A realidade radiofónica difere de país para país. Não se pode comparar sequer a realidade espanhola com a portuguesa. Torna-se, portanto, bastante difícil fazer previsões a longo prazo. Quanto tempo a rádio ainda vai existir é uma incógnita, mas, provavelmente, a próxima década definirá o rumo.
No caso português, são notórios os problemas que as estações atravessam. As dificuldades económicas são uma constante de qualquer emissora particular, e quem sofre com isto é a qualidade das emissões. Não existindo capacidade financeira para suportar uma equipa qualificada (animadores, jornalistas, técnicos, etc.), recorre-se a pessoal sem qualificação profissional. Aliás, a formação na área da radiodifusão é escassa, sendo inexistente no interior do país.
A esmagadora maioria das emissões de radiodifusão sonora é em Frequência Modulada. Existem algumas em Amplitude Modulada (em Onda Média), mas o desinvestimento nesta forma de emissão foi notório a partir da década de 1980, com o aparecimento das emissoras piratas. A legalização, no final dessa década, não contemplou estações de Amplitude Modulada. Desde a década de 1950 que nenhum alvará de radiodifusão em Amplitude Modulada para novas estações foi emitido. As que o possuíam foram perdendo o interesse – inclusive a RDP. As emissoras mais pequenas que possuíam alvarás em AM e FM, foram deixando de fazer programação diferenciada para as duas antenas e, quando os emissores avariaram, deixaram mesmo de emitir, o que valeu a algumas um processo de cassação de alvará, por parte das entidades responsáveis.
A rádio portuguesa teve “mais olhos que barriga” e, após a legalização, todas as emissoras locais passaram a copiar os modelos da Antena 1, Renascença e Comercial, terminando, assim, o período de diversificação que se tinha registado ao longo da década de 1980. Apenas a TSF - Rádio Jornal se apresentou de uma forma diferente.
Grande parte das emissoras locais não percebeu o seu papel afastando-se da sua função de trabalhar para a comunidade onde estava inserida, acabando por se tornarem retransmissores das estações da capital.
(continua)
No caso português, são notórios os problemas que as estações atravessam. As dificuldades económicas são uma constante de qualquer emissora particular, e quem sofre com isto é a qualidade das emissões. Não existindo capacidade financeira para suportar uma equipa qualificada (animadores, jornalistas, técnicos, etc.), recorre-se a pessoal sem qualificação profissional. Aliás, a formação na área da radiodifusão é escassa, sendo inexistente no interior do país.
A esmagadora maioria das emissões de radiodifusão sonora é em Frequência Modulada. Existem algumas em Amplitude Modulada (em Onda Média), mas o desinvestimento nesta forma de emissão foi notório a partir da década de 1980, com o aparecimento das emissoras piratas. A legalização, no final dessa década, não contemplou estações de Amplitude Modulada. Desde a década de 1950 que nenhum alvará de radiodifusão em Amplitude Modulada para novas estações foi emitido. As que o possuíam foram perdendo o interesse – inclusive a RDP. As emissoras mais pequenas que possuíam alvarás em AM e FM, foram deixando de fazer programação diferenciada para as duas antenas e, quando os emissores avariaram, deixaram mesmo de emitir, o que valeu a algumas um processo de cassação de alvará, por parte das entidades responsáveis.
A rádio portuguesa teve “mais olhos que barriga” e, após a legalização, todas as emissoras locais passaram a copiar os modelos da Antena 1, Renascença e Comercial, terminando, assim, o período de diversificação que se tinha registado ao longo da década de 1980. Apenas a TSF - Rádio Jornal se apresentou de uma forma diferente.
Grande parte das emissoras locais não percebeu o seu papel afastando-se da sua função de trabalhar para a comunidade onde estava inserida, acabando por se tornarem retransmissores das estações da capital.
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