Não é nenhuma novidade que a rádio que se faz em Portugal é uma rádio barata: muita música e pouca palavra. Ou seja, a intervenção do elemento humano está reduzida ao mínimo. Mas a culpa não é de quem repete incessantemente slogans que enaltecem as virtudes de “sete seguidas” ou de “uma hora sem parar” (estou a falar de música, evidentemente). Penso que todos os animadores radiofónicos preferiam fazer programas de autor – os seus programas, com a “sua” música e com as suas palavras.
Alguns comentários ao texto de sexta-feira - MCR altera frequências da Cidade FM – são elucidativos do descontentamento que grassa por esse país fora. Mas, ressalve-se, ainda existem algumas emissoras que permitem alguma imaginação e não cerceiam a criatividade dos seus animadores, só que são casos cada vez mais raros.
Li no blogouve-se a referência ao texto “Para quem não quer ouvir mais nada”, que recorda a rádio de outros tempos, uma rádio que ainda não estava demasiado formatada e que fazia companhia aos ouvintes.
A rádio portuguesa segue um caminho mais económico onde o computador tomou conta do éter e, pior ainda, grande parte da música que por lá viaja é a de consumo imediato (como uma chiclete).
«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
terça-feira, 27 de setembro de 2005
Mais um livro sobre rádio
Vai ser lançado no Brasil mais uma obra sobre técnicas radiofónicas, da autoria de Cyro César: Rádio. A mídia da emoção.
A apresentação da obra vai ser feita em S.Paulo, no dia 6 de Outubro, mas pode ser encomendada via Internet, assim como outras obras do autor.
A apresentação da obra vai ser feita em S.Paulo, no dia 6 de Outubro, mas pode ser encomendada via Internet, assim como outras obras do autor.
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
MCR altera frequências da Cidade FM
No próximo dia 1 de Outubro, a Cidade FM vai mudar de frequência de emissão. esta estação passará a ser sintonizada em 90.0 MHz no Porto e 91.6 MHz em Lisboa.
O director geral da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal, diz que esta troca de frequências vai permitir à Cidade FM «chegar ao seu público com maior potência, levando-lhes a música com a qualidade de som que eles merecem».
A Cidade FM vai ocupar as frequências da Rádio Voxx, que dará por findas as suas emissões. Para as frequências que irão deixar de ter a Cidade FM, a MCR prepara uma nova emissora: a Foxx FM.
O director geral da Media Capital Rádios (MCR), Pedro Tojal, diz que esta troca de frequências vai permitir à Cidade FM «chegar ao seu público com maior potência, levando-lhes a música com a qualidade de som que eles merecem».
A Cidade FM vai ocupar as frequências da Rádio Voxx, que dará por findas as suas emissões. Para as frequências que irão deixar de ter a Cidade FM, a MCR prepara uma nova emissora: a Foxx FM.
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
A música portuguesa na Antena 1
Recebi nos últimos dias dois e-mails que referem algumas dezenas de artistas que estão fora da programação da Antena 1. Não posso confirmar se os artistas referidos estão realmente fora da programação da Antena 1, pois só esporadicamente é que escuto esta emissora.
A lista refere artistas como Amália, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Mendes, José Afonso, Anamar, Fernando Girão, Júlio Pereira, Pedro Barroso, Tet Vocal, José Mário Branco, Paulo de Carvalho e toda a música de Coimbra (deduzo que sejam os fados).
É verdade que não são artistas que estão nos tops, mas a Antena 1 também não é uma estação que só passa os discos que estão na moda. Se a exclusão de alguns artistas portugueses não é intencional é uma situação que deve ser rapidamente corrigida, se é, então é censura, o que é inadmissível numa estação pública.
O director da RDP, Rui Pêgo, foi informado desta lista através de um e-mail enviado por Álvaro José Ferreira, que também se congratulou com o facto de o programa “Lugar ao Sul” - de que ele é um defensor - voltar a ser emitido aos sábados a partir das 09 horas da manhã, mas contestou a redução da duração do programa, de duas para um hora.
A lista refere artistas como Amália, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Mendes, José Afonso, Anamar, Fernando Girão, Júlio Pereira, Pedro Barroso, Tet Vocal, José Mário Branco, Paulo de Carvalho e toda a música de Coimbra (deduzo que sejam os fados).
É verdade que não são artistas que estão nos tops, mas a Antena 1 também não é uma estação que só passa os discos que estão na moda. Se a exclusão de alguns artistas portugueses não é intencional é uma situação que deve ser rapidamente corrigida, se é, então é censura, o que é inadmissível numa estação pública.
O director da RDP, Rui Pêgo, foi informado desta lista através de um e-mail enviado por Álvaro José Ferreira, que também se congratulou com o facto de o programa “Lugar ao Sul” - de que ele é um defensor - voltar a ser emitido aos sábados a partir das 09 horas da manhã, mas contestou a redução da duração do programa, de duas para um hora.
domingo, 18 de setembro de 2005
Homens ouvem mais rádio que as mulheres
Segundo Bareme Rádio da Marktest, 69,2% dos homens ouvem rádio, mas apenas 51,4% das mulheres o fazem.
No primeiro semestre de 2005, o tempo médio de escuta radiofónica atingiu as 3 horas e 21 minutos por dia, sendo que os homens registam um consumo de mais oito minutos diários.
No primeiro semestre de 2005, o tempo médio de escuta radiofónica atingiu as 3 horas e 21 minutos por dia, sendo que os homens registam um consumo de mais oito minutos diários.
Análise Regular dos Media
O sítio do Obercom disponibiliza o Media Regular Analysis, uma análise aos sectores da rádio, Internet e Cinema.
De realçar que na análise ao sector da rádio aparecem duas rádios locais - a Rádio Nova Era (Vila Nova de Gaia) e a Rádio Festival (Porto).
De realçar que na análise ao sector da rádio aparecem duas rádios locais - a Rádio Nova Era (Vila Nova de Gaia) e a Rádio Festival (Porto).
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
Curso de Técnicas de Comunicação para Rádio e Televisão
O Departamento de Ciências da Comunicação (CC) da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) vai ministrar um curso de Técnicas de Comunicação para Rádio e Televisão, com inicio previsto para 31 de Outubro de 2005.
O curso tem uma duração de 5 horas/semana, num total de 120 horas, e destina-se a todos aqueles que pretendem seguir uma carreira profissional na apresentação quer de programas informativos quer de entretenimento na rádio e na televisão.
Os interessados podem obter mais informações no sítio do curso.
O curso tem uma duração de 5 horas/semana, num total de 120 horas, e destina-se a todos aqueles que pretendem seguir uma carreira profissional na apresentação quer de programas informativos quer de entretenimento na rádio e na televisão.
Os interessados podem obter mais informações no sítio do curso.
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
Vem aí um receptor híbrido multibanda
Até ao final deste ano vai ser comercializado (pelo menos lá fora, mas pode-se encomendar via Internet) um receptor radiofónico capaz de receber emissões analógicas em FM e AM (ondas curtas, médias e longas) e emissões digitais em DAB e DRM.
Captar as emissoras estrangeiras em DRM com uma qualidade sonora idêntica ao da actual Frequência Modulada, é uma alternativa ao marasmo radiofónico que Portugal tem durante as madrugadas.
O preço final deverá rondar os 250 euros - um pouco caro, mas, se calhar, compensa. Uma foto do receptor pode ser vista no sítio da BBC News.
Captar as emissoras estrangeiras em DRM com uma qualidade sonora idêntica ao da actual Frequência Modulada, é uma alternativa ao marasmo radiofónico que Portugal tem durante as madrugadas.
O preço final deverá rondar os 250 euros - um pouco caro, mas, se calhar, compensa. Uma foto do receptor pode ser vista no sítio da BBC News.
terça-feira, 13 de setembro de 2005
Curso de rádio
A “Académica FM” (Porto) vai ministrar um curso financiado de aperfeiçoamento em rádio (nível 4). O curso funcionará de segunda a quinta-feira, em horário pós-laboral (19h-22h), e terá início a 26 de Setembro, tendo uma duração de 108h.
Os interessados poderão pedir mais informações através do e-mail formacao @ academicanet.fm.
A "Académica FM" é uma entidade acreditada pelo IQF.
Os interessados poderão pedir mais informações através do e-mail formacao @ academicanet.fm.
A "Académica FM" é uma entidade acreditada pelo IQF.
A angústia dos formatos II: A nova era tecnológica da rádio
Os anos 90 do século XX foram, para a radiodifusão, um marco: os telemóveis, a rádio digital, as emissões online e, já em pleno século XXI, os podcasts, transformaram a rádio.
Até meados dos anos noventa do século passado, era raro existir um computador numa emissora, agora ele é uma ferramenta praticamente indispensável de qualquer estúdio, seja ele de emissão ou de produção.
A rádio digital nasce com o frenesim digital da década de 1980. Os relógios de cristal líquido estavam no pulso de todos, o CD prometia som perfeito e eterno (não foi assim, mas estas são contas de outro rosário), os primeiros computadores pessoais começavam a estar disponíveis para a maioria dos consumidores e as máquinas de jogos digitais (tipo ZX Spectrum) faziam as delicias dos adolescentes. Qualquer aparelho que ostentasse a palavra “digital” tinha mercado. Não foi de estranhar, portanto, que rapidamente aparecesse o FM digital ( mais tarde chamado de IBOC e agora HD Radio) na América, as emissões radiofónicas digitais por satélite (com codificação digital diferente da rádio digital terrestre), o ISBD-T no Japão e o DAB na Europa. Finalmente surge o DRM, que parece ser o único sistema que reúne condições para ser um formato mundial. E só assim poderá ter sucesso, pois se não houver uma uniformização mundial, uma rádio do Japão não poderá ser escutada na América, assim como uma rádio americana não poderá ser escutada na China. A facilidade de recepção de uma emissora digital deve ser igual, ou superior, à que existe agora.
A rádio online acrescentou à tradicional estação de FM ou AM outro meio de propagação, para além do hertziano. Hoje qualquer estação local de Frequência Modulada já não está sujeita aos limites impostos pela potência do emissor ou por obstáculos terrestres. Se transmitir em streaming através da Internet pode, virtualmente, ser escutada em qualquer lugar do mundo. Mas até uma rádio online se pode perder nos meandros das codificações digitais. Real Audio, mp3, wma, quick time e Ogg Vorbis são os formatos mais comuns, e para alguns deles – caso do real audio e do quick time – são mesmo necessários descodificadores próprios. Embora os leitores de formatos específicos estejam disponíveis para descarregar nos sítios das emissoras, é sempre mais um programa para ocupar espaço no disco rígido do computador e muitas vezes surgem conflitos de software que não permitem que se escute rádio online.
Os telemóveis permitiram uma mobilidade que até aí era inexistente: um reporter podia chegar a um acontecimento qualquer, mesmo longe da emissora, e rapidamente entrar em directo. Esta ainda é uma vantagem que a rádio tem sobre os outros meios de comunicação social.
A fase do ouvinte passivo terminou quando a rádio aproveitou o telefone. Desde o tempo em que apenas se pedia um disco por telefone até aos fóruns, a rádio sofreu muitas alterações. Os podcasts são mais um passo na evolução da rádio e uma nova forma de interacção ouvinte/rádio em que o ciclo se fecha. O ouvinte já não escuta programas de outros, ouve o seu próprio programa.
A tecnologia evolui contínuamente, será ela a ditar o fim da rádio? O futuro dirá. Mas de certeza que enquanto a rádio for o único medium que permite a acumulação (ler o jornal e ouvir rádio, por exemplo) e se cumprir a sua função de fazer companhia, não sendo apenas uma juke box fria e impessoal, esta terá sempre um lugar privilegiado nos meios de comunicação e no coração dos ouvintes.
Até meados dos anos noventa do século passado, era raro existir um computador numa emissora, agora ele é uma ferramenta praticamente indispensável de qualquer estúdio, seja ele de emissão ou de produção.
A rádio digital nasce com o frenesim digital da década de 1980. Os relógios de cristal líquido estavam no pulso de todos, o CD prometia som perfeito e eterno (não foi assim, mas estas são contas de outro rosário), os primeiros computadores pessoais começavam a estar disponíveis para a maioria dos consumidores e as máquinas de jogos digitais (tipo ZX Spectrum) faziam as delicias dos adolescentes. Qualquer aparelho que ostentasse a palavra “digital” tinha mercado. Não foi de estranhar, portanto, que rapidamente aparecesse o FM digital ( mais tarde chamado de IBOC e agora HD Radio) na América, as emissões radiofónicas digitais por satélite (com codificação digital diferente da rádio digital terrestre), o ISBD-T no Japão e o DAB na Europa. Finalmente surge o DRM, que parece ser o único sistema que reúne condições para ser um formato mundial. E só assim poderá ter sucesso, pois se não houver uma uniformização mundial, uma rádio do Japão não poderá ser escutada na América, assim como uma rádio americana não poderá ser escutada na China. A facilidade de recepção de uma emissora digital deve ser igual, ou superior, à que existe agora.
A rádio online acrescentou à tradicional estação de FM ou AM outro meio de propagação, para além do hertziano. Hoje qualquer estação local de Frequência Modulada já não está sujeita aos limites impostos pela potência do emissor ou por obstáculos terrestres. Se transmitir em streaming através da Internet pode, virtualmente, ser escutada em qualquer lugar do mundo. Mas até uma rádio online se pode perder nos meandros das codificações digitais. Real Audio, mp3, wma, quick time e Ogg Vorbis são os formatos mais comuns, e para alguns deles – caso do real audio e do quick time – são mesmo necessários descodificadores próprios. Embora os leitores de formatos específicos estejam disponíveis para descarregar nos sítios das emissoras, é sempre mais um programa para ocupar espaço no disco rígido do computador e muitas vezes surgem conflitos de software que não permitem que se escute rádio online.
Os telemóveis permitiram uma mobilidade que até aí era inexistente: um reporter podia chegar a um acontecimento qualquer, mesmo longe da emissora, e rapidamente entrar em directo. Esta ainda é uma vantagem que a rádio tem sobre os outros meios de comunicação social.
A fase do ouvinte passivo terminou quando a rádio aproveitou o telefone. Desde o tempo em que apenas se pedia um disco por telefone até aos fóruns, a rádio sofreu muitas alterações. Os podcasts são mais um passo na evolução da rádio e uma nova forma de interacção ouvinte/rádio em que o ciclo se fecha. O ouvinte já não escuta programas de outros, ouve o seu próprio programa.
A tecnologia evolui contínuamente, será ela a ditar o fim da rádio? O futuro dirá. Mas de certeza que enquanto a rádio for o único medium que permite a acumulação (ler o jornal e ouvir rádio, por exemplo) e se cumprir a sua função de fazer companhia, não sendo apenas uma juke box fria e impessoal, esta terá sempre um lugar privilegiado nos meios de comunicação e no coração dos ouvintes.
sábado, 10 de setembro de 2005
Um anúncio bastante curioso
Vi no Rádio Informa a imagem de um anuncio - publicado no Diário de Notícias – que reza o seguinte: «Rádios. Cede-se capital de oito rádios do Minho/Algarve. Aceitam-se propostas para uma ou todas (...)»
Segundo o Rádio Informa, as oito frequências são as que retransmitem a Rádio Capital, mas as frequências do Porto e de Lisboa não estão neste “pacote”.
A Lei só permite a concentração de até cinco emissoras (claro que existe sempre forma de dar a volta), mas não era motivo para a Alta Autoridade para a Comunicação Social investigar?
Segundo o Rádio Informa, as oito frequências são as que retransmitem a Rádio Capital, mas as frequências do Porto e de Lisboa não estão neste “pacote”.
A Lei só permite a concentração de até cinco emissoras (claro que existe sempre forma de dar a volta), mas não era motivo para a Alta Autoridade para a Comunicação Social investigar?
quarta-feira, 7 de setembro de 2005
A angústia dos formatos* - I
Chamou-me a atenção o texto «Tecnologias e Memória» que Rogério Santos escreveu no blogue Indústrias Culturais. O texto levou-me a pensar que nós, os consumidores, somos o bombo da festa nas guerras de mercado.
Em Portugal vivemos uma indefinição quanto à rádio digital. O Digital Audio Broadcasting (DAB) é uma realidade, mas só para a RDP e para uns poucos ouvintes que investiram num (ainda muito caro) receptor de rádio digital. O Digital Radio Mondiale (DRM) tem registado avanços, mas ainda não está disponível para a esmagadora maioria das pessoas. Vivemos rodeados de tecnologia e com a velocidade com que esta se desenvolve estamos sujeitos a que o DAB (ou o DRM) fique obsoleto ainda antes de nós, em Portugal, podermos usufruir das suas vantagens.
Digital é a palavra de ordem desde a década de 1980. O disco analógico de vinil tornou-se obsoleto com o aparecimento do CD; o VHS está a ser (já foi?) rapidamente substituído pelo DVD-Video; a cassete de fita magnética analógica foi substituida pelo MD, pelo CD-r e pelos formatos de áudio digital comprimido; a rádio analógica está, lentamente, a dar lugar à rádio digital. Curiosamente o DVD-Video ainda não aqueceu o lugar e já se perfilam dois candidatos para a sua substituição: o HD-DVD e o Blu Ray. Com o CD passa-se a mesma coisa, já tem dois candidatos à sucessão: o DVD-Audio e o SACD (Super Audio Compact Disc). O CD só ainda não se tornou uma peça de museu porque os fabricantes de equipamentos e as editoras discográficas não chegam a um acordo quanto ao formato que o irá substituir.
* Título inspirado num trabalho de Leonardo di Marchi, intitulado «AAngústia do Formato: uma história dos formatos fonográficos», publicado na Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
Em Portugal vivemos uma indefinição quanto à rádio digital. O Digital Audio Broadcasting (DAB) é uma realidade, mas só para a RDP e para uns poucos ouvintes que investiram num (ainda muito caro) receptor de rádio digital. O Digital Radio Mondiale (DRM) tem registado avanços, mas ainda não está disponível para a esmagadora maioria das pessoas. Vivemos rodeados de tecnologia e com a velocidade com que esta se desenvolve estamos sujeitos a que o DAB (ou o DRM) fique obsoleto ainda antes de nós, em Portugal, podermos usufruir das suas vantagens.
Digital é a palavra de ordem desde a década de 1980. O disco analógico de vinil tornou-se obsoleto com o aparecimento do CD; o VHS está a ser (já foi?) rapidamente substituído pelo DVD-Video; a cassete de fita magnética analógica foi substituida pelo MD, pelo CD-r e pelos formatos de áudio digital comprimido; a rádio analógica está, lentamente, a dar lugar à rádio digital. Curiosamente o DVD-Video ainda não aqueceu o lugar e já se perfilam dois candidatos para a sua substituição: o HD-DVD e o Blu Ray. Com o CD passa-se a mesma coisa, já tem dois candidatos à sucessão: o DVD-Audio e o SACD (Super Audio Compact Disc). O CD só ainda não se tornou uma peça de museu porque os fabricantes de equipamentos e as editoras discográficas não chegam a um acordo quanto ao formato que o irá substituir.
* Título inspirado num trabalho de Leonardo di Marchi, intitulado «A
terça-feira, 6 de setembro de 2005
“Música no ar”
Semanalmente, a partir do dia 18 de Setembro, a RTP 1 vai transmitir “Música no ar” - uma homenagem à televisão e à rádio de outros tempos. São seis programas que retratam a sociedade portuguesa da segunda metade do século XX.
Os programas têm como cenários um estúdio de rádio e outro de televisão e, entre outros assuntos, vão falar da história destes dois meios de comunicação.
Os programas têm como cenários um estúdio de rádio e outro de televisão e, entre outros assuntos, vão falar da história destes dois meios de comunicação.
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
Programas de rádio na televisão
Os formatos que servem para um meio (porque foram concebidos e respeitam as características) provavelmente falharão quando são transportados, sem qualquer cuidado, para outro. Um exemplo disso é dado às quartas e sextas feiras, às 05h00 (06h00 hora espanhola), pela TV Galicia, que transmite um noticiário desde os estúdios da Rádio Galega. O que se vê, através de uma câmara fixa, são três jornalistas sentados num estúdio de rádio a ler as notícias, ouve-se os registos sonoros e nada mais. Ou seja, não é atractivo pois a imagem não acrescenta nada de útil.
Por cá, também já tivemos uma experiência similar com o programa Bancada Central, da TSF, que era transmitido em directo no canal SMS através de uma webcam. O resultado também era fraco.
Por cá, também já tivemos uma experiência similar com o programa Bancada Central, da TSF, que era transmitido em directo no canal SMS através de uma webcam. O resultado também era fraco.
Contribuição para o audiovisual
A contribuição para o audiovisual vai ser alargada às empresas. Até aqui apenas os consumidores particulares de energia eléctrica eram obrigados a pagar esta taxa, que está incluída na factura da EDP.
A contribuição para o audiovisual destina-se a financiar o serviço público de rádio, prestado pela RDP, e o canal de televisão 2:. Com esta medida o Estado passa a arrecadar mais cinco milhões de euros por ano.
A contribuição para o audiovisual destina-se a financiar o serviço público de rádio, prestado pela RDP, e o canal de televisão 2:. Com esta medida o Estado passa a arrecadar mais cinco milhões de euros por ano.
quinta-feira, 1 de setembro de 2005
A música na TSF
João Paulo Meneses faz «Um apelo aos animadores da TSF», no Blogouve-se. O jornalista chama a atenção para a forma como a música tem sido tratada na TSF. Miguel Fernandes – animador da TSF – respondeu e explica o que se passa.
Tempo de antena
Dia 9 de Outubro há eleições para os Órgãos das Autarquias Locais. Determina a Lei que este é o único acto eleitoral que obriga à emissão de tempos de antena por parte das rádios locais.
Entre 27 de Setembro e 7 de Outubro, as emissoras locais são obrigadas a reservar dois espaços de 15 minutos cada, um a emitir durante a manhã e outro ao final da tarde ou durante a noite, para a emissão dos referidos tempos de antena.
Segundo um documento informativo da Comissão Nacional de Eleições, a Lei aplica-se a «estações de radiodifusão sonora local (de programas generalistas e temáticos informativos), com sede na área territorial do respectivo município».
O que me parece menos claro é a posição em que ficam as emissoras que fazem cadeia com outras estações. Será que vão ter de interromper a retransmissão da programação e passar o tempo de antena? É que existem vários concelhos que não têm uma única estação local, porque as que existem são meros retransmissores de estações de Lisboa.
Entre 27 de Setembro e 7 de Outubro, as emissoras locais são obrigadas a reservar dois espaços de 15 minutos cada, um a emitir durante a manhã e outro ao final da tarde ou durante a noite, para a emissão dos referidos tempos de antena.
Segundo um documento informativo da Comissão Nacional de Eleições, a Lei aplica-se a «estações de radiodifusão sonora local (de programas generalistas e temáticos informativos), com sede na área territorial do respectivo município».
O que me parece menos claro é a posição em que ficam as emissoras que fazem cadeia com outras estações. Será que vão ter de interromper a retransmissão da programação e passar o tempo de antena? É que existem vários concelhos que não têm uma única estação local, porque as que existem são meros retransmissores de estações de Lisboa.
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