«aquela magia da música que vem do éter, é um hábito que se está extinguir (…) a rádio enquanto escuta caseira é um hábito que faliu e que nos fugiu, e não há maneira de voltar». António Sérgio in "Suplemento DN" de 08 de Julho de 2005

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Extensão do CCT da radiodifusão

Foi publicada no passado dia 20 de Novembro a Portaria n.º 1492/2007, de 20 de Novembro, respeitante ao Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) assinado entre a Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), o Sindicato dos Meios Audiovisuais (SMAV), o Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV).
O CCT existente para os profissionais do sector aplica-se apenas ao território continental, abrangendo desta forma todas as rádios, associadas ou não da APR, e todos os trabalhadores, associados ou não nos sindicatos outorgantes do documento.
De fora deste CCT ficam as rádios das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, uma vez que as competências quanto a esta matéria pertencem aos respectivos Governos Regionais.
A RDP — Radiodifusão Portuguesa, S. A. e a Rádio Renascença, Lda. têm regulamentação convencional própria, pelo que o CCT também não se aplica às relações de trabalho tituladas por estas empresas.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A radiodifusão está a mudar

Parafraseando Mark Twain, «a notícia da morte da rádio foi claramente exagerada». A rádio está viva e recomenda-se, no entanto, tem de se adaptar, mas isto é algo a que a rádio já está habituada.
O futuro da rádio é digital. Mesmo para os menos atentos esta era uma evidência. Num mundo onde toda a tecnologia gira em torno de bits, era mais que previsível a transição do analógico para o digital. No entanto, esta mudança não tem sido pacifica, pois não há um padrão digital global para emissões hertzianas, mas vários - DAB, HD Radio, ISBD-T, DRM – o que torna tudo confuso para os ouvintes. Um receptor radiofónico preparado para funcionar em Inglaterra (DAB), por exemplo, não funcionará nos Estados Unidos (HD Radio) e um preparado para funcionar na América não funcionará no Japão (ISBD-T). Acresce a isto que na Europa continental decorrem testes com o DRM, que, por sua vez, é incompatível com outros sistemas. Na rádio analógica as emissões só têm duas modulações, em amplitude (A.M.) e em frequência (F.M.) pelo que um receptor funciona em qualquer parte do mundo.
Em Portugal a emissão digital hertziana em DAB está no mesmo ponto onde começou – apenas as estações radiofónicas da RTP têm emissões digitais, em DAB, que apenas duplicam as analógicas. E os ouvintes em DAB são poucos.
O “Meios & Publicidade”, no artigo “O Fim da Rádio FM?”, apresenta opiniões dos responsáveis das grandes estações de radiodifusão portuguesas sobre os caminhos que a rádio tem de tomar.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Consta que...

António Sérgio vai regressar ao éter nacional, nas ondas da Antena 3.
Espero que sim.
Act. 16h00 - António Sérgio não vai para a Antena 3, mas sim para a Radar FM (F.M. 97.8 MHz, na zona de Lisboa). "Viriato 25 " é o nome do programa que será transmitido de Segunda a Sexta-feira, entre as 23h00 e as 01h00, tendo inicio a 3 de Dezembro.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

"No Ar, 100 histórias de rádio": lançamento na cidade do Porto

Na próxima segunda-feira , 19 de Novembro, pelas 18h, o Café Progresso (Rua Actor João Guedes, n.º 5, Porto) vai ser o palco do lançamento do livro "No Ar, 100 histórias de rádio" de Marcos Pinto, animador do Rádio Clube.
A apresentação da obra estará a cargo de Filipe Gomes, do Rádio Clube e José Araújo, da Rádio Comercial.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

“Revista QSP”: 27 anos a divulgar a rádio

A “QSP - Revista de Rádio e Comunicações” é, sem dúvida, a herdeira das publicações sobre Telegrafia e Telefonia Sem Fios, que tão populares foram nas décadas de 1920, 1930, etc.. Embora os assuntos abordados na “QSP” sejam maioritariamente técnicos e dirigidos a um público radioamador, a revista tem apresentado muitos artigos sobre a história da rádio e da gravação sonora, além de artigos muito interessantes sobre a radiodifusão.
Com o número 317, de Novembro de 2007, a “QSP” comemora 27 anos de publicação ininterrupta. Parabéns à “QSP” e ao seu director e fundador, Adelino Francisco (CT1 AL).

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Timor Radio Connect

A INDE – Intercooperação e Desenvolvimento, vai apreserntar, hoje, pelas 18h, no Hotel Lutécia, em Lisboa, o projecto Timor Radio Connect, que consiste em desenvolver uma plataforma em rede com 14 estações de rádio comunitárias de 12 distritos em Timor-leste.
O projecto Timor Radio Connect é fruto de uma parceria entre a INDE, a Internews Europe e o Timor-Leste Media Development Center e será apresentado no âmbito do Seminário Internacional sobre Migrações e Desenvolvimento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Uma "Rádio" que é um CD que é um livro

É uma Alegria (mesmo). A rádio continua a ser a musa inspiradora de artistas. Desta vez os afortunados, merecedores de tão grande bênção, foram os "Azeitonas", que lançaram "Rádio Alegria: Uma rádio que é um CD que é um livro".
«Em Portugal, um CD é considerado um "artigo de luxo" e, segundo o Código do IVA, é sujeito a uma taxa de 21%, a ser suportada pelo consumidor final. Já um livro, por sua vez, encaixa na categoria de "artigo de cultura" (apenas 5%). O nosso governo, e bem, promove a cultura a bem de primeira necessidade, metendo no saco do pão, do leite e do "Eu, Carolina", todos aqueles produtos sem os quais a própria subsistência do povo fica comprometida. Já a alta-costura, os relógios de ouro e a música, só mesmo para quem se pode dar a luxos.
Não é que os Azeitonas considerem o seu novíssimo "Rádio Alegria" como pão para a boca do povo. Mas quem quiser abanar o pé ao som destas novas músicas, não terá que pagar um imposto tão pesado. (...)".
Em certos casos, a lei perde-se no meio de tanto papel, ficando por definir com clareza a fronteira entre o que é "luxo" e o que é "primeira necessidade". Por exemplo, um rolo de papel higiénico é tributado a 21%. Qualquer livro é fiscalmente mais leve. Num momento de aperto (fiscal, obviamente) é melhor optar por um. Nestas alturas, mantenha sempre um exemplar do "Código do IVA" sempre à mão. É que convém nunca descurar a limpeza (fiscal).
(...)
A transimssão virtual da imaginária Rádio Alegria conta com as participações dos locutores João Francisco Guerreiro da TSF, Paulino Coelho da Renascença e do guitarrista, vocalista e compositor Rodrigo Amarante dos brasileiros Los Hermanos. Ainda por cima é grátis! Oferecido na compra do magnífico livro "Rádio Alegria". O disco foi mais uma vez composto, tocado e produzido pela banda. A produção executiva ficou a cargo de Rui Veloso(...)».

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

“Íntima Fracção” na rádio espanhola.

Estreou na noite de ontem (às 23 horas de Portugal) na EMA RTV , atravéz da Onda Local de Andalucía (OLA), o “Íntima Fracción”, a versão em castelhano de um dos mais antigos programas radiofónicos portugueses.
Um programa de rádio português ter uma versão espanhola é digno de registo, já que o mercado radiofónico espanhol é muito mais diversificado e competitivo que o português.
O “Íntima Fracción” vai para o ar às quartas-feiras e aos domingos às 00h00 (menos uma hora em Portugal), e pode ser escutado, em directo, na Internet ou por satélite (Hispasat: frequência 12.149 vertical, SR 27.500).
Parabéns ao Francisco Amaral, que demonstrou que, por cá, ainda se fazem bons programas de rádio.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Conferência Europeia de Rádio

Termina hoje, em Barcelona, o NAB European Radio Conference, onde estão reunidos especialistas do meio para discutir o presente e o futuro da radiodifusão. Neste encontro esteve em destaque a rádio digital, que dispõe de plataformas de difusão (via satélite, via Internet, etc.) que abrem novos caminhos.
Gerry Fabio, especialista em consultadoria de marketing e o orador que abriu a conferência, disse que «a indústria da rádio está muito mal explorada». Esta afirmação baseia-se no facto de a radiodifusão sonora, actualmente, é mais que uma simples emissora de áudio, pois, com os recursos da Internet, as estações passam a dispor de ferramentas até agora exclusivas dos jornais e da televisão, como fotos, texto e vídeo, além de permitir que se crie arquivos de programas, disponíveis a todos. Sem dúvida que a Internet é uma plataforma alargada para desenvolvimento de novos produtos radiofónicos e uma fonte de receitas.
Como curiosidade, os jornalistas do “Diário Económico” e da “Meios & Publicidade” viajaram para o NAB European Radio Conference a convite da Rádio Renascença, uma estação que tem estado bastante atenta aos desenvolvimentos do meio.

sábado, 3 de novembro de 2007

100 Histórias da rádio num livro

É mais um livro que fala de rádio: «No Ar 100 Histórias da Rádio». O autor é Marcos Pinto, jornalista do programa “Toda a Tarde” (Sábado e Domingo, entre as 16h e as 19h), do Rádio Clube.
Esta nova obra fala de histórias da nossa rádio. «Portugal inteiro sabe que foi Joaquim Furtado que deu a voz à leitura do comunicado do Movimento das Forças Armadas (MFA) na madrugada de 25 de Abril de 1974, quando este ocupou as instalações do Rádio Clube Português, na Rua Sampaio Pina, mas poucos saberão o que fez o jornalista a seguir».
Como as histórias da rádio são muitas, o autor promete outro livro, com outros protagonistas.
Act. 04/11 - O livro No Ar 100 Histórias de Rádio vai ser apresentado dia 5 de Novembro, pelas 19 horas, na livraria Almedina do Atrium Saldanha, em Lisboa. A apresentação será de Fernando Correia, do Rádio Clube, e conta, também, com a presença de várias figuras da rádio portuguesa, entre elas estarão Artur Agostinho, Carlos Cruz, Júlio Isidro, António Sala, António Macedo, Fernando Alves, Emídio Rangel, João David Nunes, Jaime Fernandes, Luís Filipe Costa, Paulo Fernando, Cândido Mota, Ruy Castelar e Victor Espadinha.