«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Regresso do Provedor do Ouvinte da RTP

Amanhã regressa o programa do Provedor do Ouvinte da Rádio e Televisão de Portugal (RTP). Adelino Gomes foi o escolhido para o cargo e, estou certo, desempenhará exemplarmente o seu papel, dada a sua grande experiência como jornalista e como homem da rádio.

O primeiro Em Nome do Ouvinte – assim se chama aquele espaço radiofónico – da responsabilidade de Adelino Gomes, vai ser transmitido sexta-feira (amanhã) na Antena 1, pelas 17h12, e será retransmitido no sábado, dia 30, a seguir ao noticiário das 13h00. Terá, também, transmissão nos outros canais radiofónicos da RTP.

«Os primeiros quatro programas serão dedicados à opinião de 21 antigos profissionais, ligados directa ou indirectamente à Radiodifusão portuguesa, sobre a Rádio que se faz hoje, em particular nas sete estações do Serviço Público». Estes primeiros programas têm como temas: “As vozes na Rádio e o português que elas falam hoje”; “A Rádio nas antigas colónias e o papel dos seus profissionais na rádio em Portugal”; “O pior e o melhor da Rádio, hoje”; “A Rádio vai acabar?”.

Adelino Gomes conseguiu, assim, trazer para a rádio um debate sobre ela própria e que tem sido inexistente no meio, mas que é urgente e necessário. As vozes que se escutarão serão de várias figuras ligadas da radiodifusão em Portugal, sendo que algumas delas são mesmo – tal como o actual provedor – figuras que fazem parte da História da Rádio em Portugal.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Seis Anos de "História da Rádio em Portugal"


Foi há seis anos que “Telefonia Sem Fios - História da Rádio em Portugal” teve a sua primeira versão, na altura só com algumas datas relevantes da história da rádio, tendo evoluído rapidamente para o formato actual. Em 2002, a bibliografia existente era escassa, imprecisa e, muitas vezes redundante. Passados seis anos o cenário é diferente. Após 2002, foram lançados várias obras que contribuem para um maior conhecimento da história da radiodifusão.

Sobre a história da rádio portuguesa, e editados após 2002, temos o magnífico livro de Rogério Santos, “As Vozes da Rádio, 1924-1939”, que nos apresenta os primórdios da radiodifusão em Portugal.

Dina Cristo dá-nos uma visão das relações entre a rádio portuguesa e o regime anterior ao 25 de Abril de 1974, em “A Rádio em Portugal e o Declínio de Salazar e Caetano (1958-1974)”. Nelson Ribeiro escreve sobre a infância rádio pública em “A Emissora Nacional nos primeiros anos do Estado Novo”.

Hélder Sequeira apresenta-nos a história da mais antiga emissora local portuguesa - a Rádio Altitude - no livro “O Dever da Memória - Uma Rádio no Sanatório da Montanha”.

Um outro livro que foca as relações entre a rádio portuguesa e o Estado novo foi elaborado por Paula Borges Santos - "Igreja Católica, Estado e Sociedade, 1968-1975 - O Caso Rádio Renascença".

Um género radiofónico esquecido - o Teatro - foi recordado por Eduardo Street em "O Teatro Invisível".

José Andrade recorda as primeiras emissões radiofónicas nos Açores em "Aqui Portugal - Os primeiros anos da telefonia nos Açores".

A “RBA Coleccionables” lançou a obra “Rádios de Outrora”, em fascículos coleccionáveis, que nos apresenta um percurso da rádio no mundo.

Durante 2002 foram lançados dois livros: “A Rádio Renascença e o 25 de Abril”, de Nelson Ribeiro e “Tudo o que se passa na TSF ...Para um livro de estilo”, de João Paulo Meneses.

Outra literatura sobre a história da radiodifusão pode ser consultada na página “Bibliografia”, no sítio “Telefonia Sem Fios - História da Rádio em Portugal”.

Ainda há muito para fazer no domínio da história da radiodifusão e a página será actualizada, inclusive com um novo formato. Obrigado a todos os que visitaram e o visitam.

domingo, 17 de agosto de 2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Dá que pensar...

Recebi, via e-mail, um texto que nada tem a ver com a rádio, mas as estações emissoras de radiodifusão são o reflexo das condições em que se desenvolve a sociedade em que estão inseridas. Fica aqui o estado em que estamos:


«- Na escola um professor é agredido por um aluno. O professor nada pode fazer, porque a sua progressão na carreira está dependente da nota que dá ao seu aluno.


- Um jovem de 18 anos recebe €200 do Estado para não trabalhar; um idoso recebe de reforma €236 depois de toda uma vida de trabalho.


- Um marido oferece um anel à sua mulher e tem de declarar a doação ao fisco.


- O Estado que queria gastar 6 mil milhões de euros no novo Aeroporto recusa-se a baixar impostos, porque não tem dinheiro.


- Nas zonas mais problemáticas das áreas urbanas, existe 1 polícia para cada 2000 habitantes; o Governo diz que não precisa de mais polícias.


- Numa empreitada pública, os trabalhadores são todos imigrantes ilegais, que recebem abaixo do salário mínimo e o Estado não fiscaliza.


- Um professor é sovado por um aluno e o Governo diz que a culpa é das causas sociais.

- Um polícia bate num negro: é uma atitude racista. Um bando de negros mata 3 polícias: não estão inseridos na sociedade.


- O café da esquina fechou porque não tinha WC para homens, mulheres e empregados. No Fórum Montijo o WC da Pizza Hut fica a 100 mts e nem tem local para lavar mãos.


- O governo incentiva as pessoas a procurarem energias alternativas ao petróleo e depois multa quem coloca óleo vegetal nos carros porque não paga o ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos).


- O Ministério do Ambiente incentiva o uso de meios alternativos ao combustível. No edifício do Ministério do Ambiente não há estacionamento para bicicletas, nem se sabe de nenhum ministro que utilize bicicleta.


- Nas prisões é distribuído gratuitamente seringas por causa do HIV, mas como entra droga nas prisões?


- No exame final de 12º ano és apanhado a copiar, chumbas o ano: O sr.Primeiro-ministro fez o exame de inglês técnico em casa e mandou por fax e é engenheiro.


- Um jovem de 14 mata um adulto, não tem idade para ir a tribunal. Um jovem de 15 leva um chapada do pai, por ter roubado dinheiro para droga, é violência doméstica.


- Começas a descontar em Janeiro o IRS e só vais receber o excesso em Agosto do ano que vem. Não pagas as finanças a tempo e horas, passado um dia já estas a pagar juros.


- Fechas a janela da tua varanda e estas a fazer uma obra ilegal. Constrói-se um bairro de lata e ninguém vê.


- Se o teu filho não tem cabeça para a escola e com 14 anos o pões a trabalhar contigo num oficio respeitável, é exploração do trabalho infantil. Se és artista e o teu filho com 7 anos participa em gravações de telenovelas 8 horas por dia ou mais, a criança tem muito talento, sai ao pai ou à mãe.


- Paguei 0.50€ por uma seringa na farmácia para dar um medicamento ao meu filho, mas se fosse drogado, não pagava nada».


Haverá, certamente, muitas mais coisas do género a acrescentar.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A Rádio na Música - III

Final da Década de 1970. O Disco Sound estava a morrer e surgiam novos géneros de música de dança, em que os sintetizadores tinham uma preponderância na melodia.

Um destes novos géneros (ou sub-géneros) musicais foi o New Wave. No Reino Unido, até meados da década de 1980, os tops são povoados de bandas New Wave. Os Buggles foram uma dessas bandas.

Video Killed the Radio Star" é, provavelmente, a mais conhecida das músicas dedicadas à rádio. Teledisco de abertura da MTV, em 1981, esta canção ficou associada, nos últimos anos, a um prenúncio do fim da rádio.

Lançada em Setembro de 1979, “Video Killed the Radio Star" celebra os anos de ouro da rádio. Atingiu o número um do top do Reino Unido, na semana de 20 de Outubro de 1979.

Os Buggles apresentam-se em concerto de tempos a tempos. Fica aqui “Video Killed the Radio Star", tocado ao vivo em 2004.


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Passaram 27 Anos…

… Desde que a MTV iniciou as suas emissões. “Vídeo killed The Rádio Star” foi o tema escolhido para ser o primeiro teledisco (hoje chamam-se video clips) a ser emitido pela estação.

27 anos depois, muitas estações televisivas musicais, Internet, mp3, etc., a rádio continua por cá e recomenda-se. Afinal, o vídeo não matou a estrela da rádio.