«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

terça-feira, 6 de junho de 2006

Pelo éter do Grande Porto

O Porto vive à míngua, no que toca a estações locais de radiodifusão. Das seis que deveriam existir, só se escutam duas: Rádio Nova e Rádio Festival, e estas têm os destinos nas mãos do grupo Luso-Canal, que tem sede em Lisboa. E à volta do Porto só restam quatro emissoras locais (Rádio Clube de Matosinhos, Lidador, Gaia FM e Nova Era), mas deveriam existir dez. Elas até existem, só que são retransmissores de estações de Lisboa.
A emissora Gaia FM alterou a frequência para 95.50 MHz. Nada de mais se esta não fosse uma estação de Vila Nova de Gaia e os 95.50 MHz não fossem do Porto. Ou seja, a frequência - que pertencia à extinta Rádio Placard e que, por acaso, também era do mesmo proprietário da Gaia FM - passou para Vila Nova de Gaia.
A questão é esta: Se um dia voltar a haver um concurso para atribuição de alvarás de radiodifusão sonora, será que vai existir uma frequência para substituir os 95.50 MHz no Porto? Duvido muito.

3 comentários:

Anónimo disse...

Este é um tema que não vejo a ser discutido pelos média do Grande Porto ou ao nível politico local. Se no primeiro caso compreende-se, pois as sedes de Lisboa não estão interessadas na questão, já não compeendo o silencio da autarquia portuense e dos seus congeneres de Matosinhos,Maia,Gaia e Gondomar.Umaárea metropolitana sem C.Social é uma metropole morta. Nos jornais temos um JN já com sede em Lisboa, na TV, apenas uma RTPN ( parte) com sede em Lisboa e nas rádios está no estado que denunciou. È o marasmo completo, em que parece que alguem ganha com isso, menos a população que na sua grande maioria desconhece estes meandros da rádio. Penso que já se chegou ao ponto de as pessoas já estarem habituadas a que o sotaque da rádio seja lisboeta, pensando que é a unica forma de se falar na rádio. Não é que isso seja um mal, mas que é sinónimo de um pais centralizado, contrariamente àquilo que existe em todos os paises desenvolvidos da Europa, onde os média locais ( Tv/Rádio/Jornais)existem. Não conhelo nenhuma vantagem no centralismo, seja a que nível for. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Mas como é que uma coisa dessas aconteceu? Como é que a rádio de Gaia ganha uma frequência do Porto? Porquê? Como? Como é que soube, sr. Jorge? Isto é notícia, parece-me...

Anónimo disse...

assina o comentario anterior, Ouvidor Arriaga