«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005
sábado, 31 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
A Rádio Sim e a Rádio Clube
As últimas audiências demonstraram uma queda da Rádio Clube, estação da Media Capital Rádios, e a ascensão da Rádio Sim, do Grupo Renascença. No Bareme Rádio do 3.º trimestre de 2008, a Rádio Sim ainda não constava e a Rádio Clube apresentava um AAV de 1,4%. Nas audiências do 4.º trimestre de 2008 a Rádio Clube apresenta uma queda de 0,4% de AAV e a Rádio Sim aparece com 0,7%.
Enquanto a Rádio Clube transmite pela Internet e em Frequência Modulada, a Rádio Sim apresenta-se em três plataformas de emissão: na Internet, em Frequência Modulada e em Amplitude Modulada. Mas não é esta a causa de uma estar a ganhar ouvintes enquanto outra os perde.
A Rádio Sim ganha ouvintes porque tem um projecto diferente dos existentes, desenhado, certamente, por que conhece o meio radiofónico. A experiência do Grupo Renascença no meio é reconhecida e inquestionável. O mesmo não se pode dizer da Rádio Clube. Esta emissora perdeu a oportunidade de se tornar numa das mais escutadas em Portugal quando alterou sucessivamente o seu modelo. Ao longo dos tempos, a Rádio Clube foi imitando outras e não se definia. Quando isso aconteceu, já era tarde. Os ouvintes perceberam “que era mais do mesmo” e foram regressando às emissoras que estavam habituados a escutar antes de aparecer a Rádio Clube.
Para as emissoras terem sucesso têm de ter um projecto vencedor e isso consegue-se com bons profissionais conhecedores do meio. Existem muitos administradores dos media que percebem muito de gestão, mas muito pouco de rádio. O resultado vê-se.
De salientar o facto de uma nova emissora apostar na Amplitude Modulada, pois desde inícios da década de 1980 este tipo de transmissão tem vindo a entrar em desuso em Portugal, não sendo concessionada nenhuma frequência em Amplitude Modulada (Ondas Curtas Médias ou Longas) desde a década de 1950, para radiodifusão. Com a Rádio Sim existe um reavivar da Onda Média – o comprimento de onda mais utilizado na radiodifusão em Portugal, em Amplitude Modulada.
Enquanto a Rádio Clube transmite pela Internet e em Frequência Modulada, a Rádio Sim apresenta-se em três plataformas de emissão: na Internet, em Frequência Modulada e em Amplitude Modulada. Mas não é esta a causa de uma estar a ganhar ouvintes enquanto outra os perde.
A Rádio Sim ganha ouvintes porque tem um projecto diferente dos existentes, desenhado, certamente, por que conhece o meio radiofónico. A experiência do Grupo Renascença no meio é reconhecida e inquestionável. O mesmo não se pode dizer da Rádio Clube. Esta emissora perdeu a oportunidade de se tornar numa das mais escutadas em Portugal quando alterou sucessivamente o seu modelo. Ao longo dos tempos, a Rádio Clube foi imitando outras e não se definia. Quando isso aconteceu, já era tarde. Os ouvintes perceberam “que era mais do mesmo” e foram regressando às emissoras que estavam habituados a escutar antes de aparecer a Rádio Clube.
Para as emissoras terem sucesso têm de ter um projecto vencedor e isso consegue-se com bons profissionais conhecedores do meio. Existem muitos administradores dos media que percebem muito de gestão, mas muito pouco de rádio. O resultado vê-se.
De salientar o facto de uma nova emissora apostar na Amplitude Modulada, pois desde inícios da década de 1980 este tipo de transmissão tem vindo a entrar em desuso em Portugal, não sendo concessionada nenhuma frequência em Amplitude Modulada (Ondas Curtas Médias ou Longas) desde a década de 1950, para radiodifusão. Com a Rádio Sim existe um reavivar da Onda Média – o comprimento de onda mais utilizado na radiodifusão em Portugal, em Amplitude Modulada.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Audiências do 4.º Trimestre de 2008
Segundo dados do Bareme Rádio, da Marktest, ficam, assim, alinhadas as emissoras, em termos de Audiência Acumulada de Véspera (AAV) do 4.º Trimestre de 2008 :
RFM – 13,2%
RR – 9.1%
Comercial – 7,6%
Antena 1 – 4,2%
Cidade FM – 4,1%
TSF – 3,9%
Antena 3 – 3,6%
Mega FM – 1,9%
M80 – 1,5%
Rádio Clube – 1,0%
Rádio Sim – 0,7%
Best Rock FM – 0,5%
Romântica FM – 0,5%
Antena 2 – 0,4%
Outras estações – 10,1%
Não sabe que estação escutou – 1,0%
Estes dados podem ser comparados com as audiências do 3.º trimestre de 2008 e com o período homólogo do ano passado.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Uma Ajuda às Rádios Locais
O governo decidiu proceder «a uma redução “significativa” das taxas que as rádios locais, sobretudo as de concelhos pouco populosos, têm de pagar à Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC)».
A ajuda não é muito grande para asemissoras locais que mantêm colaboradores nos seus quadros. Para as que operam apenas com música a partir de um programa informático, a ajuda é grande.
A ajuda não é muito grande para asemissoras locais que mantêm colaboradores nos seus quadros. Para as que operam apenas com música a partir de um programa informático, a ajuda é grande.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O 2008 Radiofónico
Não há muito a dizer sobre a radiodifusão em Portugal em 2008, a não ser que, infelizmente, foi mais do mesmo. Pouco se inovou e, pior ainda, não existiu, na generalidade, excelência na produção radiofónica. Na verdade é mais fácil inovar que manter um produto excelente, porque este custa dinheiro. Ressalva-se, aqui, algumas honrosas excepções, como o caso da Altitude FM.
A rádio vai-se adaptando às novidades tecnológicas e a tentação de manter um emissora apenas com um computador a fazer a vez dos animadores é grande, para os propretários, pois não se queixa, trabalha 24 horas por dia, não falta, etc. Só que, nestes casos, já não se pode dizer que naquela frequência (e/ou endereço da Internet) "mora” uma estação emissora de radiodifusão sonora.
A primeira década do século XXI está nos últimos anos, será que a radiodifusão em Portugal vai chegar ao final da segunda? Provávelmente, sim. Mas para isso terá de sofrer adaptações e começar a apresentar produtos atractivos e isso só se faz com pessoas – jornalistas, técnicos, locutores, produtores.
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