longas distância, devido à reflectividade das ondas electromagnéticas (ou hertzianas) numa região atmosférica electrificada chamada ionosfera e pela superfície da terra.
A Frequência Modulada (FM), ou modulação em frequência, é outra forma de emissão que trabalha no comprimento de onda VHF [Very High Frequency (frequência Muito Alta)]. As emissões em FM utilizam o princípio da variação de frequência de uma portadora RF de acordo com o sinal de áudio do programa a ser transmitido. A reprodução áudio é substancialmente melhor em FM (entre os 30 Hz e os 15 kHz) e as emissões são, por norma, estereofónicas. A desvantagem da FM é o curto alcance das emissões, mesmo com transmissores potentes, já que as ondas electromagnéticas acima de 30 Mhz não são reflectidas pela ionosfera.
As emissões digitais em DAB (Digital Audio Broadcasting) são efectuadas em VHF (175 MHz a 240 MHz - VHF banda III - e 1452 MHz a 1492 MHz - VHF banda L). Já as emissões em DRM (Digital Radio Mondiale) serão efectuadas abaixo dos 30 MHz, precisamente na faixa onde se emite em AM.
A Amplitude Modulada (AM) está praticamente esquecida em Portugal e quase ninguém se lembra de que as emissoras trabalham em Frequência Modulada (FM), porque todas as rádios do continente funcionam em FM, daí que as novas siglas possam vir a gerar algum caos (no caso de serem licenciadas emissoras em DRM e DAB, senão o problema não se coloca), até porque, ao alterarem as emissões analógicas para digitais, as estações terão de alterar as suas frequências de emissão.
Existe alguma confusão entre Amplitude Modulada e Onda Média (OM). A OM (300 kHz – 3000 kHz) é um comprimento de onda, enquanto que a AM é uma forma de emissão, que também engloba a Onda Curta (3000 kHz – 30 000 kHz) e a Onda Longa (30 kHz – 300 kHz). No entanto muitas vezes é referida a AM quando se quer dizer OM e vice-versa.
As emissões em Amplitude Modulada – ou modulação em amplitude – são efectuadas segundo o princípio da variação de amplitude de uma portadora de radiofrequência (RF), de acordo com o sinal áudio do programa transmitido. A resposta em frequência do áudio é limitada, (aproximadamente de 40Hz a 5kHz), sendo as transmissões, em geral, monofónicas, embora também existam estações de radiodifusão AM estéreo (muito comuns na América). Uma das vantagens das emissões em AM é a sua capacidade de propagação, que permite, com um emissor de potência relativamente baixa, atingir longas distância, devido à reflectividade das ondas electromagnéticas (ou hertzianas) numa região atmosférica electrificada chamada ionosfera e pela superfície da terra.
A Frequência Modulada (FM), ou modulação em frequência, é outra forma de emissão que trabalha no comprimento de onda VHF [Very High Frequency (frequência Muito Alta)]. As emissões em FM utilizam o princípio da variação de frequência de uma portadora RF de acordo com o sinal de áudio do programa a ser transmitido. A reprodução áudio é substancialmente melhor em FM (entre os 30 Hz e os 15 kHz) e as emissões são, por norma, estereofónicas. A desvantagem da FM é o curto alcance das emissões, mesmo com transmissores potentes, já que as ondas electromagnéticas acima de 30 Mhz não são reflectidas pela ionosfera.
As emissões digitais em DAB (Digital Audio Broadcasting) são efectuadas em VHF (175 MHz a 240 MHz - VHF banda III - e 1452 MHz a 1492 MHz - VHF banda L). Já as emissões em DRM (Digital Radio Mondiale) serão efectuadas abaixo dos 30 MHz, precisamente na faixa onde se emite em AM.
domingo, 9 de outubro de 2005
A rádio em dia de eleições
As principais estações portuguesas (A1, TSF e RR) têm emissões especiais para cobrir as eleições autárquicas. João Paulo Meneses tem um texto interessante no seu blogouve-se, sobre a noite eleitoral.
Concordo com ele quando diz que as eleições são um espectáculo televisivo e não radiofónico.
Concordo com ele quando diz que as eleições são um espectáculo televisivo e não radiofónico.
sábado, 8 de outubro de 2005
A ler no DN de hoje: a entrevista a Luís Montez
Luís Montez, proprietário da Lusocanal (que controla os destinos das rádios Rádar, Oxigénio, Capital, Marginal, Nova e Festival), fala da rádio portuguesa numa entrevista concedida ao “Diário de Notícias”, no artigo "Quem não gostaria de ter uma rádio como a TSF?".
Luís Montez afirma que gostaria de ser dono da TSF, já que esta «é uma das melhores rádios de informação da Europa». Criar uma emissora de notícias – como a TSF - não faz parte dos seus planos porque «O investimento para criar notoriedade e credibilidade levaria anos e seria tão alto que seria incomportável. Já existem três estações com boa informação a TSF, a Antena 1 e a Renascença. É oferta suficiente».
Em relação à concentração de rádios Luís Montez pensa que a lei deve ser alterada e permitida uma maior concentração de estações.
Em relação ao futuro do meio o patrão da Lusocanal está optimista, pois acha que «o sector tem vindo a adaptar-se às circunstâncias. Felizmente que a Internet veio valorizar o meio rádio. Em conjunto apanham a audiência que foge da televisão, com qualidade duvidosa. Já as rádios portuguesas são bem feitas e tecnologicamente bem apetrechadas, mas têm que fazer um esforço na área de marketing e comercial».
O serviço público de rádio também foi focado, e Luís Montez deixou, inclusive, uma proposta: «as privadas também prestam serviço público, só que não são remuneradas por isso. À volta de 60 milhões de euros é quanto pagam todos os portugueses (inclusive alguns deficientes auditivos), através da taxa de radiodifusão. Acho que 5% desta verba devia ir para as rádios locais, que vivem com grandes dificuldades, porque não há mercado publicitário para as sustentar, sendo ainda as que mais passam música portuguesa e as que mais próximas estão dos ouvintes».
Luís Montez afirma que gostaria de ser dono da TSF, já que esta «é uma das melhores rádios de informação da Europa». Criar uma emissora de notícias – como a TSF - não faz parte dos seus planos porque «O investimento para criar notoriedade e credibilidade levaria anos e seria tão alto que seria incomportável. Já existem três estações com boa informação a TSF, a Antena 1 e a Renascença. É oferta suficiente».
Em relação à concentração de rádios Luís Montez pensa que a lei deve ser alterada e permitida uma maior concentração de estações.
Em relação ao futuro do meio o patrão da Lusocanal está optimista, pois acha que «o sector tem vindo a adaptar-se às circunstâncias. Felizmente que a Internet veio valorizar o meio rádio. Em conjunto apanham a audiência que foge da televisão, com qualidade duvidosa. Já as rádios portuguesas são bem feitas e tecnologicamente bem apetrechadas, mas têm que fazer um esforço na área de marketing e comercial».
O serviço público de rádio também foi focado, e Luís Montez deixou, inclusive, uma proposta: «as privadas também prestam serviço público, só que não são remuneradas por isso. À volta de 60 milhões de euros é quanto pagam todos os portugueses (inclusive alguns deficientes auditivos), através da taxa de radiodifusão. Acho que 5% desta verba devia ir para as rádios locais, que vivem com grandes dificuldades, porque não há mercado publicitário para as sustentar, sendo ainda as que mais passam música portuguesa e as que mais próximas estão dos ouvintes».
sexta-feira, 7 de outubro de 2005
Novo e-mail
Devido ao número de mensagens de spam que recebo diariamente no meu correio electrónico, o endereço para contacto passa a ser radio.em.portugal @ gmail.com.
quinta-feira, 6 de outubro de 2005
Universidade Radar
Quem vive na região da grande Lisboa pode, desde segunda-feira, escutar o Universidade Radar – um programa produzido e apresentado por alunos de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa na Radar (97.8 MHz) de segunda a sexta, das 23 às 24 horas.
O programa resulta de um acordo entre a Radar e a UAL, permitindo assim que os alunos da disciplina de Atelier Rádio apliquem os seus conhecimentos.
O dia-a-dia do programa pode ser acompanhado no blogue “Universidade Radar”.
Este é um bom exemplo da cooperação que pode existir entre as emissoras e as universidades com cursos de comunicação: as estações radiofónicas ganham programas originais e os alunos experiência profissional.
O programa resulta de um acordo entre a Radar e a UAL, permitindo assim que os alunos da disciplina de Atelier Rádio apliquem os seus conhecimentos.
O dia-a-dia do programa pode ser acompanhado no blogue “Universidade Radar”.
Este é um bom exemplo da cooperação que pode existir entre as emissoras e as universidades com cursos de comunicação: as estações radiofónicas ganham programas originais e os alunos experiência profissional.
quarta-feira, 5 de outubro de 2005
Os pioneiros da rádio portuguesa num livro de Rogério Santos
Um novo livro sobre a história da rádio é sempre um acontecimento, porque ainda são raras as obras sobre esta temática e, também, porque as que existem têm imprecisões, fruto, certamente, de investigações menos aprofundadas e muitas vezes baseadas em obras anteriores que continham apenas breves referências a factos importantes, o que levou a que a sua interpretação fosse ambígua e, consequentemente, se fossem repetindo erros.
As vozes da rádio, 1924-1939, não deixará, de certeza, margem para dúvidas sobre os primeiros anos da radiodifusão em Portugal. O tempo despendido por Rogério Santos na pesquisa e análise dos factos e a sua experiência no campo da história dos media - comprovado por outras obras da sua autoria que abrangem o tema da história da rádio em Portugal*, e pelo blogue Indústrias Culturais (provavelmente o melhor blogue sobre esta temática) - atestam a qualidade desta obra.
As vozes da rádio, 1924-1939, é editado pela Caminho e será apresentado às 19:30 do próximo dia 20 de Outubro, durante o congresso da SOPCOM, em Aveiro.
* Rogério Santos é autor, entre outras obras, de dois livros que tocam o tema da radiodifusão: Olhos de boneca. Uma história das telecomunicações 1880 – 1952 [1999, Lisboa, Edições Colibri] e Os novos media e o espaço público [1998, Lisboa: Gradiva]. O primeiro capítulo desta obra pode ser lido no sítio da editora.
As vozes da rádio, 1924-1939, não deixará, de certeza, margem para dúvidas sobre os primeiros anos da radiodifusão em Portugal. O tempo despendido por Rogério Santos na pesquisa e análise dos factos e a sua experiência no campo da história dos media - comprovado por outras obras da sua autoria que abrangem o tema da história da rádio em Portugal*, e pelo blogue Indústrias Culturais (provavelmente o melhor blogue sobre esta temática) - atestam a qualidade desta obra.
As vozes da rádio, 1924-1939, é editado pela Caminho e será apresentado às 19:30 do próximo dia 20 de Outubro, durante o congresso da SOPCOM, em Aveiro.
* Rogério Santos é autor, entre outras obras, de dois livros que tocam o tema da radiodifusão: Olhos de boneca. Uma história das telecomunicações 1880 – 1952 [1999, Lisboa, Edições Colibri] e Os novos media e o espaço público [1998, Lisboa: Gradiva]. O primeiro capítulo desta obra pode ser lido no sítio da editora.
domingo, 2 de outubro de 2005
Mais uma contestação à Antena 1
Depois da denúncia que alguma música portuguesa é discriminada na Antena 1, agora é a vez da política. Existe um sítio na Internet que acusa a Antena 1 de só conhecer autarquias cujo presidente da câmara é do PSD .
De facto, o texto Espaço autárquico da RDP/Antena 1 só conhece municípios "laranja" mostra um quadro onde se pode ver os concelhos, e respectiva “cor política”, a que a Antena 1 dedicou emissões entre 19 de Junho e 18 de Setembro de 2005. Uma outra página mostra os blogues que já fizeram referência a este tema.
Desconheço quem é o autor da página, já que a única referência que existe ao proprietário do espaço é um endereço electrónico (amrsilva @ simplesnet.pt).
De facto, o texto Espaço autárquico da RDP/Antena 1 só conhece municípios "laranja" mostra um quadro onde se pode ver os concelhos, e respectiva “cor política”, a que a Antena 1 dedicou emissões entre 19 de Junho e 18 de Setembro de 2005. Uma outra página mostra os blogues que já fizeram referência a este tema.
Desconheço quem é o autor da página, já que a única referência que existe ao proprietário do espaço é um endereço electrónico (amrsilva @ simplesnet.pt).
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
Saudades da rádio de outros tempos
Não é nenhuma novidade que a rádio que se faz em Portugal é uma rádio barata: muita música e pouca palavra. Ou seja, a intervenção do elemento humano está reduzida ao mínimo. Mas a culpa não é de quem repete incessantemente slogans que enaltecem as virtudes de “sete seguidas” ou de “uma hora sem parar” (estou a falar de música, evidentemente). Penso que todos os animadores radiofónicos preferiam fazer programas de autor – os seus programas, com a “sua” música e com as suas palavras.
Alguns comentários ao texto de sexta-feira - MCR altera frequências da Cidade FM – são elucidativos do descontentamento que grassa por esse país fora. Mas, ressalve-se, ainda existem algumas emissoras que permitem alguma imaginação e não cerceiam a criatividade dos seus animadores, só que são casos cada vez mais raros.
Li no blogouve-se a referência ao texto “Para quem não quer ouvir mais nada”, que recorda a rádio de outros tempos, uma rádio que ainda não estava demasiado formatada e que fazia companhia aos ouvintes.
A rádio portuguesa segue um caminho mais económico onde o computador tomou conta do éter e, pior ainda, grande parte da música que por lá viaja é a de consumo imediato (como uma chiclete).
Alguns comentários ao texto de sexta-feira - MCR altera frequências da Cidade FM – são elucidativos do descontentamento que grassa por esse país fora. Mas, ressalve-se, ainda existem algumas emissoras que permitem alguma imaginação e não cerceiam a criatividade dos seus animadores, só que são casos cada vez mais raros.
Li no blogouve-se a referência ao texto “Para quem não quer ouvir mais nada”, que recorda a rádio de outros tempos, uma rádio que ainda não estava demasiado formatada e que fazia companhia aos ouvintes.
A rádio portuguesa segue um caminho mais económico onde o computador tomou conta do éter e, pior ainda, grande parte da música que por lá viaja é a de consumo imediato (como uma chiclete).
terça-feira, 27 de setembro de 2005
Mais um livro sobre rádio
Vai ser lançado no Brasil mais uma obra sobre técnicas radiofónicas, da autoria de Cyro César: Rádio. A mídia da emoção.
A apresentação da obra vai ser feita em S.Paulo, no dia 6 de Outubro, mas pode ser encomendada via Internet, assim como outras obras do autor.
A apresentação da obra vai ser feita em S.Paulo, no dia 6 de Outubro, mas pode ser encomendada via Internet, assim como outras obras do autor.
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
MCR altera frequências da Cidade FM
No próximo dia 1 de Outubro, a Cidade FM vai mudar de frequência de emissão. esta estação passará a ser sintonizada em 90.0 MHz no Porto e 91.6 MHz em Lisboa.
O director geral da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal, diz que esta troca de frequências vai permitir à Cidade FM «chegar ao seu público com maior potência, levando-lhes a música com a qualidade de som que eles merecem».
A Cidade FM vai ocupar as frequências da Rádio Voxx, que dará por findas as suas emissões. Para as frequências que irão deixar de ter a Cidade FM, a MCR prepara uma nova emissora: a Foxx FM.
O director geral da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal, diz que esta troca de frequências vai permitir à Cidade FM «chegar ao seu público com maior potência, levando-lhes a música com a qualidade de som que eles merecem».
A Cidade FM vai ocupar as frequências da Rádio Voxx, que dará por findas as suas emissões. Para as frequências que irão deixar de ter a Cidade FM, a MCR prepara uma nova emissora: a Foxx FM.
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
A música portuguesa na Antena 1
Recebi nos últimos dias dois e-mails que referem algumas dezenas de artistas que estão fora da programação da Antena 1. Não posso confirmar se os artistas referidos estão realmente fora da programação da Antena 1, pois só esporadicamente é que escuto esta emissora.
A lista refere artistas como Amália, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Mendes, José Afonso, Anamar, Fernando Girão, Júlio Pereira, Pedro Barroso, Tet Vocal, José Mário Branco, Paulo de Carvalho e toda a música de Coimbra (deduzo que sejam os fados).
É verdade que não são artistas que estão nos tops, mas a Antena 1 também não é uma estação que só passa os discos que estão na moda. Se a exclusão de alguns artistas portugueses não é intencional é uma situação que deve ser rapidamente corrigida, se é, então é censura, o que é inadmissível numa estação pública.
O director da RDP, Rui Pêgo, foi informado desta lista através de um e-mail enviado por Álvaro José Ferreira, que também se congratulou com o facto de o programa “Lugar ao Sul” - de que ele é um defensor - voltar a ser emitido aos sábados a partir das 09 horas da manhã, mas contestou a redução da duração do programa, de duas para um hora.
A lista refere artistas como Amália, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Mendes, José Afonso, Anamar, Fernando Girão, Júlio Pereira, Pedro Barroso, Tet Vocal, José Mário Branco, Paulo de Carvalho e toda a música de Coimbra (deduzo que sejam os fados).
É verdade que não são artistas que estão nos tops, mas a Antena 1 também não é uma estação que só passa os discos que estão na moda. Se a exclusão de alguns artistas portugueses não é intencional é uma situação que deve ser rapidamente corrigida, se é, então é censura, o que é inadmissível numa estação pública.
O director da RDP, Rui Pêgo, foi informado desta lista através de um e-mail enviado por Álvaro José Ferreira, que também se congratulou com o facto de o programa “Lugar ao Sul” - de que ele é um defensor - voltar a ser emitido aos sábados a partir das 09 horas da manhã, mas contestou a redução da duração do programa, de duas para um hora.
domingo, 18 de setembro de 2005
Homens ouvem mais rádio que as mulheres
Segundo Bareme Rádio da Marktest, 69,2% dos homens ouvem rádio, mas apenas 51,4% das mulheres o fazem.
No primeiro semestre de 2005, o tempo médio de escuta radiofónica atingiu as 3 horas e 21 minutos por dia, sendo que os homens registam um consumo de mais oito minutos diários.
No primeiro semestre de 2005, o tempo médio de escuta radiofónica atingiu as 3 horas e 21 minutos por dia, sendo que os homens registam um consumo de mais oito minutos diários.
Análise Regular dos Media
O sítio do Obercom disponibiliza o Media Regular Analysis, uma análise aos sectores da rádio, Internet e Cinema.
De realçar que na análise ao sector da rádio aparecem duas rádios locais - a Rádio Nova Era (Vila Nova de Gaia) e a Rádio Festival (Porto).
De realçar que na análise ao sector da rádio aparecem duas rádios locais - a Rádio Nova Era (Vila Nova de Gaia) e a Rádio Festival (Porto).
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
Curso de Técnicas de Comunicação para Rádio e Televisão
O Departamento de Ciências da Comunicação (CC) da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) vai ministrar um curso de Técnicas de Comunicação para Rádio e Televisão, com inicio previsto para 31 de Outubro de 2005.
O curso tem uma duração de 5 horas/semana, num total de 120 horas, e destina-se a todos aqueles que pretendem seguir uma carreira profissional na apresentação quer de programas informativos quer de entretenimento na rádio e na televisão.
Os interessados podem obter mais informações no sítio do curso.
O curso tem uma duração de 5 horas/semana, num total de 120 horas, e destina-se a todos aqueles que pretendem seguir uma carreira profissional na apresentação quer de programas informativos quer de entretenimento na rádio e na televisão.
Os interessados podem obter mais informações no sítio do curso.
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
Vem aí um receptor híbrido multibanda
Até ao final deste ano vai ser comercializado (pelo menos lá fora, mas pode-se encomendar via Internet) um receptor radiofónico capaz de receber emissões analógicas em FM e AM (ondas curtas, médias e longas) e emissões digitais em DAB e DRM.
Captar as emissoras estrangeiras em DRM com uma qualidade sonora idêntica ao da actual Frequência Modulada, é uma alternativa ao marasmo radiofónico que Portugal tem durante as madrugadas.
O preço final deverá rondar os 250 euros - um pouco caro, mas, se calhar, compensa. Uma foto do receptor pode ser vista no sítio da BBC News.
Captar as emissoras estrangeiras em DRM com uma qualidade sonora idêntica ao da actual Frequência Modulada, é uma alternativa ao marasmo radiofónico que Portugal tem durante as madrugadas.
O preço final deverá rondar os 250 euros - um pouco caro, mas, se calhar, compensa. Uma foto do receptor pode ser vista no sítio da BBC News.
terça-feira, 13 de setembro de 2005
Curso de rádio
A “Académica FM” (Porto) vai ministrar um curso financiado de aperfeiçoamento em rádio (nível 4). O curso funcionará de segunda a quinta-feira, em horário pós-laboral (19h-22h), e terá início a 26 de Setembro, tendo uma duração de 108h.
Os interessados poderão pedir mais informações através do e-mail formacao @ academicanet.fm.
A "Académica FM" é uma entidade acreditada pelo IQF.
Os interessados poderão pedir mais informações através do e-mail formacao @ academicanet.fm.
A "Académica FM" é uma entidade acreditada pelo IQF.
A angústia dos formatos II: A nova era tecnológica da rádio
Os anos 90 do século XX foram, para a radiodifusão, um marco: os telemóveis, a rádio digital, as emissões online e, já em pleno século XXI, os podcasts, transformaram a rádio.
Até meados dos anos noventa do século passado, era raro existir um computador numa emissora, agora ele é uma ferramenta praticamente indispensável de qualquer estúdio, seja ele de emissão ou de produção.
A rádio digital nasce com o frenesim digital da década de 1980. Os relógios de cristal líquido estavam no pulso de todos, o CD prometia som perfeito e eterno (não foi assim, mas estas são contas de outro rosário), os primeiros computadores pessoais começavam a estar disponíveis para a maioria dos consumidores e as máquinas de jogos digitais (tipo ZX Spectrum) faziam as delicias dos adolescentes. Qualquer aparelho que ostentasse a palavra “digital” tinha mercado. Não foi de estranhar, portanto, que rapidamente aparecesse o FM digital ( mais tarde chamado de IBOC e agora HD Radio) na América, as emissões radiofónicas digitais por satélite (com codificação digital diferente da rádio digital terrestre), o ISBD-T no Japão e o DAB na Europa. Finalmente surge o DRM, que parece ser o único sistema que reúne condições para ser um formato mundial. E só assim poderá ter sucesso, pois se não houver uma uniformização mundial, uma rádio do Japão não poderá ser escutada na América, assim como uma rádio americana não poderá ser escutada na China. A facilidade de recepção de uma emissora digital deve ser igual, ou superior, à que existe agora.
A rádio online acrescentou à tradicional estação de FM ou AM outro meio de propagação, para além do hertziano. Hoje qualquer estação local de Frequência Modulada já não está sujeita aos limites impostos pela potência do emissor ou por obstáculos terrestres. Se transmitir em streaming através da Internet pode, virtualmente, ser escutada em qualquer lugar do mundo. Mas até uma rádio online se pode perder nos meandros das codificações digitais. Real Audio, mp3, wma, quick time e Ogg Vorbis são os formatos mais comuns, e para alguns deles – caso do real audio e do quick time – são mesmo necessários descodificadores próprios. Embora os leitores de formatos específicos estejam disponíveis para descarregar nos sítios das emissoras, é sempre mais um programa para ocupar espaço no disco rígido do computador e muitas vezes surgem conflitos de software que não permitem que se escute rádio online.
Os telemóveis permitiram uma mobilidade que até aí era inexistente: um reporter podia chegar a um acontecimento qualquer, mesmo longe da emissora, e rapidamente entrar em directo. Esta ainda é uma vantagem que a rádio tem sobre os outros meios de comunicação social.
A fase do ouvinte passivo terminou quando a rádio aproveitou o telefone. Desde o tempo em que apenas se pedia um disco por telefone até aos fóruns, a rádio sofreu muitas alterações. Os podcasts são mais um passo na evolução da rádio e uma nova forma de interacção ouvinte/rádio em que o ciclo se fecha. O ouvinte já não escuta programas de outros, ouve o seu próprio programa.
A tecnologia evolui contínuamente, será ela a ditar o fim da rádio? O futuro dirá. Mas de certeza que enquanto a rádio for o único medium que permite a acumulação (ler o jornal e ouvir rádio, por exemplo) e se cumprir a sua função de fazer companhia, não sendo apenas uma juke box fria e impessoal, esta terá sempre um lugar privilegiado nos meios de comunicação e no coração dos ouvintes.
Até meados dos anos noventa do século passado, era raro existir um computador numa emissora, agora ele é uma ferramenta praticamente indispensável de qualquer estúdio, seja ele de emissão ou de produção.
A rádio digital nasce com o frenesim digital da década de 1980. Os relógios de cristal líquido estavam no pulso de todos, o CD prometia som perfeito e eterno (não foi assim, mas estas são contas de outro rosário), os primeiros computadores pessoais começavam a estar disponíveis para a maioria dos consumidores e as máquinas de jogos digitais (tipo ZX Spectrum) faziam as delicias dos adolescentes. Qualquer aparelho que ostentasse a palavra “digital” tinha mercado. Não foi de estranhar, portanto, que rapidamente aparecesse o FM digital ( mais tarde chamado de IBOC e agora HD Radio) na América, as emissões radiofónicas digitais por satélite (com codificação digital diferente da rádio digital terrestre), o ISBD-T no Japão e o DAB na Europa. Finalmente surge o DRM, que parece ser o único sistema que reúne condições para ser um formato mundial. E só assim poderá ter sucesso, pois se não houver uma uniformização mundial, uma rádio do Japão não poderá ser escutada na América, assim como uma rádio americana não poderá ser escutada na China. A facilidade de recepção de uma emissora digital deve ser igual, ou superior, à que existe agora.
A rádio online acrescentou à tradicional estação de FM ou AM outro meio de propagação, para além do hertziano. Hoje qualquer estação local de Frequência Modulada já não está sujeita aos limites impostos pela potência do emissor ou por obstáculos terrestres. Se transmitir em streaming através da Internet pode, virtualmente, ser escutada em qualquer lugar do mundo. Mas até uma rádio online se pode perder nos meandros das codificações digitais. Real Audio, mp3, wma, quick time e Ogg Vorbis são os formatos mais comuns, e para alguns deles – caso do real audio e do quick time – são mesmo necessários descodificadores próprios. Embora os leitores de formatos específicos estejam disponíveis para descarregar nos sítios das emissoras, é sempre mais um programa para ocupar espaço no disco rígido do computador e muitas vezes surgem conflitos de software que não permitem que se escute rádio online.
Os telemóveis permitiram uma mobilidade que até aí era inexistente: um reporter podia chegar a um acontecimento qualquer, mesmo longe da emissora, e rapidamente entrar em directo. Esta ainda é uma vantagem que a rádio tem sobre os outros meios de comunicação social.
A fase do ouvinte passivo terminou quando a rádio aproveitou o telefone. Desde o tempo em que apenas se pedia um disco por telefone até aos fóruns, a rádio sofreu muitas alterações. Os podcasts são mais um passo na evolução da rádio e uma nova forma de interacção ouvinte/rádio em que o ciclo se fecha. O ouvinte já não escuta programas de outros, ouve o seu próprio programa.
A tecnologia evolui contínuamente, será ela a ditar o fim da rádio? O futuro dirá. Mas de certeza que enquanto a rádio for o único medium que permite a acumulação (ler o jornal e ouvir rádio, por exemplo) e se cumprir a sua função de fazer companhia, não sendo apenas uma juke box fria e impessoal, esta terá sempre um lugar privilegiado nos meios de comunicação e no coração dos ouvintes.
sábado, 10 de setembro de 2005
Um anúncio bastante curioso
Vi no Rádio Informa a imagem de um anuncio - publicado no Diário de Notícias – que reza o seguinte: «Rádios. Cede-se capital de oito rádios do Minho/Algarve. Aceitam-se propostas para uma ou todas (...)»
Segundo o Rádio Informa, as oito frequências são as que retransmitem a Rádio Capital, mas as frequências do Porto e de Lisboa não estão neste “pacote”.
A Lei só permite a concentração de até cinco emissoras (claro que existe sempre forma de dar a volta), mas não era motivo para a Alta Autoridade para a Comunicação Social investigar?
Segundo o Rádio Informa, as oito frequências são as que retransmitem a Rádio Capital, mas as frequências do Porto e de Lisboa não estão neste “pacote”.
A Lei só permite a concentração de até cinco emissoras (claro que existe sempre forma de dar a volta), mas não era motivo para a Alta Autoridade para a Comunicação Social investigar?
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
A angústia dos formatos* - I
Chamou-me a atenção o texto «Tecnologias e Memória» que Rogério Santos escreveu no blogue Indústrias Culturais. O texto levou-me a pensar que nós, os consumidores, somos o bombo da festa nas guerras de mercado.
Em Portugal vivemos uma indefinição quanto à rádio digital. O Digital Audio Broadcasting (DAB) é uma realidade, mas só para a RDP e para uns poucos ouvintes que investiram num (ainda muito caro) receptor de rádio digital. O Digital Radio Mondiale (DRM) tem registado avanços, mas ainda não está disponível para a esmagadora maioria das pessoas. Vivemos rodeados de tecnologia e com a velocidade com que esta se desenvolve estamos sujeitos a que o DAB (ou o DRM) fique obsoleto ainda antes de nós, em Portugal, podermos usufruir das suas vantagens.
Digital é a palavra de ordem desde a década de 1980. O disco analógico de vinil tornou-se obsoleto com o aparecimento do CD; o VHS está a ser (já foi?) rapidamente substituído pelo DVD-Video; a cassete de fita magnética analógica foi substituida pelo MD, pelo CD-r e pelos formatos de áudio digital comprimido; a rádio analógica está, lentamente, a dar lugar à rádio digital. Curiosamente o DVD-Video ainda não aqueceu o lugar e já se perfilam dois candidatos para a sua substituição: o HD-DVD e o Blu Ray. Com o CD passa-se a mesma coisa, já tem dois candidatos à sucessão: o DVD-Audio e o SACD (Super Audio Compact Disc). O CD só ainda não se tornou uma peça de museu porque os fabricantes de equipamentos e as editoras discográficas não chegam a um acordo quanto ao formato que o irá substituir.
* Título inspirado num trabalho de Leonardo di Marchi, intitulado «AAngústia do Formato: uma história dos formatos fonográficos», publicado na Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
Em Portugal vivemos uma indefinição quanto à rádio digital. O Digital Audio Broadcasting (DAB) é uma realidade, mas só para a RDP e para uns poucos ouvintes que investiram num (ainda muito caro) receptor de rádio digital. O Digital Radio Mondiale (DRM) tem registado avanços, mas ainda não está disponível para a esmagadora maioria das pessoas. Vivemos rodeados de tecnologia e com a velocidade com que esta se desenvolve estamos sujeitos a que o DAB (ou o DRM) fique obsoleto ainda antes de nós, em Portugal, podermos usufruir das suas vantagens.
Digital é a palavra de ordem desde a década de 1980. O disco analógico de vinil tornou-se obsoleto com o aparecimento do CD; o VHS está a ser (já foi?) rapidamente substituído pelo DVD-Video; a cassete de fita magnética analógica foi substituida pelo MD, pelo CD-r e pelos formatos de áudio digital comprimido; a rádio analógica está, lentamente, a dar lugar à rádio digital. Curiosamente o DVD-Video ainda não aqueceu o lugar e já se perfilam dois candidatos para a sua substituição: o HD-DVD e o Blu Ray. Com o CD passa-se a mesma coisa, já tem dois candidatos à sucessão: o DVD-Audio e o SACD (Super Audio Compact Disc). O CD só ainda não se tornou uma peça de museu porque os fabricantes de equipamentos e as editoras discográficas não chegam a um acordo quanto ao formato que o irá substituir.
* Título inspirado num trabalho de Leonardo di Marchi, intitulado «A
terça-feira, 6 de setembro de 2005
“Música no ar”
Semanalmente, a partir do dia 18 de Setembro, a RTP 1 vai transmitir “Música no ar” - uma homenagem à televisão e à rádio de outros tempos. São seis programas que retratam a sociedade portuguesa da segunda metade do século XX.
Os programas têm como cenários um estúdio de rádio e outro de televisão e, entre outros assuntos, vão falar da história destes dois meios de comunicação.
Os programas têm como cenários um estúdio de rádio e outro de televisão e, entre outros assuntos, vão falar da história destes dois meios de comunicação.
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
Programas de rádio na televisão
Os formatos que servem para um meio (porque foram concebidos e respeitam as características) provavelmente falharão quando são transportados, sem qualquer cuidado, para outro. Um exemplo disso é dado às quartas e sextas feiras, às 05h00 (06h00 hora espanhola), pela TV Galicia, que transmite um noticiário desde os estúdios da Rádio Galega. O que se vê, através de uma câmara fixa, são três jornalistas sentados num estúdio de rádio a ler as notícias, ouve-se os registos sonoros e nada mais. Ou seja, não é atractivo pois a imagem não acrescenta nada de útil.
Por cá, também já tivemos uma experiência similar com o programa Bancada Central, da TSF, que era transmitido em directo no canal SMS através de uma webcam. O resultado também era fraco.
Por cá, também já tivemos uma experiência similar com o programa Bancada Central, da TSF, que era transmitido em directo no canal SMS através de uma webcam. O resultado também era fraco.
Contribuição para o audiovisual
A contribuição para o audiovisual vai ser alargada às empresas. Até aqui apenas os consumidores particulares de energia eléctrica eram obrigados a pagar esta taxa, que está incluída na factura da EDP.
A contribuição para o audiovisual destina-se a financiar o serviço público de rádio, prestado pela RDP, e o canal de televisão 2:. Com esta medida o Estado passa a arrecadar mais cinco milhões de euros por ano.
A contribuição para o audiovisual destina-se a financiar o serviço público de rádio, prestado pela RDP, e o canal de televisão 2:. Com esta medida o Estado passa a arrecadar mais cinco milhões de euros por ano.
quinta-feira, 1 de setembro de 2005
A música na TSF
João Paulo Meneses faz «Um apelo aos animadores da TSF», no Blogouve-se. O jornalista chama a atenção para a forma como a música tem sido tratada na TSF. Miguel Fernandes – animador da TSF – respondeu e explica o que se passa.
Tempo de antena
Dia 9 de Outubro há eleições para os Órgãos das Autarquias Locais. Determina a Lei que este é o único acto eleitoral que obriga à emissão de tempos de antena por parte das rádios locais.
Entre 27 de Setembro e 7 de Outubro, as emissoras locais são obrigadas a reservar dois espaços de 15 minutos cada, um a emitir durante a manhã e outro ao final da tarde ou durante a noite, para a emissão dos referidos tempos de antena.
Segundo um documento informativo da Comissão Nacional de Eleições, a Lei aplica-se a «estações de radiodifusão sonora local (de programas generalistas e temáticos informativos), com sede na área territorial do respectivo município».
O que me parece menos claro é a posição em que ficam as emissoras que fazem cadeia com outras estações. Será que vão ter de interromper a retransmissão da programação e passar o tempo de antena? É que existem vários concelhos que não têm uma única estação local, porque as que existem são meros retransmissores de estações de Lisboa.
Entre 27 de Setembro e 7 de Outubro, as emissoras locais são obrigadas a reservar dois espaços de 15 minutos cada, um a emitir durante a manhã e outro ao final da tarde ou durante a noite, para a emissão dos referidos tempos de antena.
Segundo um documento informativo da Comissão Nacional de Eleições, a Lei aplica-se a «estações de radiodifusão sonora local (de programas generalistas e temáticos informativos), com sede na área territorial do respectivo município».
O que me parece menos claro é a posição em que ficam as emissoras que fazem cadeia com outras estações. Será que vão ter de interromper a retransmissão da programação e passar o tempo de antena? É que existem vários concelhos que não têm uma única estação local, porque as que existem são meros retransmissores de estações de Lisboa.
segunda-feira, 29 de agosto de 2005
BBC vai colocar programas online para download
A BBC quer inovar e quer fazer uso das novas tecnologias para se colocar na vanguarda, pelo que a partir do próximo ano vai ser possível aceder a programas de rádio e de TV da BBC.
Embora já seja possível fazer downloads de podcasts no sitio da BBC, a estação de radiodifusão pública britânica vai criar o serviço «My BBCplayer», que permitirá aos internautas ouvir rádio e, também, aceder ao arquivo.
A nossa RDP devia de seguir o exemplo da sua congénere inglesa e digitalizar o riquíssimo arquivo sonoro que está à sua guarda e permitir que todos acedessem a ele via Internet.
Além do arquivo da Emissora Nacional, estão também à guarda da RDP os arquivos do Rádio Clube Português, Emissores Associados de Lisboa, Emissores do Norte Reunidos, Rádio Alto Douro, etc. Permitir o livre acesso a estes arquivos é uma forma de os preservar e de contribuir para que se conheça um pouco mais da história da rádio portuguesa.
Embora já seja possível fazer downloads de podcasts no sitio da BBC, a estação de radiodifusão pública britânica vai criar o serviço «My BBCplayer», que permitirá aos internautas ouvir rádio e, também, aceder ao arquivo.
A nossa RDP devia de seguir o exemplo da sua congénere inglesa e digitalizar o riquíssimo arquivo sonoro que está à sua guarda e permitir que todos acedessem a ele via Internet.
Além do arquivo da Emissora Nacional, estão também à guarda da RDP os arquivos do Rádio Clube Português, Emissores Associados de Lisboa, Emissores do Norte Reunidos, Rádio Alto Douro, etc. Permitir o livre acesso a estes arquivos é uma forma de os preservar e de contribuir para que se conheça um pouco mais da história da rádio portuguesa.
sexta-feira, 26 de agosto de 2005
Rádio da Deutsche Welle promove a democracia na Bielorrússia
Numa era em que abundam novos media, chega a ser surpreendente como um velhinho medium como a rádio não só se mantêm firme frente a novas formas de comunicação de massas, mas como ainda é utilizado para influenciar políticas e despertar consciências.
A Comissão Europeia assinou um contrato com a estação radiofónica alemã Deutsche Welle para que esta transmita programas de teor politico para a Bielorrússia.
As emissões vão ter início no dia 1 de Novembro e visam promover a democracia junto da população. Segundo um comunicado da Comissão Europeia, «os programas serão emitidos em russo, prevendo-se emissões em bielorrusso no futuro». Com esta medida, programada para durar um ano, a Comissão pretende «aumentar a consciência da população bielorrussa sobre a democracia, pluralismo, liberdade de imprensa e direitos humanos».
Nos seus primórdios, a rádio foi aproveitada, e pelos vistos ainda é, para passar mensagens políticas. A universalidade da rádio foi rapidamente descoberta e aproveitada por muitos regimes. Lenine apelidava a rádio de «jornal sem papel e sem fronteira» e, em 1922, o Kremlin equipou-se com a mais potente emissora da época para se dirigir na sua língua nacional aos proletários de todos os países e chamá-los à revolução.
Na Itália fascista, devido à fraca densidade de aparelhos receptores de rádio, foi ordenado que se ligassem certos postos a altifalantes exteriores. Assim as praças públicas conservaram a sua função de fórum, mas aqui só a propaganda fascista é que tinha a palavra.
Durante a Guerra Civil Espanhola, a Rádio Portuguesa apoiava a causa Falangista, enquanto que a Rádio Fantasma – uma emissora criada por refugiados políticos portugueses em Barcelona – fazia propaganda contra o Estado Novo.
O regime nazi foi o que melhor aproveitou a radiodifusão para atingir os seus nefastos fins. Nas hábeis mãos de Goebbels, a rádio alemã conseguiu manipular as massas descontentes germânicas, levando-as a apoiar incondicionalmente um déspota.
Todas estas situações levaram a que, em 1939, Serge Tchakhotine, emigrante russo, antigo discípulo de Pavlov e professor de psicologia social em Paris, escrevesse como os tiranos utilizam a psicagogia (a condução das massas pela persuasão).
Durante a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria a rádio teve um papel importante, fazendo, de um lado e de outro, contra-informação.
Estas situações passaram-se no século XX, mas a rádio não perdeu a sua força, pois está visto que ainda é um poderoso meio de influência.
A Comissão Europeia assinou um contrato com a estação radiofónica alemã Deutsche Welle para que esta transmita programas de teor politico para a Bielorrússia.
As emissões vão ter início no dia 1 de Novembro e visam promover a democracia junto da população. Segundo um comunicado da Comissão Europeia, «os programas serão emitidos em russo, prevendo-se emissões em bielorrusso no futuro». Com esta medida, programada para durar um ano, a Comissão pretende «aumentar a consciência da população bielorrussa sobre a democracia, pluralismo, liberdade de imprensa e direitos humanos».
Nos seus primórdios, a rádio foi aproveitada, e pelos vistos ainda é, para passar mensagens políticas. A universalidade da rádio foi rapidamente descoberta e aproveitada por muitos regimes. Lenine apelidava a rádio de «jornal sem papel e sem fronteira» e, em 1922, o Kremlin equipou-se com a mais potente emissora da época para se dirigir na sua língua nacional aos proletários de todos os países e chamá-los à revolução.
Na Itália fascista, devido à fraca densidade de aparelhos receptores de rádio, foi ordenado que se ligassem certos postos a altifalantes exteriores. Assim as praças públicas conservaram a sua função de fórum, mas aqui só a propaganda fascista é que tinha a palavra.
Durante a Guerra Civil Espanhola, a Rádio Portuguesa apoiava a causa Falangista, enquanto que a Rádio Fantasma – uma emissora criada por refugiados políticos portugueses em Barcelona – fazia propaganda contra o Estado Novo.
O regime nazi foi o que melhor aproveitou a radiodifusão para atingir os seus nefastos fins. Nas hábeis mãos de Goebbels, a rádio alemã conseguiu manipular as massas descontentes germânicas, levando-as a apoiar incondicionalmente um déspota.
Todas estas situações levaram a que, em 1939, Serge Tchakhotine, emigrante russo, antigo discípulo de Pavlov e professor de psicologia social em Paris, escrevesse como os tiranos utilizam a psicagogia (a condução das massas pela persuasão).
Durante a Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria a rádio teve um papel importante, fazendo, de um lado e de outro, contra-informação.
Estas situações passaram-se no século XX, mas a rádio não perdeu a sua força, pois está visto que ainda é um poderoso meio de influência.
terça-feira, 23 de agosto de 2005
Abrem em breve as inscrições para novos programas na RIIST
A Rádio Interna do Instituto Superior Técnico (RIIST) vai abrir inscrições para novos programas. Segundo a Newsletter da RIIST, as inscrições estão abertas a toda a gente.
A RIIST transmite para os edifícios da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, através de um circuito interno, e para todo o mundo através da Internet.
Embora numa perpectiva a longo prazo, a RIIST quer emitir numa frequência universitária, em FM, para a zona de Lisboa.
A RIIST transmite para os edifícios da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico, através de um circuito interno, e para todo o mundo através da Internet.
Embora numa perpectiva a longo prazo, a RIIST quer emitir numa frequência universitária, em FM, para a zona de Lisboa.
segunda-feira, 22 de agosto de 2005
A guerra das ondas: o jamming
O jamming * – interferência produzida com o fim de prejudicar, ou mesmo anular, determinada emissão de rádio – teve início durante a Primeira Guerra Mundial. Os alemães foram os primeiros a utilizar esta técnica para interferir com as comunicações militares via rádio entre Paris e S. Petersburgo. Nos anos 30, ainda antes da Segunda Guerra Mundial, a Áustria recorreu ao jamming para evitar que as emissões nazis chegassem aquele país. No decurso da Guerra Civil Espanhola o jamming também foi utilizado pelas partes em conflito. O jamming continuou a florescer durante a Segunda Guerra Mundial sendo bastante utilizado por alemães, ingleses, japoneses, americanos, soviéticos, italianos, etc.
O conflito mundial terminou, mas não a guerra das ondas. Durante a Guerra Fria os dois blocos recorreram ao jamming para evitar que ideias contrárias aos regimes fossem escutadas.
Nós, por cá, também tivemos a nossa quota parte. Portugal recorreu ao jamming para evitar que vozes contrárias ao Estado Novo fossem escutadas pela população. Nas décadas de 1960/70, o principal alvo era aRádio Portugal Livre ** Rádio Voz da Liberdade, que transmitia desde a Argélia. O poeta Manuel Alegre era uma dessas vozes. Também a Rádio Portugal Livre, que transmitia desde a Roménia e afecta ao Partido Comunista Português, denunciava as atrocidades do regime fascista. Era mais uma emissora que via as suas emissões sujeitas a interferências.
As interferências electromagnéticas ainda estão na moda. A China também está a utilizar o jamming para censurar emissões de rádio estrangeiras. Os chineses têm vindo a bloquear algumas emissões em Onda Curta para aquele país. O último caso foi o da estação Sound of Hope, sediada em S. Francisco, EUA, que está sujeita ao bloqueio electrónico em território chinês, estando os chineses impossibilitados de a escutar. A “Voz do Tibete” e a “Voz da América” (VOA) também já sofreram interferências.
* O jamming também é conhecido entre nós como empastelamento.
** Corr. 16h45
O conflito mundial terminou, mas não a guerra das ondas. Durante a Guerra Fria os dois blocos recorreram ao jamming para evitar que ideias contrárias aos regimes fossem escutadas.
Nós, por cá, também tivemos a nossa quota parte. Portugal recorreu ao jamming para evitar que vozes contrárias ao Estado Novo fossem escutadas pela população. Nas décadas de 1960/70, o principal alvo era a
As interferências electromagnéticas ainda estão na moda. A China também está a utilizar o jamming para censurar emissões de rádio estrangeiras. Os chineses têm vindo a bloquear algumas emissões em Onda Curta para aquele país. O último caso foi o da estação Sound of Hope, sediada em S. Francisco, EUA, que está sujeita ao bloqueio electrónico em território chinês, estando os chineses impossibilitados de a escutar. A “Voz do Tibete” e a “Voz da América” (VOA) também já sofreram interferências.
* O jamming também é conhecido entre nós como empastelamento.
** Corr. 16h45
sábado, 20 de agosto de 2005
Falar bom português
Uma das características da rádio (e de qualquer outro media) é formar. Qualquer animador ou jornalista que se coloca em frente a um microfone tem a escutá-lo uma audiência heterogénea. Ou seja, desde o doutor ao analfabeto. Se falar em mau português será, certamente, criticado por ouvintes mais atentos e, em último caso, a estação emissora até poderá perder ouvintes, mas uma pessoa menos letrada imitará o que o locutor diz. A rádio estará assim a contribuir não para a formação, mas para a deformação.
Vem isto a propósito de um texto de João Paulo Meneses sobre uma questão que Carlos Pinto Coelho colocou ao “Ciberdúvidas”: «Colegas das rádios gostam de "conferir" uma notícia ou um acontecimento. Quando não dizem mesmo “vamos conferir a actualidade”».
O “Ciberdúvidas” respondeu que "(...) seria bom que os profissionais da rádio substituíssem o verbo". João Paulo Meneses não concorda: «Conferir - dito sobretudo pelos animadores - significa "ficar a saber quais são". Não tanto no sentido de "saber se está tudo bem", mas no de "passar em revista" a actualidade». No entanto, JPM acrescenta em rodapé que não gosta «é da repetição da palavra, do seu uso mais ou menos sistemático, que se transforma em jornalês». Se “conferir” se traduz em «Conversar com alguém sobre um tema relevante» (dic. Houaiss), então o seu uso na rádio, no contexto de actualizar uma notícia ou acontecimento, está correcto.
Vem isto a propósito de um texto de João Paulo Meneses sobre uma questão que Carlos Pinto Coelho colocou ao “Ciberdúvidas”: «Colegas das rádios gostam de "conferir" uma notícia ou um acontecimento. Quando não dizem mesmo “vamos conferir a actualidade”».
O “Ciberdúvidas” respondeu que "(...) seria bom que os profissionais da rádio substituíssem o verbo". João Paulo Meneses não concorda: «Conferir - dito sobretudo pelos animadores - significa "ficar a saber quais são". Não tanto no sentido de "saber se está tudo bem", mas no de "passar em revista" a actualidade». No entanto, JPM acrescenta em rodapé que não gosta «é da repetição da palavra, do seu uso mais ou menos sistemático, que se transforma em jornalês». Se “conferir” se traduz em «Conversar com alguém sobre um tema relevante» (dic. Houaiss), então o seu uso na rádio, no contexto de actualizar uma notícia ou acontecimento, está correcto.
quarta-feira, 17 de agosto de 2005
RR memória?
No jornal “Correio da Manhã”, num artigo sobre a Rádio Renascença, reparei num apontamento: «Depois da criação, há mais de 20 anos, da RFM e, mais recentemente, da Mega FM, com o objectivo de cativar o público mais jovem, surge agora a ideia de que o grupo católico poderá criar um 4.º canal, destinado aos que gostavam da RR de há 20 ou 30 anos».
Recrear a rádio de há 20 ou 30 anos é uma boa ideia, já que nessa altura a rádio portuguesa cumpria o seu papel de informar, formar e entreter.
Mas como é que vão fazer este quarto canal? Se for em Frequência Modulada, só dividindo as frequências RR e RFM, ou então copiando a estratégia da Media Capital que compra, ou aluga, rádios locais, arranjando sempre forma de contornar a Lei da Rádio. Se for em Onda Média, então tudo bem. É só reactivar os emissores de Amplitude Modulada que há muito estão silenciados. Aliás, se é para recrear a RR de há 30 anos, então o AM (Onda Média ou Curta) é a escolha correcta e eu apoio. De outra forma só se a concorrência também puder abrir novas estações, sem silenciar emissoras locais.
Recrear a rádio de há 20 ou 30 anos é uma boa ideia, já que nessa altura a rádio portuguesa cumpria o seu papel de informar, formar e entreter.
Mas como é que vão fazer este quarto canal? Se for em Frequência Modulada, só dividindo as frequências RR e RFM, ou então copiando a estratégia da Media Capital que compra, ou aluga, rádios locais, arranjando sempre forma de contornar a Lei da Rádio. Se for em Onda Média, então tudo bem. É só reactivar os emissores de Amplitude Modulada que há muito estão silenciados. Aliás, se é para recrear a RR de há 30 anos, então o AM (Onda Média ou Curta) é a escolha correcta e eu apoio. De outra forma só se a concorrência também puder abrir novas estações, sem silenciar emissoras locais.
Os dias da rádio... já foram?
Gosto de pensar que o melhor da rádio portuguesa ainda está para vir. Os novos media, mais que uma ameaça, são caminhos a explorar pela rádio.
Em finais dos anos setenta, inícios de oitenta, do século passado, surgiram as rádios piratas. Mais que satisfazer a vontade de muitos de "fazer rádio", elas deram um abanão no éter nacional. A RDP-Rádio Comercial, também ela surgida no início da década de 1980, conjugou a experiência do extinto Rádio Clube Português com a irreverência de novos apresentadores que faziam rádio com paixão.
Depois veio a legalização e foi o que se viu. As rádios locais passaram a copiar as grandes emissoras, algumas foram adquiridas pelos grandes grupos de comunicação social, a Rádio Comercial foi alienada pela RDP e, com o tempo, foram terminando os programas de autor, pois o importante era dar música sem parar, copiando as emissoras estrangeiras mais as suas play lists. Claro os programadores das emissoras portuguesas baseavam-se nos panoramas radiofónicos de outros países e tentavam adaptá-los a Portugal, mas não tinham em conta a nossa realidade: país pequeno, muito atrasado em relação ao resto da europa, etc. Esqueceram-se, também, que noutros países um grupo de comunicação social pode ter emissoras exclusivamente musicais – e, até, com géneros específicos – porque também possui emissoras de notícias, de talk shows, de debates, etc., podendo estas ser em Onda Média, Onda Curta, Onda Longa ou em Frequência Modulada. Só que estas emissoras dão mais trabalho e menos lucro.
Lá fora, também existem rádios locais, normalmente generalistas, que trabalham para a comunidade onde estão inseridas. Por cá já existem poucas estações assim.
As emissoras musicais são tão importantes como quaisquer outras, mas com a Internet, iPods, MDs, CDs, telemóveis 3G, etc. o futuro da rádio passa pelo elemento humano: mais palavra e menos música. Talvez assim os dias da rádio ainda estejam para vir.
Em finais dos anos setenta, inícios de oitenta, do século passado, surgiram as rádios piratas. Mais que satisfazer a vontade de muitos de "fazer rádio", elas deram um abanão no éter nacional. A RDP-Rádio Comercial, também ela surgida no início da década de 1980, conjugou a experiência do extinto Rádio Clube Português com a irreverência de novos apresentadores que faziam rádio com paixão.
Depois veio a legalização e foi o que se viu. As rádios locais passaram a copiar as grandes emissoras, algumas foram adquiridas pelos grandes grupos de comunicação social, a Rádio Comercial foi alienada pela RDP e, com o tempo, foram terminando os programas de autor, pois o importante era dar música sem parar, copiando as emissoras estrangeiras mais as suas play lists. Claro os programadores das emissoras portuguesas baseavam-se nos panoramas radiofónicos de outros países e tentavam adaptá-los a Portugal, mas não tinham em conta a nossa realidade: país pequeno, muito atrasado em relação ao resto da europa, etc. Esqueceram-se, também, que noutros países um grupo de comunicação social pode ter emissoras exclusivamente musicais – e, até, com géneros específicos – porque também possui emissoras de notícias, de talk shows, de debates, etc., podendo estas ser em Onda Média, Onda Curta, Onda Longa ou em Frequência Modulada. Só que estas emissoras dão mais trabalho e menos lucro.
Lá fora, também existem rádios locais, normalmente generalistas, que trabalham para a comunidade onde estão inseridas. Por cá já existem poucas estações assim.
As emissoras musicais são tão importantes como quaisquer outras, mas com a Internet, iPods, MDs, CDs, telemóveis 3G, etc. o futuro da rádio passa pelo elemento humano: mais palavra e menos música. Talvez assim os dias da rádio ainda estejam para vir.
segunda-feira, 15 de agosto de 2005
O humor na rádio
Os dias da rádio já passaram. Pelo menos daquela rádio diversificada que existia em Portugal noutros tempos, ainda antes de existir a RTP. A rádio não desapareceu com o advento da televisão, mas teve de se ajustar a uma nova realidade. O aparecimento de novos media voltam a ameaçar a rádio, mas parece que a rádio volta a reagir e a adaptar-se. Pelo menos é o que eu espero.
O “Diário de Notícias” recorda-nos os Novos Parodiantes de Lisboa e outros programas de humor que passaram na rádio portuguesa. «Humor dos Novos Parodiantes resiste ao fim do teatro radiofónico» traz-nos um resumo da história dos Parodiantes de Lisboa e fala-nos do projecto dos Novos Parodiantes. O texto sobre os Novos Parodiantes é complementado com «Humor de norte a sul do País».
«Piadas para a História» recorda alguns programas que ainda estão na memória de portugueses com mais de trinta anos.
Os programas de humor são os últimos resistentes da era de ouro da rádio em Portugal.
O “Diário de Notícias” recorda-nos os Novos Parodiantes de Lisboa e outros programas de humor que passaram na rádio portuguesa. «Humor dos Novos Parodiantes resiste ao fim do teatro radiofónico» traz-nos um resumo da história dos Parodiantes de Lisboa e fala-nos do projecto dos Novos Parodiantes. O texto sobre os Novos Parodiantes é complementado com «Humor de norte a sul do País».
«Piadas para a História» recorda alguns programas que ainda estão na memória de portugueses com mais de trinta anos.
Os programas de humor são os últimos resistentes da era de ouro da rádio em Portugal.
sexta-feira, 12 de agosto de 2005
O Projecto ROLI
Existem mais de 300 rádios locais em Portugal, mas nem metade tem emissões online. Ciente deste facto, a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) lançou o projecto ROLI – Rádios OnLine na Internet. Um projecto que tem como objectivo colocar todas as rádios locais portuguesas na Internet, com um dispêndio monetário mínimo com o equipamento necessário e com as emissões online.
Muitos portugueses saíram da sua terra natal na esperança de obter uma vida melhor. Alguns criaram laços fortes com o país de acolhimento e não pensam em regressar definitivamente, mas tentam sempre manter algum contacto com a sua terra de origem. Daí a importância das rádios locais terem emissões online e um sítio na Internet onde os portugueses que estão espalhados pelo mundo possam saber novidades da sua terra.
Tendo em conta os custos das emissões em Onda Curta ou por satélite - até há pouco tempo a única forma das estações cobrirem o globo - a transmissão através da Internet é um “negócio da China”. Além de prestarem um verdadeiro serviço público, as emissoras locais podem ser um ponto de encontro dos emigrantes e seus descendentes com as suas raízes.
Critiquei a APR algumas vezes, é, pois, chegada a hora de lhe dar os parabéns por esta iniciativa.
O projecto ROLI é co-financiado pelo FEDER e pelo FSE, através do Programa Operacional Sociedade da Informação, e conta ainda com o apoio da FCCN - Fundação para Computação Científica Nacional.
Já existem quatro estações locais - todas da zona de Lisboa - a transmitirem através do projecto ROLI.
Muitos portugueses saíram da sua terra natal na esperança de obter uma vida melhor. Alguns criaram laços fortes com o país de acolhimento e não pensam em regressar definitivamente, mas tentam sempre manter algum contacto com a sua terra de origem. Daí a importância das rádios locais terem emissões online e um sítio na Internet onde os portugueses que estão espalhados pelo mundo possam saber novidades da sua terra.
Tendo em conta os custos das emissões em Onda Curta ou por satélite - até há pouco tempo a única forma das estações cobrirem o globo - a transmissão através da Internet é um “negócio da China”. Além de prestarem um verdadeiro serviço público, as emissoras locais podem ser um ponto de encontro dos emigrantes e seus descendentes com as suas raízes.
Critiquei a APR algumas vezes, é, pois, chegada a hora de lhe dar os parabéns por esta iniciativa.
O projecto ROLI é co-financiado pelo FEDER e pelo FSE, através do Programa Operacional Sociedade da Informação, e conta ainda com o apoio da FCCN - Fundação para Computação Científica Nacional.
Já existem quatro estações locais - todas da zona de Lisboa - a transmitirem através do projecto ROLI.
terça-feira, 9 de agosto de 2005
MCR QUER UMA EMISSORA DE NOTÍCIAS
António Craveiro, administrador-delegado da Media Capital Rádio (MCR), em entrevista ao jornal “Diário de Notícias”, não descarta a hipótese de a MCR acrescentar ao grupo uma rádio de notícias ou de informação desportiva, mas afirmou que «As rádios musicais são rádios de low cost, mas as de informação são mais caras». Claro que um computador programado para passar música sai mais barato que uma redacção cheia de jornalistas e animadores.
Na mesma notícia do "DN", Henrique Agostinho, director de marketing da MCR, afirma que «Dentro de dois anos, no máximo, queremos e vamos ser o líder no sector rádio». Penso que para tal acontecer as emissoras da MCR têm de mudar de rumo, pois, na rádio, é a espontaneidade do elemento humano que faz a diferença e que cativa o ouvinte.
Na mesma notícia do "DN", Henrique Agostinho, director de marketing da MCR, afirma que «Dentro de dois anos, no máximo, queremos e vamos ser o líder no sector rádio». Penso que para tal acontecer as emissoras da MCR têm de mudar de rumo, pois, na rádio, é a espontaneidade do elemento humano que faz a diferença e que cativa o ouvinte.
domingo, 7 de agosto de 2005
A LER NO JORNAL "PÚBLICO" DE HOJE
A crónica de João Bénard da Costa no jornal "Público" - «Tempo de tios: a radiotelefonia» - (acesso pago) é uma viagem pelas memórias de infância e juventude do cronista: «Meus dias de rapaz e de adolescente podem não ter aberto a boca a bocejar sombrios, mas abriram os ouvidos a escutar raios e coriscos provindos de um aparelho que foi talvez a maior maravilha tecnológica da minha tenríssima infância».
João Bénard da Costa conta-nos algumas histórias interessantes da rádio de outros tempos.
João Bénard da Costa conta-nos algumas histórias interessantes da rádio de outros tempos.
sexta-feira, 5 de agosto de 2005
O IPAL
Enquanto os receptores de rádio digital vão, muito lentamente, entrando no nosso quotidiano, os receptores analógicos continuam a chegar em força às lojas de electrodomésticos. Alguns destes novos sintonizadores conjugam funcionalidades de outros tempos com a mais recente tecnologia.
O podcasting já conquistou algumas emissoras de rádio, que passaram a trabalhar exclusivamente com podcasts. O iPod também convenceu o mercado da alta-fidelidade, pois já existe um conjunto prévio/amplificador a válvulas para iPod.
Na secção “Sons”, da revista “DNa”, distribuída às sextas com o jornal "Diário de Notícias", é apresentado o Tivoli iPal - um pequeno rádio que faz conjunto com o iPod e o iTrip.
O iPod e um acessório - o iTrip – em conjunto, tornam-se num mini emissor de FM, cujo sinal pode ser captado pelo iPal. Ou seja, pode-se carregar o iPod com podcasts e criar, literalmente, a nossa própria estação emissora de radiodifusão sonora. Embora para um raio muito curto.
O iPal é um pequeno rádio analógico com um altifalante e, portanto, limitado na reprodução sonora, mas ligado a uma aparelhagem hi-fi torna-se num receptor de alta qualidade.
O sítio “hi-fi clube” transcreve na íntegra o artigo da revista “DNa”, além de fotografias e ligações a outros artigos sobre receptores analógicos e digitais.
O podcasting já conquistou algumas emissoras de rádio, que passaram a trabalhar exclusivamente com podcasts. O iPod também convenceu o mercado da alta-fidelidade, pois já existe um conjunto prévio/amplificador a válvulas para iPod.
Na secção “Sons”, da revista “DNa”, distribuída às sextas com o jornal "Diário de Notícias", é apresentado o Tivoli iPal - um pequeno rádio que faz conjunto com o iPod e o iTrip.
O iPod e um acessório - o iTrip – em conjunto, tornam-se num mini emissor de FM, cujo sinal pode ser captado pelo iPal. Ou seja, pode-se carregar o iPod com podcasts e criar, literalmente, a nossa própria estação emissora de radiodifusão sonora. Embora para um raio muito curto.
O iPal é um pequeno rádio analógico com um altifalante e, portanto, limitado na reprodução sonora, mas ligado a uma aparelhagem hi-fi torna-se num receptor de alta qualidade.
O sítio “hi-fi clube” transcreve na íntegra o artigo da revista “DNa”, além de fotografias e ligações a outros artigos sobre receptores analógicos e digitais.
terça-feira, 2 de agosto de 2005
MADRUGADAS DA RÁDIO
A Rádio é companhia. Ou pelo menos deveria ser... mas em Portugal parece que não é. Durante as madrugadas, as nossas emissoras apenas se limitam a ser pouco mais que um gira-discos. Algumas têm notícias às horas (no caso da TSF as notícias são de meia em meia hora), mas outras limitam-se apenas a passar música e jingles. Ou seja, é sempre mais do mesmo seja qual for a sintonia.
Com a disponibilidade de gravar e transportar a música que hoje em dia existe, qualquer ouvinte prefere uma selecção musical feita por si e à sua medida - que pode estar gravada em cassete, CD, MD, ou num qualquer aparelho de música digital – do que ouvir o que as emissoras passam, e que muitas vezes pouco lhe diz.
As madrugadas da rádio espanhola são bem diferentes. A acreditar nos textos de António Javier, autor do blogue “Vaya Historias”, elas são dinâmicas, interessantes e cumprem o papel principal da rádio: fazem companhia.
No texto «Hablar por hablar, alguien te escucha de madrugada», arquivado na categoria “Radio”, António Javier pergunta o que leva os ouvintes a participar nos programas: «que llevará a la gente a coger el teléfono de madrugada y contar sus intimidades ante miles de personas? ¿La soledad, la ansiedad, la desesperación, el insomnio…?».
Os programas das emissoras espanholas podem ser escutados em Portugal em Onda Média, mas que triste realidade a nossa quando temos de escutar emissões estrangeiras, porque as estações portuguesas – nem mesmo a RDP - não cumprem o seu papel.
Com a disponibilidade de gravar e transportar a música que hoje em dia existe, qualquer ouvinte prefere uma selecção musical feita por si e à sua medida - que pode estar gravada em cassete, CD, MD, ou num qualquer aparelho de música digital – do que ouvir o que as emissoras passam, e que muitas vezes pouco lhe diz.
As madrugadas da rádio espanhola são bem diferentes. A acreditar nos textos de António Javier, autor do blogue “Vaya Historias”, elas são dinâmicas, interessantes e cumprem o papel principal da rádio: fazem companhia.
No texto «Hablar por hablar, alguien te escucha de madrugada», arquivado na categoria “Radio”, António Javier pergunta o que leva os ouvintes a participar nos programas: «que llevará a la gente a coger el teléfono de madrugada y contar sus intimidades ante miles de personas? ¿La soledad, la ansiedad, la desesperación, el insomnio…?».
Os programas das emissoras espanholas podem ser escutados em Portugal em Onda Média, mas que triste realidade a nossa quando temos de escutar emissões estrangeiras, porque as estações portuguesas – nem mesmo a RDP - não cumprem o seu papel.
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